sábado, 7 de fevereiro de 2009

Programa Cinema Para Todos chega a Campos

Após o bem sucedido lançamento em novembro de 2008, o Programa CINEMA PARA TODOS chegou a Campos. Um programa das Secretarias de Estado de Educação e de Cultura desenvolvido pela Associação Cidadela – Arte, Cultura e Cidadania, o CINEMA PARA TODOS tem por objetivo democratizar o acesso ao cinema nacional por meio de distribuição de vales-ingressos, que poderão ser trocados na bilheteria do cinema por alunos do nono ano do Ensino Fundamental, Ensino Médio e EJA da Rede Pública Estadual de Ensino.

Na primeira etapa o CINEMA PARA TODOS já beneficiou oito municípios: Araruama, Armação dos Búzios, Bom Jesus do Itabapoana, Duque de Caxias, Itaperuna, Petrópolis, Três Rios e Valença. A segunda etapa começa junto com o ano letivo de 2009. Nesta fase do programa, serão 14 municípios beneficiados. Além de Campos, Angra dos Reis, Barra Mansa, Macaé, Nilópolis, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Resende, Rio de Janeiro, São Gonçalo, São João de Meriti, Teresópolis e Volta Redonda.

Cada município terá pelo menos um promotor. Em Campos, três promotores distribuirão vales-ingressos a partir do dia 2 de março em 58 escolas. Os vales serão trocados pelos alunos por ingressos em salas de cinema comerciais parceiras e poderão ser utilizados durante um mês, de 6 de março a 2 de abril, em sessões de filmes brasileiros que estejam em cartaz.


O informe é do Wesley Machado, um dos três promotores do programa do Governo do Estado, que vai distribuir vales-ingressos para alunos da rede Pública Estadual em Campos assistirem filmes brasileiros em cartaz no cinema.

Artigo

O velho novo congresso de sempre.

Sarney na presidência do Senado. Michel Temer na presidência da Cãmara de Deputados. Collor disputando a Comissão de Relações Exteriores, junto com Eduardo Azeredo. Renan Calheiros de volta a mídia, em razão da vitória de Sarney. Quércia de volta, e com pompas. Picciani e seu continuísmo exarcebado na ALERJ.
As velhas raposas do novo congresso. Tudo vale para sair do ostracismo. Mundos e fundos são ditos e prometidos. Os Paralamas cantam" nas favelas, no senado, sujeira para todo lado". Prefiro a sujeira das favelas, que são aliás causadas pela omissão do Estado. Nas favelas temos mais dignidade, ou é ou não é. Em Brasília não. Começa dizendo que não e termina dizendo que sim, e isso na maior naturalidade.
Sarney junto com sua filha, dominavam a política no Maranhão, estado este que possui um dos maiores índices de pobreza do país. Foi um péssimo presidente. Inflação disparando a cada dia e a conta sendo paga até hoje.
Michel Temer é o menos pior se assim posso dizer. Mas té-lo de novo como presidente da Cãmara, não me agrada. Prefiria Aldo Rabelo.
Collor, depois de se eleger senador por Alagoas, pediu licença do cargo, foi viajar o mundo. Volta agora querendo status e privilégios, que seriam garantidos pelo badalado cargo de presidente da comissão que tanto sonha.
Eduardo Azeredo, é o homem do mensalão mineiro. Renan Calheiros consegue os melhores índices de produtividade no ramo da pecuária, mesmo numa crise de febre aftosa. Quércia é o passado, é o exemplo de uma política mesquinha, de uma eleite paulista que não se preocupa com o povo.
Picciani não larga o osso da presidẽncia da ALERJ.
A juventude tantou lutou contra essas raposas e agora eles estão de volta, disputando poder e benesses. Esse congresso não muda de jeito nenhum.


Marcel Cardoso cursa Licenciatura em Geografia no Instituto Federal Fluminense (antigo CEFET Campos). Presidente do Diretório Central dos Estudantes da mesma instituição, é também Diretor de Extensão Universitária da UEE / RJ.

ATUALIZAÇÃO em 10/02, às 07:00, para correção ortográfica provocada por comentário de nosso amigo Ruivo. (Por Fábio Siqueira)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Quem fala a verdade não merece castigo!

Pois é. Tem suas vantagens ter quem te queira bem, ainda que a pessoa em questão se questione sobre os limites e expectativas desse bem-querer. Mas isso não vem ao caso. O caso é que por conta de gentil e atencioso alerta constatei agora há pouco, quase às 23:00, que exatamente hoje, único dia da semana em que não li a Folha da Manhã logo bem cedo, pois não pude fazer minha caminhada matinal, fui chamado de mentiroso nas páginas do periódico, mais precisamente na coluna Painel Político, do jornalista Saulo Pessanha.
Ele reproduz declaração da Professora Odisséia Carvalho refutando afirmação que de fato fiz, sobre suas responsabilidades no que se refere a indicação de Alberto Freitas para a Fundação Zumbi dos Palmares. Na nota a Professora diz que trata-se de uma "inverdade" a minha afirmação sobre sua responsabilidade no retorno do sociólogo ao cargo após decisão do partido no sentido de não retornar ao governo Mocaiber. Pois bem, vamos por partes. Em primeiro lugar é estranho que o silêncio e agora a recusa em asumir a indicação caracterizem a postura dos dirigentes que comandam o PT local após as denúncias de Garotinho acerca de irregularidades na gestão petista na Fundação. Digo petista e repito por que, de fato, todos que acompanharam tais debates no Diretório sabem que a indicação de Alberto, a despeito de seus méritos como sociólogo e militante do movimento negro, foi a cota da Articulação, tendência controlada em Campos por Odisséia, no butim petista no governo, justamente em função da recusa da Professora em assumir uma gerência na estrutura daquele governo, confirmada por ela própria nas notas no Painel de hoje. Pois agora de Alberto ninguém sabe, ninguém viu. É muito cinismo e desfarçatez!
Em segundo lugar, a informação que forneci à coluna, hoje contestada por Odisséia, que só faltou dizer que não conhece Alberto Freitas, tem fonte identificada e que me autorizou a relatar seu testemunho, o Secretário-geral do PT Félix Manhães. Foi ele que, na condição de membro da executiva municipal, me afirmou ter participado da reunião que teria como pauta a formalização da decisão do partido de não retornar à gestão junto a Mocaiber, mas onde Odisséia solicitou informalmente ao mesmo o retorno de Alberto á Fundação Zumbi, "ainda que este tivesse que se desligar do PT". Ainda segundo seu relato, Félix teria se indignado com tal comportamento e se retirado da reunião em questão. Logo, a acusação de "inverdade" recai sobre tal testemunha, citada no informe que encaminhei à Saulo e a quem dou fé.
Ainda hoje, em outra discussão que não vem ao caso, fui chamado por uma mui querida interlocutora de de "inocente". Posso mesmo até ser um pouco ingênuo, mas só um parvo acreditaria na versão de Odisséia e Hugo de que Mocaiber convidou Alberto para presidir a Fundação apenas por seus méritos pesoais, por razões técnicas ou por ser quadro de sua própria confiança. Menos cinismo e dissimulação! Qualquer petista de qualquer grupo sabe que Alberto foi indicação da cota pessoal de Odisséia ou da cota da CNB - a Articulação, ex-Campo Majoritário, mudou também há alguns meses de nome, assim como o PFL - o que vem a ser mais ou menos a mesma coisa.
Nada tenho contra Odisséia. Com ela mantive sempre inclusive boas relações pessoais, sempre cordiais. Agora mesmo, ás vésperas de sua ida para Brasília, mantivemos contato telefônico amistoso, como de costume, onde trocamos informações sobre assuntos cotidianos. Na oportunidade, lhe desejei sinceramente boa sorte em sua nova empreitada política. Nunca a acusaria de mentirosa. Talvez ela esteja mesmo tentando se convencer de que não cometeu tantos equívocos políticos ao se aliar a Hélio Anomal. Para mim, o mais lamentável é perceber que resistem a fazer uma necessária auto-crítica, como já observou o Xacal em sua TroLha. É mais fácil descartar Alberto Freitas e jogá-lo às feras. É bom lembrar que Alberto deveria ter, no mínimo, amplo direito à defesa e alguma solidariedade dos senhores(as) a quem serviu.
Mas há coerência nas atitudes de Odisséia. Reproduzem na íntegra o modus operandi da sua tendência, a mesma dos artífices do mensalão e dos aloprados.
Reafirmo aqui todas as afirmações que fiz até aqui neste debate e sou responsável por meus atos e afirmações. Lamento que a covardia de alguns leve o debate pra esses rumos. Mas o Alberto deve lamentar ainda mais!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

TAC indefinido

Voltamos ao assunto do TAC dos "terceirizados" que, segundo a edição de hoje da Folha da Manhã, permanece indefinido em função de questionamentos do MP à Prefeitura no que se refere aos termos do acordo que permitiria a prorrogação dos contratos irregulares de servidores públicos.
Muito positiva a postura do promotor Leandro Manhães, que embora não comente os pontos do documento proposto pela Prefeitura com os quais não concorda, observa que estabeleceu óbices à tal proposta e demonstra agir com critério. Nossa expectativa é que o ilustre promotor esteja atento aos pontos que apresentamos aqui na terça-feira como dúvidas e preocupações: a necessidade de proibição da contratação de novos servidores no período de vigência do TAC, garantindo a permanência provisória dos atuais servidores e a definição de prazos para a recuperação fiscal do município, a fim de possibilitar a realização dos concursos necessários. Essa é a postura que a sociedade civil e os cidadãos que votaram contra o esquema eleitoreiro e ilegal de contratação de pessoal existente na Prefeitura esperam do MP.
Espero ainda que o MP do trabalho se manifeste contra a intenção da Prefeitura em reestabelecer o esquema de terceirização com uma outra empresa ao final da vigência do TAC, reiterada pelo Secretário de Administração Fábio Ribeiro na edição de ontem de O Diário - este jornal não traz uma linha sobre o assunto em sua edição de hoje. Essa medida em nada difere da contratação de terceirizados por meio da Fundação José Pelúcio e da Facility na administração de Mocaiber, ato que recebeu críticas contundentes das principais lideranças do PMDB local entre 2006 e 2008.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Mengão engrena e atropela!

Time goleia e mostra avanços com belas exibições de Zé Roberto e Jônatas.
Bruno marca de falta.


Cheguei atrasado no Bar do Marcelão, mas a tempo de conferir o gol de Jônatas, o terceiro rubro-negro, aos 26' do segundo tempo. O volante voltou muito bem ao time e foi um dos destaques da boa apresentação que o Flamengo enfim proporcionou à torcida, na noite de hoje no Maracanã. Também tiveram atuações empolgantes o estreante Zé Roberto - que abriu o placar - e Bruno, que tornou a marcar cobrando falta. Veja o gol no vídeo abaixo.

Vídeo: globoesportes.com

ATUALIZAÇÃO em 05/02, às 00:20
Em tempo, a partida foi contra o Mesquita e o placar final foi Fla 4X1!

Liberdade de ir e vir!

DO BLOG DO ROBERTO MORAES:Foto do Leandro Nunes - site Ururau - registra o momento, em que a Polícia Rodoviária Federal conferia, que os moradores da região já haviam retirado o bloqueio na estrada de Vila da Palha, próxima ao posto de Pedágio da BR-101, em Guandu, colocado pela concessionária Auto Pista Fluminense.
Abaixo as cercas do privatismo! Pela liberdade de escolher seus caminhos!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Dúvidas sobre o TAC.

Segundo notícias na mídia impressa, ficou pra hoje a celebração do termo de ajustamento de conduta entre a Prefeitura e o Ministério Público do trabalho. O acordo proposto pelo Executivo Municipal - cujos limites legais já foram questionada pelo blogueiro Cléber Tinoco (leia aqui)- visa estender por 90 dias a presença de parte dos servidores públicos contratados sem concurso público, que deveriam ter sido demitidos ontem por determinação judicial, a fim de garantir a normalidade de serviços públicos fundamentais. Até as 16:00 nenhum blog havia confirmado a notícia
Agora há pouco, sentado na cadeira de Dr. Venaldo, enquanto ele aparava minha rala barba, dividíamos uma das dúvidas que agora apresento aqui: em sendo firmado o acordo, a recontratação fica limitada aos atuais contratados via Facility e José Pelúcio? Penso que a moralidade e o bom senso indicam neste sentido. Entretanto, Venaldo me contou que debate sobre o assunto no Balanço Geral da Record deixou-o em dúvida sobre a questão. Um dos debatedores teria aventado a hipótese de inclusão de novos "terceirizados". Acho grave que alguém considere esta hipótese à esta altura do campeonato. Espero que a Prefeita não trabalhe com tal alternativa. E que o MP esteja atento e vigilante para afastar este risco. Os que até agora foram vítimas e massa de manobra - alguns há anos - nas mãos de governantes oportunistas e inescrupulosos - para não dizer, ou melhor, dizendo: criminosos - tem experiência e devem permanecer nos postos, se for o caso, durante a vigência do TAC. Nada justifica a inclusão de outros servidores em situação irregular!
Pelo que compreendi - e acho que compreendi bem - em conversa com o Secretário de Governo Roberto Henriques no período de transição, a intenção do Governo municipal é apenas garantir o funcionamento da máquina até que seja possível a realização dos concursos. Antes disso, segundo ele, seriam afastados definitivamente fantasmas e marajás incluídos nas folhas das instituições que mantinham os "terceirizados" sob contrato; etapa que julgo já cumprida.
Pois bem, cabe ao MP estabelecer junto à Prefeitura prazos para a recuperação da receita própria da fazenda pública e um indicativo de calendário pra a realização dos concursos. Será que o TAC versará sobre isso?
Temerária é a hipótese apresentada hoje na imprensa pelo Secretário de Administração, Fábio Ribeiro, de que após o período de vigência previsto para o TAC, 90 dias, "o município vai contratar uma empresa para terceirização dos serviços até que a prefeitura esteja com as contas equacionadas e tenha receita própria suficiente para realizar o concurso público." Ora, com todo respeito ao ilustre xará, tal situação em nada difere da que se anuncia para o próximo trimestre. Ou muda, pra pior! Aí sim vai estar aberta a brecha sobre a qual agora ficamos em dúvida: a possibilidade da contratação de novos terceirizados pelo poder público. Conhecemos bem esse tipo de terceirização nas escolas públicas da rede estadual. E sabemos que são indicações políticas que norteam as contratações de funcionários para as escolas pelas empresas contratadas, realidade que remonta os governos de Garotinho e Rosinha. O MP não deve permitir a hipótese de que algo semelhante se repita na Prefeitura. Se necessário for, é preciso garantir a permanência dos trabalhadores hora recadastrados até que seja possível a realização dos concursos necessários.
Por fim, tenho ainda uma dúvida sobre a questão da receita municipal e dos recursos passíveis de serem alocados na folha de pessoal. Essa dúvida foi reforçada por uma conversa na semana passada, com um quadro experiente na gestão da fazenda pública em diversos municípios que recebem royalties do petróleo. Parece que há controvérsias sobre a vedação para a utilização das participações especiais de tal fonte de receita no pagamento de pessoal. Caberia à Procuradoria buscar um parecer definitivo sobre o assunto. Talvez, a possibilidade de utilização desta parcela das compensações referentes à exploração do petróleo pudesse agilizar a realização dos concursos, que todos parecem concordar ser a definitiva solução para o impasse.

Pra valer!

Em rápida passagem pelo Rio de Janeiro na semana passada, chamou a atenção deste blogueiro em trechos das rodovias na área metropolitana, a presença de vários outdoors onde o Prefeito reeleito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT) saúda a população fluminense.
Sobre a sua candidatura ao Governo em 2010, minha intuição converge com a de um experiente político petista: os movimentos de Lindberg sinalizam que o projeto é pra valer. Esta candidatura pode crescer na medida em que o Prefeito da baixada apareça bem nas pesquisas a serem realizadas nos próximos meses - algo bem provável. No PT, ela pode empolgar os setores mais progressistas, que não digerem bem a inoperância do Governo Cabral e vão caminhar para a defesa da candidatura própria. Os aliados do Governador devem contar com uma intervenção do Presidente LULA em favor da composição com Cabral. Contudo, a candidatura de Dilma, que cada vez mais se consolida, deve representar uma tendência mais à esquerda no projeto do partido para uma nova gestão, promovendo avanços que LULA gostaria mas não deve ter tempo de implementar. Lindeberg tem um perfil muito adequado à esta perspectiva. Seria o candidato ideal para alavancar a candidatura de Dilma no Rio.
A ilustração abaixo, do blog Via Iguassu, reforça esta interpretação. A conferir.

Nota do bloguinho antecipa páginas de jornais!

O bloguinho registrou aqui no último dia 27 post que anunciava informe de uma fonte sobre especulações públicas a respeito da possível ida de Garotinho - outro candidatíssimo ao Governo em 2010 - para o PTB, em mesa de jantar que reunia quadros do PMDB local num restaurante do Farol (leia aqui).
Hoje, a mesma hipótese chega às páginas da Folha da Manhã. Como não somos "do ramo", furo não é muito a nossa praia. Mas as vezes...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Salve Iemanjá!

Mensagem da caverna

Pois já no meu primeiro planejamento para esse artigo semanal sou obrigado a mudar a “pauta” em função do súbito rompimento do silêncio observado pelas eminentes lideranças do PT local após a desastrosa performance eleitoral de outubro e as denúncias de Garotinho acerca da gestão petista na Fundação Zumbi dos Palmares – formalizadas nesta semana pelo novo Presidente da Fundação, Jorge Luiz dos Santos junto ao coordenador regional de Polícia do Interior, delegado Luiz Maurício Armond.
Assim, daqui da minha “caverna”, me sinto instado a esclarecer aos leitores da FOLHA que se interessarem pelo contraditório alguns aspectos da polêmica provada pelas agora falantes lideranças do meu partido, que muito se incomodaram com a circulação na internet de um manifesto do qual fui co-autor. Ora, pueril a acusação de covardia ou omissão quando a mensagem questionada e atacada foi divulgada em páginas assinadas e de acesso público. Mais transparente e franco que isso impossível. Ainda assim, os “companheiros” bem sabem que nunca me furtei a debater “olho no olho” qualquer questão em fóruns partidários. Até manchetes deste periódico já atestaram isso, com direito a registros fotográficos de embates calorosos!
Também não se sustenta a insinuação de que contra os Garotinho, “ vale-tudo”. A propósito, neste momento, enfrentar o Governador é justamente defender o partido, alvejado por ele – em função das citadas denúncias na Fundação Zumbi – nas últimas semanas, ao longo das quais os mesmos dirigentes, que agora sustentam com tanta ênfase o debate interno, se mantiveram calados ao invés de apurar as denúncias por meio de processos disciplinares ou defender o militante sob fogo cruzado – agora aparentemente jogado às feras por quem antes lhe dava sustentação.
Esse comportamento da maioria da executiva do PT local é coerente com uma série de equívocos políticos e outros atos questionáveis que remontam aos últimos cinco anos. Por isso, o tão atacado Manifesto preconiza o retorno de um conjunto de militantes insatisfeitos à vida partidária. Essa reorganização já começou a incomodar e não para por aqui. Estaremos presentes não só nas reuniões mensais dos dias 13, como em outros momentos cruciais da disputa interna.


Artigo publicado na edição de hoje da Folha da Manhã

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Marley e Eu é surpreendente...

Ao menos pra quem - como esse bugre que vos escreve - nunca tinha ouvido falar de John Grogan e lembrava vagamente de ter visto seu best seller nas listas de mais vendidos.
Assim, foi um lance de sorte que me fez num raro momento, assumir a decisão pela escolha na compra dos bilhetes e descartar um outro filme - que tinha cara de Sessão da tarde e do qual desconfiava desde o início da tarde, quando o sugeri mais à guisa de pretexto para o programa do que por qualquer convicção ou expectativa quanto à sua qualidade.
Num reflexo de segundos, pensei que as várias semanas seguidas em cartaz e o constante grito dos camelôs no centro do Rio - "Marley e Eu, Marley e Eu, olha aí vamô levá, sucesso do momento..." ou algo parecido - deveriam indicar alguma qualidade da película, muito embora a sinopse oferecida pelo distribuidor do filme seja muito ruim e absolutamente não dê conta do quanto interessante é a história. Assim, foi uma breve pergunta - Vc gosta de cachorros? - que me fez decidir por esta opção. Ganhamos a noite.
Eu, na verdade ainda não havia cogitado assisti-lo nestas últimas semanas em que pragmaticamente retomei meus hábitos cinéfilos porque havia introjectado algo que talvez não seja bem verdade: não gosto de animais de estimação. Repito sempre isso pra me convencer da assertiva. Mas, se puxar pela memória... Há alguns anos era eu que - apesar de detestar passarinho em gaiola - alimentava um papa-capim de meu irmão, que depois, na minha ausência, veio a morrer, aparentemente de fome. Também era eu o único que dava banho no último cachorro que habitou esse lar, o pinscher Kiko. Hoje em dia eu sempre me lembro de checar a alimentação de outro bichinho que veio parar aqui... Talvez eu não seja tão avesso a bichos como gostaria. É que já tenho muito com que me preocupar, e já sou bastante apegado a gente - espécie que nem sempre merece - eu acho.
O fato é que o filme, ao contrário do que sugere a maldita sinopse, não é apenas um trilher à la Os Trapalhões falando das travessuras de um cachorro aloprado e amoroso. É muito mais que isso... É uma história autobiográfica de um talentoso jornalista e de sua bela família, com todos os momentos do cotidiano que vão com certeza fazer você se identificar com a família Grogan em alguma cena.
Uma ótima opção para sua noite de domingo se você, mesmo com esse belo dia de verão, não foi pra praia.
Para mim foi uma excelente oportunidade para perceber o que talvez desde a morte de meu piquenês Twiki - hoje enterrado sob o concreto que cobre o quintal da casa de meu pai - há mais ou menos 27 anos, eu tenha tentado evitar: não sou assim tão antipático aos caninos. E mais, é um filme capaz de revelar o lado mais humano de pessoas especiais, mesmo das mais reservadas!

Picolé de limão

Quem espera algum duplo sentido nesta postagem pode passar.
Acabo de me reencontrar com o tradicional Picolé Alvorada. Não é merchant - paguei pelo picolé e marketing nunca foi mesmo o forte do pequeno empreendimento - é apenas um justo registro e, antes disso, uma reminscência de minha infância nos arrabaldes do Capão.
A qualidade continua a mesma das origens. E um picolé de limão - com menos calorias - sob um sol escaldante e neste calor é bom demais!

Do Blog do Roberto Moraes

EM TEMPO: É MELHOR ESTAR NO BLOG DO QUE NO BOLSO!

Sobre a polêmica interna do PT em Campos não há como deixar de emitir esta opinião. Debate é salutar em qualquer espaço. Salve, salve!

+ Poesia no bloguinho...

À Francesa

Sinto-me francesa ao ouvir "ne me quitte pas"
Regada a um curto expresso e a água perrier
Bem lúcida e altiva
Feito a Torre Eiffel
Na noite iluminada parisiense
Quando finjo requinte num café qualquer da Pelinca
Metido a bistrô
Depois do delírio cafeinado
Fujo à francesa
Caminho apressado até o terminal rodoviário
Tomo o último coletivo como o gole do café nada expressivo
Que esfriara meus sonhos
E agora repousa frio
No fundilho da xícara rachada.


Ana Leiva Gusmão

Questão de conceito

A página 2 (política) da edição de hoje da Folha da Manhã reitera declaração da companheira Odisséia Carvalho publicada na edição de sexta do mesmo jornal:

"Parece que algumas pessoas preferem se esconder num blog a se exporem num debate democrático."

Ainda que não tenha sido citado, vou vestir a carapuça para repelir tal assertiva que me parece equivocada no que tange os conceitos de "exposição" e "democracia" - o que talvez manifeste algum preconceito ou desconforto com a internet. Ora, a exposição num blog, onde opiniões assinadas podem ser lidas, arquivadas e impressas instantâneamente por milhões de leitores, me parece muito maior do que numa reunião com menos de 40 participantes, onde o dito nem sempre fica registrado, ou onde a ata, as vezes, pode não se ater exatamente ao que foi dito. Já a idéia de democracia é algo que se associa intrinsecamente à rede. Aqui todos que pensam e tem o que dizer podem participar do debate interativo. A moderação não censura idéias e opiniões divergentes das do blogueiro. E não há a manipulação das "garrafinhas" que às vezes ocupam assento e levantam crachás movidos por razões outras - que podem até ser legítimas - mas não se atém ao exercício da vocação pública.