sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sindicalistas solidários com a Chapa 1 do SINPRO

Segue abaixo declaração de apoio e solidariedade a este blogueiro e à Chapa 1- Oposição: Reconstrução do SINPRO, frente a arbitrária e infundada proposta de impedimento de minha candidatura à presidência do SINPRO Campos/ São João da Barra e de outros membros da chapa apresentada pela Comissão Eleitoral responsável pelo pleito dos dias 10 e 11 de dezembro.
Agradeço em nome da chapa a todos que subscrevem o texto, em especial ao Francílio Paes Leme e ao Fabiano Ferreira Rangel, principais articuladores da nota.

"Nós, dirigentes sindicais dos Sindicatos de Professores do Estado do Rio de Janeiro e de outras categorias profissionais em Campos, manifestamos publicamente o reconhecimento à atuação profissional e sindical do professor Fabio Siqueira, cuja candidatura à presidência do SINPRO-Campos está sendo arbitrariamente questionada pela Comissão Eleitoral responsável pelo pleito na entidade.
É público que Fábio, ex-diretor daquela entidade no triênio 1997-2000, atua como docente em estabelecimento privado de ensino em Campos, estando em dia com suas contribuições sindicais.
Pela sua história de atuação firme e combativa no próprio SINPRO e no SEPE, em defesa da classe trabalhadora e da categoria dos professores, manifestamos nossa solidariedade e repudiamos a violência cometida contra a Chapa 1 - Oposição: Reconstrução do Sinpro Campos e São João da Barra e defendemos sua candidatura em prol da retomada desse importante sindicato para a luta da categoria de professores e da classe trabalhadora."


Ana Paula Couto – Oposição Cutista SINDJUSTIÇA - RJ
Antonio Rodrigues – Tesoureiro FETEERJ
Aurélio Lorenz – Oposição Cutista SINDJUSTIÇA - RJ
Carlos Antônio Rodrigues – Sindicato dos Químicos de Campos
Darby Igayara Lemos – Presidente CUT/RJ
Eder Reis – Vice-Presidente Sindicato dos Bancários de Campos
Fabiana Gomes Salles – Coordenadora Geral do SINDPEFAETEC
Fabiano Ferreira Rangel – Diretor STAECNON
Francilio Paes Leme – Coordenador da CONTEE (Regional Sudeste)
Francisco Perez Levy – Sinpro Nova Friburgo
Gustavo Mendes Duriez – Presidente Sinpro Petrópolis
Hélio Anomal – Diretor STAECNON
Hugo Diniz – Diretor Sindicato dos Bancários de Campos
Jocemir Monteiro – Sindicato dos Químicos de Campos
José Maria Rangel – Coordenador Geral SINDIPETRO-NF
Ligia Carreteiro – Coordenadora de Administração e Finanças Sinpro Niterói
Luiz Alberto W. Grossi – Coordenador geral FETEERJ
Luciana Ruis – Oposição Cutista SINDJUSTIÇA - RJ
Marcela Pizzol – Oposição Cutista SINDJUSTIÇA - RJ
Rafanele Alves – Presidente Sindicato dos Bancários de Campos
Renato Gonçalves – Diretor do SEPE Campos
Robson Terra – Sinpro Norte/Noroeste Fluminense
Ronald Ferreira dos Santos – Secretário de Administração e Finanças Sinpro Lagos
Silvano Pereira Alexandre – Coordenador de Administração Sinpro Costa Verde
Tadeu Coimbra Bessa – Presidente do STAECNON
Vitor de Carvalho – Diretor do SINDIPETRO-NF

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O Brasil decola


O Brasil é capa, tema do editorial e de um suplemento especial nas revista The economist desta semana.

O Muro e seu Fim 2

Passados 20 anos do fim do Muro de Berlim e de "tudo" o que representava, temos o dever intelectual de ir além da mera comemoração (e adesão ao capitalismo) e estimular diferentes interpretações sobre um dos eventos mais decisivos do século 20. Por isso, optamos por repercutir um ponto de vista alternativo ao do mestre Hobsbawm: segue abaixo uma parte da entrevista realizada com Richard Sennett (autor do instigante O Declínio do Homem Público: as tiranias da intimidade. Tradução: Lygia Araújo Watanabe — São Paulo; Companhia das Letras, 1988.) pelo jornal a Folha de S. Paulo no último domingo.

- Pergunta: Existe a crença generalizada de que o colapso do bloco socialista desencadeou a globalização. Mas o senhor e outros estudiosos separam os dois processos.
- Sennett: É tentador tomar a queda do muro com metáfora perfeita para a gobalização, mas ela não procede.
São dois desdobramentos distintos. Não se deve enfocar a queda e a dissolução do império comunista como consequências do ímpeto capitalista. (...)
Quando a União Soviética foi disolvida, muitas dessa economias soberanas imaginavam que poderiam se beneficiar do sistema mundial. Mas não demoraram a compreender que por muito tempo seriam apenas os parceiros pobres.
-Pergunta: De que data o sr. identifica o atual ciclo de globalização?
- Sennett: De muito antes, de 1971, com a ruptura do acordo de Bretton Woods (1944), que regulava o fluxo comercial e financeiro no mundo ocidental. Aconteceu quando os EUA abandonaram unilateralmente a conversibilidade de sua moeda e o padrão-ouro. (...)
- Pergunta: O sr. não crê, portanto, que os EUA tenham vencido a Guerra Fria?
- Sennett: Isso é uma estupidez. Nos anos 80, o presidente Ronald Reagan havia aumentado imensamente os gastos com armamentos, e costumava-se a dizer que esses gastos militares induziram a bancarrota soviética: bobagem.
Muitos países do leste não tinhama capacidade de gerenciar a própria transformação. O interessante é determinar por que os chineses, que também tinham um comunismo estatal rígido, não desabaram.
E isso dependia de qualidades que a China possuía antes da era comunista.
A China sempre teve uma estrutura estatal disciplinada e um sistema educativo magistral, bem como uma base popular muito entusiástica. (...)
Culturalmente, tinham todo o necessário para decolar.

Didática, por Capinan


A leitura do último post de Renato (Entre lagos e pedras) trouxe a lembrança do poema Didática de José Carlos Capinan com seus confrontos irônicos e parênteses reflexivos.

DIDÁTICA

A poesia é a lógica mais simples.
Isso surpreende
Aos que esperam ser um gato
Drama maior que o meu sapato.
Ou aos que esperam ser o meu sapato,
Drama tanto mais duro que andar descalço
E ainda aos que pensam não ser o meu andar descalço
Um modo calmo.


(Maior surpresa terão passado
Os que julgam que me engano:
Ah, não sabem o quanto quero o sapato
Nem sabem o quanto trago de humano
Nesse desespero escasso.
Não sabem mesmo o que falo
Em teorema tão claro.

Como não se cansariam ao me buscar os passos
Pois tenho os pés soltos e ando aos saltos
E, se me alcançassem, como se chocariam ao saber que faço
A lógica da verdade pelos pontos falsos)


Infelizmente, às vezes, tenho que concordar com outro velho amigo quando dispara o bordão "Eles não aprenderam nada".

Movimentos sociais em debate na UFF hoje

A nosa querida Aninha, coordenadora de Extensão do pólo da UFF em Campos, manda avisar que o Projeto de Extensão Segundas Debates em parceria com a Disciplina de Movimentos Sociais, promove hoje – quinta-feira (excepcionalmente) - às 16:00, a Palestra: Zapatismo, anticapitalismo e movimentos sociais anti-sistêmicos na América Latina contemporânea no ESR/UFF – sala 08, tendo como palestrante Cássio Cunha Soares (Cientista Social, Doutorando em Sociologia pelo IUPERJ e Pesquisador do Centro de Estudos em Direito e Sociedade) e como debatedor Hermes Cipriano/Mineiro (Setor de Produção do Assentamento da Reforma Agrária-Antônio de Faria/ MST – Campos dos Goytacazes – RJ).

Nota da AIC sobre o Monitor

O blog recebeu da jornalista Patrícia Bueno a seguinte nota da AIC:

NOTA DA ASSOCIAÇÃO DE IMPRENSA CAMPISTA

Carta pública aos Diários Associados

A Associação de Imprensa Campista, entidade que neste ano de 2009 comemorou os seus 80 anos, manifesta grande preocupação em relação à nota publicada hoje (11/11/09) no jornal Monitor Campista, com convocação de assembléia de acionistas, para discutir a proposta de encerramento das atividades da publicação.

Esta entidade entende nem ser necessário dizer, para os seus próprios donos, o tamanho da perda histórica e cultural que esta decisão representaria para o Brasil e, particularmente, para o Norte Fluminense.

Acreditando ser porta voz não apenas de jornalistas neste anseio, mas de toda a comunidade campista, a Associação solicita da direção dos Diários Associados um tratamento mais cauteloso em relação ao jornal campista, com a manutenção dos esforços pela superação da sua crise econômica.

Um jornal de quase duzentos anos, com credibilidade inatacável e patrimônio de todos os campistas, não pode desaparecer.

Nos colocamos à disposição para qualquer diálogo que contribua para a manutenção do bravo Monitor Campista.

Sem mais, nos despedimos atenciosamente,

Campos dos Goytacazes, 11 de Novembro de 2009
Diretoria da Associação de Imprensa Campista

O Muro e seu Fim

Com o objetivo de refletir sobre as implicações sociais, econômicas e ideológicas da Queda do Muro de Berlim (e sobre seu poder precipitador da derrocada do regime soviético), damos a palavra a um autêntico "craque" das ciências humanas:
- Pergunta: "Passados 20 anos, qual é o legado político e econômico da queda do Muro de Berlim?
- Hobsbawm: O legado econômico é certamente menos dramático do que o político. Economicamente significou a destruição do que restava de um sistema socialista planejado na União soviética e na europa do leste _ que já estava em declínio _ e a integração da antiga região socialista à economia capitalista global. (...) Outro efeito da queda do muro foi a destruição de um sistema internacional estável. Isso porque se atribuiu aos EUA a ilusão de que poderiam, como única superpotência global, exercer sua hegemonia no mundo todo _ o que acabou por transformar o mundo no lugar perigoso de hoje em dia."
- Pergunta: "A queda do muro representou o calapso do pensamento de esquerda?
- Hobsbawm: Ela simbolizou, mas não foi a causa, da crise do pensamento de esquerda, que já vinha desde os anos 1970.
Estritamente falando, ela apenas demoliu a crença de que o socialismo de corte soviético (economia planificada comandada por um Estado centralizador que eliminou o mercado e a iniciativa privada) era uma forma factível de socialismo.
Na verdade, como foi a única tentativa de realizar o socialismo na prática, seu fracasso desencorajou os socialistas como um todo _ embora a maior parte deles tenha sido crítica do sistema soviético.
Entretanto as raízes da crise da esquerda retrocedem ainda mais. Ela ainda não chegou ao fim, mas o colapso do caputalismo financeiro global 2008-9 _ que foi uma espécie de queda do Muro de Berlim para a ideologia neo-liberal _ oferece uma chance de reabrir as perspectivas para a esquerda. Mas, espera-se, em uma base mais realista do que no passado."

Fonte: F. de S. Paulo (08/11/09)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Entre lagos e pedras

A beligerância retórica de setores da imprensa contra o Governo Lula e a manutenção dos altos índices de aprovação do presidente têm levado muita gente a fazer leituras equivocadas sobre o papel dos grandes jornais no Brasil de hoje. Do lado do Governo há muitas vozes acreditando que a chamada “grande imprensa” não tem mais papel relevante no país, comemoram a expansão dos novos meios de comunicação que estariam promovendo, via internet, uma verdadeira revolução informacional, citam para reforçar este argumento a drástica redução das tiragens verificadas recentemente.

O jornalista Franklin Martins procura sintetizar esse novo quadro social referindo-se ao fim do “efeito pedra no lago”. Segundo ele a idéia dos formadores de opinião – indivíduos de classe média leitores da grande mídia – que emitem interpretações da realidade reproduzidas em ondas concêntricas até alcançarem as margens do lago, ou seja, a imensa maioria pobre da população não se verifica mais. As camadas mais pobres da população adquiriram independência e hoje produzem de modo autônomo suas opiniões.

Comecemos lembrando que a redução de tiragens e o fechamento de inúmeros jornais são fenômenos mundiais, não faz sentido associar este fato a perda de credibilidade dos jornais brasileiros derivada de alguma opção editorial. É redundante dizer que a internet está alterando as formas de produção e difusão de notícias, mas é um equívoco acreditar que as parcelas mais pobres da população são preferencialmente informadas por ela. Considere-se ainda, que mesmo o anárquico universo da WEB com seus incontáveis canais de emissão de informação ainda são muito pautados pelos ditos “jornalões”, basta prestar atenção no volume de escritos destinados a reproduzir, criticar e endossar o que é publicado na grande mídia.

Quanto ao fim do “efeito pedra no lago” penso que não ocorreu, isto porque não pode ter acabado aquilo que nunca existiu. A idéia dos “formadores de opinião” é um misto de preconceito e arrogância de certos setores que acreditam fazer parte de uma “elite” pensante. É preconceituosa porque parte da premissa que as camadas pobres não têm capacidade para interpretar a realidade e formular suas opiniões de forma autônoma. É arrogante porque considera que os setores “mais esclarecidos” são as mentes pensantes da nação organizadores e tradutores do mundo para uma maioria passiva que espera cair dos extratos sociais superiores as idéias e valores que adotarão. Fosse assim, o Brasil deveria ter sido um país de grandes consensos. Não foi e não é. E se em determinadas circunstancias houve momentos marcados pela produção de consensos mais ou menos estáveis isso se deveu mais a capacidade de percepção da direção para onde pendiam as preferências das massas populares que propriamente o contrário.

Os grandes jornais continuam tendo grande relevância no Brasil. Adotaram uma postura política determinada e se transformaram em agentes mais ativos que os partidos de oposição, gozam de uma unidade ideológica sedimentada, são capazes de mobilizar poderosos atores e acabam por autorizar emissores, credenciar e desautorizar argumentos além de oferecer versões que se não alcançam os extratos mais empobrecidos informam certos setores das classes médias e camadas superiores.

Se os grandes jornais não conseguem com seus ataques reduzir a popularidade do presidente Lula deve-se ao fato de não ser possível reinventar a realidade a partir do noticiário. Não dá para ganhar o jogo controlando o placar. Tivesse o Brasil em crise e piorassem as condições de vida da maioria a grande imprensa estaria em condições de vocalizar a insatisfação e canalizar o inconformismo. Em um país que cresce e consegue distribuir renda é impossível convencer do contrário. Lembremos das palavras do poeta cubano José Martí: “Nos povos, com nos homens, a vida se cimenta sobre a satisfação das necessidades materiais.”

Artigo publicado no Monitor Campista

Esse blogueiro icomoda muita gente?

O sindicalista incomoda muito mais!
Acabo de receber a notícia de que de forma injustificada e covarde a comissão eleitoral do pleito do SINPRO-Campos propôs a impugnação de minha candidatura à presidência daquele sindicato.
Estranho muito esta posição, tendo em vista que fui pessoalmente ao sindicato, a cerca de dois meses, quitar débitos referentes à contribuição sindical. tenho comprovantes que me encontro rigorosamente em dia com estas contribuições!
Sou professor há quase quinze anos na cidade, reconhecidamente atuando em diversas escolas como COOPEN, Colégio Batista e Colégio Alpha. Sou filiado ao SINPRO-Campos desde 1996, tendo composto a direção da entidade no triênio 1997-2000. Meu nome consta na lista de filiados e, repito, estou em dia com minha contribuição sindical. Logo, não há qualquer razão para as impugnações propostas.
Nós, da chapa Oposição, reconstruindo o SINPRO vamos interpor recursos junto à comissão eleitoral e à Justiça, caso seja necessário.
Não vamos esmorecer no nosso objetivo de retomar o sindicato para a categoria. Ao contrário de quem se move por interesses pessoais para disputar o controle da entidade, nosso interesse é credenciar de novo a entidade para a luta e a defesa dos interesses dos professores. Seguiremos firmes na luta, até a vitória.

Vai ter de se explicar...

O afilhado de Sarney - que tenta se explicar no vídeo abaixo sobre o apagão que deixou todo o RJ por quatro horas sem energia elétrica nesta noite, além de atingir parcialmente mais nove estados - já tem reunião marcada daqui a pouco, às 10:30, com LULA.
Vai ter que explicar como, em pleno século XXI, ele e o presidente da usina de Itaipu - que teria parado de funcionar gerando o blecaute - atribuem o desastre à fenômenos naturais.

Puseram a culpa em "ventos e tempestades"

Até aqui, as versões oficiais sobre o apagão me parecem estapafúrdias. As declarações dos "responsáveis" pelo problema atribuem o apagão a vendavais e tempestades no Paraná, que teriam ocasionado a interrupção de duas das principais linhas de transmissão originadas em Itaipu. Inacreditável a ausência de mecanismos de segurança para evitar a exposição de milhões de pessoas a tal situação ou ao menos permitir um reestabelecimento mais ágil do fornecimento de energia em situações de emergência como estas!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Democracia viva

O Instituto Federal Fluminense (antigo Cefet-Campos) constrói no dia de hoje (10/11/09) mais uma bela página na sua centenária história. Ao mesmo tempo em que concretiza na nossa região o inédito projeto de expansão da rede federal de educação tecnológica (formulado pelo Governo Lula), a gestão da professora Cibele Daher conduz esse processo de forma plenamente democrática. Portanto, no dia de hoje se realiza uma etapa decisiva para a consolidação da nova institucionalidade: a eleição dos representantes da comunidade interna _ professores, alunos e técnicos administrativos_ para o Conselho Superior do IF Fluminense. Assim, reafirmamos nosso compromisso histórico com o desenvolvimento da região, através da educação como política pública de qualidade e inclusiva.

Sobre preconceitos, intolerância e educação

No ano passado desenvolvemos numa escola privada onde leciono um projeto sobre tolerância, compreensão e respeito com as diferenças presentes na sociedade. A idéia, que envolveu todas as disciplinas e séries, era abrir horizontes na visão de mundo daqueles estudantes da educação básica para a convivência harmônica com o outro, ou seja, combater preconceitos. Considerei aquela iniciativa uma das mais importantes ações pedagógicas das quais me ocupara recentemente, não obstante me preocupe em cotidianamente inserir no conteúdo programático conceitos e temas transversais que remetam a promoção da cidadania e combatam os preconceitos. Isso porque é chocante perceber em adolescentes de classe média alta, com bom acesso a informação e a uma educação de excelente padrão, em pleno século XXI, algumas atitudes e declarações que assustam, mesmo em uma terra “tradicionalista” como a nossa. Os casos de bullying que administramos cotidianamente com a habilidade possível e a firmeza necessária também são preocupantes. Minha breve experiência profissional com “calouros” de cursos superiores não revelou nada distinto, ainda que tenha se dado em instituição que classifica seus alunos em vestibular concorrido.
Esta reminiscência me ocorreu ao acompanhar no noticiário o bizarro caso de violência e desrespeito contra uma bela estudante de uma universidade caça-níqueis no interior de SP, recentemente expulsa da “universidade” por ser vítima da histeria coletiva dos “estudantes” de tal instituição – identificados por um dos seus diretores, em entrevista a uma rede de TV, como assíduos frequentadores dos bares que proliferam nos arrabaldes da tal instituição de ensino. A atitude dos executivos do empreendimento que comercializa educação não poderia ser mais infeliz. Num momento em que as políticas públicas de educação como o Pró-Uni e o Reuni expandem o acesso dos cidadãos, especialmente jovens, ao ensino superior, é importante que aí se promova algo mais que qualificação profissional, é preciso formar seres humanos. O cinismo e o pragmatismo da direção da Uniban deveria ser punido ao menos com a suspensão de qualquer benefício relacionado ao dinheiro público a tal instituição, seja por concessão de bolsas ou por renúncia fiscal.

Artigo publicado na edição de ontem (09/11) da Folha da Manhã.

domingo, 8 de novembro de 2009

"Caminhando contra o vento"

Caetano Veloso - que já foi classificado por José Guilherme Merquior conforme título do post do Gustavo Carvalho, logo abaixo - na sanha de acirrar polêmicas com o propósito promocional identificado pelo Wagner Tiso, ou de agradar a simpática Marina Silva, pode ter atentado contra seus interesses políticos ou no mercado cultural.
É que ao agredir gratuitamente LULA, incorpora um de seus mais famosos versos: "caminha contra o vento", ou seja, contra a opinião pública, incluída aí, certamente, grande parcela de seus fãs.

Grandes confrontos no Mineirão

Jogo antológico, no mesmo palco de hoje. Show de Zico - que entrou no sacrifício, sentindo o joelho - Bebeto e Renato Gaúcho. Andrade, hoje técnico do rubro-negro, estava em campo. Uma das minhas maiores e melhores memórias do futebol. O gol de Renato após o empate do Galo foi uma das maiores alegrias da vida deste blogueiro... Espero o mesmo desfecho no clássico de logo mais.
Boa sorte Mengão!