sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Mais do mesmo.

Com pesar, este blog sai de um silêncio de quase vinte meses num gesto simbólico, para mais uma vez se indignar contra a vergonha reprresentada pela falta de ética e de credibilidade de setores da imprensa escrita de Campos. O simbolismo está no fato de um dia este escriba haver acreditado na possibilidade da "rede blog" representar uma alternativa de liberdade de expressão e independência na circulação de idéias e notícias na triste paisagem desta planície.
A frustração de outrora somada à acumulação de compromissos sindicais e profissionais calaram esta trincheira.
Contudo, hoje, a indignação me traz de volta, frente o choque causado pela observação de inverdades e manifestações de interesses escusos na manchete exposta no jornaleiro em uma certa Folha local.
Como professor do Instituto Federal Fluminense e membro suplente da Comissão eleitoral responsável pelo pleito - representando o Campus Itaperuna - pude acompanhar de perto o imbróglio ocorrido na apuração dos votos dos discentes do Campus centro para a reitoria. Vale destacar aqui que o problema deve-se a equivocos da Comissão eleitoral do Campus centro e dos mesários responsáveis pela colheita dos votos nesta unidade e a possível má fé de alguns estudantes eleitores.
Frente a evidências de irregularidades nas urnas referentes ao corpo discente, a Comissão eleitoral central agiu de forma prudente de forma a não macular o pleito e os votos até então escrutinados. A reitoria não teve qualquer atitude no sentido de impedir escrutíneo algum, apenas fiscais da Professora Cibele agiram no sentido de preservar a lisura do pleito.
A Polícia Federal não "garantiu" apuração alguma, assim como a reitoria nunca quis impedir escrutíneo algum! A presença da força policial foi solicitada pela Comissão eleitoral para preservar o conteúdo das urnas da ação de falsas lideranças, ex-alunos e gestores irresponsáveis que incitavam estudantes incautos e ingênuos a tumultuar o processo democrático. Tudo transcorreu de forma normal após acordo entre as candidaturas para garantir a manifestação democrática da vontade da comunidade frente a indícios de fraude.
O que choca é a desproporção entre o apelo desta pauta junto ao universo da opinião pública, em que pese a importância de nosso instituto na cidade e na região, e o tamanho da cobertura - metade da primeira página - destinada pelo jornal às eleições para a reitoria do IFF. Mais uma vez a desproporção na apuração de notícias entre os dois jornais diários da cidade fica registrada em edições "históricas" que confundirão profundamente futuros historiadores. Apesar do empenho da Prefeita e de seus aliados na eleição do Professor Luiz Augusto, o Diário cobriu de forma mais discreta sua vitória! Fica a questão: Quais interessse e que relações unem a Folha da Manhã e o grupo que hegemoniza o Campus centro e agora o IFF?
Aos vencedores as batatas e o butim pelo qual tanto brigaram. Mas também o registro que sua vitória contrariou mais de 48% da comunidade do Instituto, e que os Campus de outras cidades, sobretudo os que estão em fase de consolidação, não aceitarão o bicote a retaliação e o "campos centrismo" dos que, como um louco que nos abordou nas arquibancadas do ginásio ontem às 09:00 da manhã, acreditam que o instituto se resume aos campi de Campos.

5 comentários:

Anônimo disse...

Quanto custou sua idoneidade?

OTÁVIO JARDIM ÂNGELO disse...

Olá,
sou um dos primeiros alunos a invadirem a Reitoria ontem, em protesto contra a não apuração dos votos dos discentes de TODOS os campi, ou a uma possivel anulação dos discentes do campus Campos Centro. Ora, não faça isso, conte de verdade o que aconteceu.
Foram 7 votos com possiveis irregularidades, num universo de 2500 votos!! Foram 475 votos de diferenca entre Luiz e Cibele.
O grupo de Cibele sempre foi autoritario e centralista. Não venha falar que quem invadiu não era aluno, ou como Cibele mesmo disse: eles quebraram tudo e tinham facas!
Olhe para o passado do seu partido e pense no que aconteceu ontem. Estudantes reivindicando que seu voto fosse contado! Se Luiz perdesse sairiamos do IFF de cabeça erguida, porque perderíamos no voto e não no tapetão (como o grupo dela venceu o DCE, numa sindicancia comandada pelas mesmas pessoas que fizeram campanha para uma chapa!).
Por isso invadimos a Reitoria. Voce conhece o conselho Superior? Se sim, sabe que são 8 cargos indicados. Como uma votação pode ser decidida pelo Conselho Superior?

Marcos Valério Cabeludo disse...

Fábio, não estou para comentar sobre o assunto em pauta, pois desconheço a questão, mas venho referendar o seguinte: VocÊ é e sempre foi um blogueiro brilhante, companheiro que se empenha pela lisura e acima de tudo é um homen de bem,e ainda se discordar de suas opiniões ou posições, que seja, mas prefiro ouvil-las a ter um grande irmão calado. Estou esperando suas postagens de sempre. Abraços amigo!

FÁBIO SIQUEIRA disse...

Continuo achando que certos "anônimos" não merecem sequer a liberação de comentários, quiçá resposta, mas... para quem tem dignidade, é claro que idoneidade não tem preço.

Marcos, obrigado pelas palavras. E um abraço.

Otávio,
A constatação da irregularidade foi anterior apuração do resultado das urnas. A incongruência entre a quantidade de votos colhidos e os eleitores que haviam assinado as listagens - aliás, muito mal organizadas - por si só já macula a lisura do pleito, independente da relação entre isso e o resultado apurado.
Além disso, a diferença entre os votos nas urnas do campus centro e as listagens de eleitores era maior que os sete votos para reitoria depositados nas urnas para o pleito para direção do campus centro! À comissão cabia se preservar pois, repito, frente aos indícios de fraude não havia certeza alguma sobre os votos a serem apurados, isso num pleito que até ali estava superequilibrado - 516 votos para cada candidatura.
Havia bancários e outros ex-alunos entre os "líderes" dos estudantes que incitaram vovcê e seus colegas, assim como outros ex-alunos envolveram-se no processo, inclusive o ex-presidente do DCE, que encontrei no campus centro no dia do pleito fazendo campanha para o Professor Luiz Augusto!
Pela legislação em vigor, num pleito como o de ontem, em situações inusitadas cabe ao Conselho Superior arbitrar impasses e encaminhar propostas. Se vocês tinham tanta certeza da vantagem apurada à tarde, não havia porque temer um novo escrutíneo, melhor organizado e sem suspeitas de irregularidades.

Anônimo disse...

Gostei de tê-lo de volta. Parabéns pelo retorno.