sábado, 14 de fevereiro de 2009

Perguntar não ofende.

Quanto será que custa na Finlândia - apontada por "especialistas" como modelo de inspiração ideal para que o Brasil enfrentar seus graves problemas com relação à educação e corrupção (grifo nosso) - um software capaz de sistematizar e interligar on line num banco de dados informações relativas à uma rede de escolas públicas?

A quem interessar possa...

Saber sobre minha opinião a respeito da proposta de repartição dos royalties do petróleo, de autoria do senador Aluizio Mercadante (PT):

Crivella coerente!

Venho acompanhando atentamente o debate entabulado sobre a discussão dos critérios de distribuição dos royalties do petróleo pela CAE (Comissão de assuntos econômicos) do Senado, na blogosfera campista.
Não há dúvida que os critérios que determinam os royalties são questionáveis e até mesmo poderiam ser classificados de inconsistentes. O meu amigo Prof. Rodrigo Serra, carioca, demonstra isso com clareza em seus textos. Não nego que haja sentido na ação em curso no Congreso - embora haja também oportunismo da parte do Senador Mercadante que apenas se debruça sobre o tema pois SP e sua Santos estariam excluídos das receitas relativas ao Campo de Tupi pelas "ortogonais" que atualmente definem as faixas geográficas a serem favorecidas pelos royalties.
Na verdade, os critérios em debate foram estabelecidos nos anos 80 em função de uma circunstância POLÍTICA, como uma compensação para o prejuízo que a cobrança do ICMS no destino do petróleo (área de refino) trazia ao RJ! Por isso, é coerente a posição do Senador Crivella, que defende a contextualização desse debate na Reforma Tributária.
O que motiva meu posicionamento "bairrista" no debate é o fato de que não acho razoável que campistas ou radicados aqui embarquem num discurso que trará prejuízo a nossa cidade. O fato de políticos terem destruído nosso passado recente ao longo da última década não justifica que façamos coro pela destruição de possibilidades para nosso futuro. Isso é haraquiri, é tiro no pé! Quanto aos acadêmicos, e representantes dos interesses de outros entes federativos, estão no seu direito, e devem ter suas razões.
Acho que ainda que, talvez, se esteja subestimando o peso do Governador Sérgio cabral nesse debate. Este tem se esforçado para manter uma imagem de proximidade e lealdade à LULA. Deve ter algum crédito na defesa de seus interesses, visto que o Estado perderia ainda mais do que os municípios com a "tesourada" anunciada!
Por fim, quero lamentar a conduta do Senador Mercadante, que ontem, durante a Audiência da CAE, ironizou o Diretor da ANP Haroldo Lima, mas que um dia também já se disse socialista, e hoje porta-se como um vassalo dos interesses voltados para a perpetuação da concentração econômica em SP. Ele se parece muito com Serra e FHC!


Comentário publicado neste blog em 16 de abril de 2008 - confira aqui.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

"Apito amigo" é só com o Fla?

Pois é, vamos ver agora o que dizem os corneteiros que gostam de bravatear supostos favorecimentos da arbitragem ao Mengão!
Agora há pouco, no Godofredo Cruz o "apito amigo", soprado pelo obscuro Sr. Lenílton Rodrigues Gomes Júnior, entrou em campo para favorecer o time da UMIMED Rio e, aparentemente, garantir uma semi-final com os grandes clubes na Taça Guanabara, barrando o Americano no baile.
O Sr. Lenílton, não satisfeito em não expulsar o goleiro tricolor em lance onde admitiu ver a agressão ao atacante do clube campista, pois marcou o penalti, inventou uma compensação marcando penalidade máxima onde vi apenas jogo perigoso do jogador do Americano que visava aliviar a bola de sua área. E aí, inexplicavelmente, usou um outro critério expulsando o atleta que, mesmo considerando a interpretação do árbitro, cometeu infração involuntária, enquanto FH recebeu apenas cartão amarelo pela clara agressão.
E o goleiro do Fluminense ainda teve a caraça de, mesmo adimitindo seu erro, atribuir o seu "final feliz" a Deus, e não a Sua Senhoria!
Será que Seu Lenílton anda precisando de cuidados médicos? Ou de algo mais?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

APEFAETEC reage a intenção do governo de prorrogar contratos

A APEFAETEC, sindicato que representa o segmento dos profissionais da educação ligados à Rede FAETEC, reagiu ontem aos boatos e notícias divulgadas na mídia dando conta de que os contratos temporários de professores da rede seriam prorrogados pelo governo Cabral conforme noticiamos ontem aqui.
Frente as movimentações no sentido de ampliar o tempo de contratação, que hoje é de 3 anos - 2 anos prorrogáveis por mais 1 ano, a APEFAETEC esteve ontem com o presidente da Fundação, Celso Pansera, que informou haver um projeto do Deputado Wilson Cabral (PSB), no sentido de manter uma lista de 180 contratados, somente de disciplinas onde não houve inscritos ou onde não houve pessoas habilitadas. Contudo, notícias na Imprensa dão conta de uma prorrogação dos contratos em geral.
A APEFAETEC manifestou para o presidente sua insatisfação com esta política de manutenção de contratos em detrimento de concurso público. Muito mais grave com a manutenção das mesmas pessoas por longo período de tempo. Até porque em reunião no dia 03 de fevereiro, o presidente assumiu um compromisso com a APEFAETEC de
que mesmo havendo negativa do governo, ele iria se empenhar durante 2009 para que o concurso ocorresse.
Hoje, a APEFAETEC estará presente na ALERJ para também mostrar a insatisfação da entidade de classe, uma vez que foi aprovado no orçamento de 2009 R$ 80 milhões para plano de carreira, vale-transporte e concurso público.
Se realmente houver mudança na lei de contratação, o sindicato pretende fazer uma representação no MP.

Pinga-fogo

Comentário postado ontem por um(a) leitor(a) anônimo(a):

"Fábio, com todo respeito, acredito que a proposta principal de seu blog não seja discutir a educação e sim o cotidiano, mas, com toda certeza espera-se de alguém que se apresenta como diretor do SEPE uma maior divulgação de fatos dessa área. Isso é um encargo de sua posição dentro de uma organização política, que por sinal é enfraquecida e conseqüentemente desvalorizada por parte da própria classe que representa.
A situação da educação em Campos e no Estado está caótica. Diversas medidas importantes foram tomadas recentemente que afetam negativamente a situção do professor nas escolas. Hoje foi dia de protesto na SEEDUC no Rio, algo que vem sendo mobilizado há alguns dias e não existe nenhuma divulgação e estímulo a um debate de sua parte que, repito, apresenta-se como diretor do SEPE na cidade."

11 de Fevereiro de 2009 21:32

Resolvi torna-lo público aqui na página para estimular o debate. Nossa resposta:

Caro(a) Anônimo(a),

Em primeiro lugar, questões e debates referentes à Educação são sim de interesse do Comentários.
Em segundo lugar, eu não "me apresento como diretor do SEPE", eu tenho um MANDATO, delegado pela categoria, como diretor do SEPE CAMPOS, que se encerra em agosto próximo.
Realmente a situação da Educação no governo do Estado é caótica, tanto na rede da SEE, como na rede FAETEC. E neste post destacamos um dos principais problemas: a carência de profissionais, enfrentada com os paliativos da contratação precária (GLP) ou temporária. Há ainda vários outros problemas, sobretudo no que se refere às condições de trabalho, ausência de gestão democrática nas escolas, arrocho salarial, com significativas perdas acumuladas, dentre outras questões.
Na rede municipal também há graves problemas. Alguns repetem o quadro do Estado, como a ausência de gestão democrática nas escolas. Também é preciso rever a Lei do PCCS - com destaque para a retomada do TEMPO DE SERVIÇO como fator de progressão funcional, equiparar o salário das pedagogas com os dos demais especialistas
de nível superior e convocar concursados para cobrir carências.
Faço auto-crítica como diretor do SEPE Campos, mas sei que a principal responsabilidade pela distância entre o sindicato e a base é do SEPE/RJ. Isto se dá por que a luta sindical não é a prioridade para o grupo que tem maioria naquela direção e que trata prioritariamente dos interesses de seus partidos (PSol e PSTU).
Mas está em tempo de a categoria se mobilizar, participar ativamente das próximas eleições - na qual não pretendo compor nenhuma chapa - e integrar-se efetivamente às lutas que estão na agenda - "o SEPE somos nós!".
A dificuldade na divulgação no ato desta semana na SEE só confirma a incompetência da direção do SEPE/RJ. O SEPE Campos não recebeu informes e orientação sobre a organização de tal ato.
Sobre novidades na situação dos professores nas escolas da rede estadual no retorno das férias, com reflexo negativo para a categoria, o que chegou ao meu conhecimento afeta parte da categoria (professores 2) e se relaciona a uma dificuldade concreta determinada pela transferência de responsabilidades sobre a oferta do ensino fundamental - principalmente até o 5º ano, antiga 4ª série - para os municípios. A situação é delicada e não há muito o que se fazer. A prioridade para as vagas do 6º ao 9° ano e do Ensino Médio de fato é dos professores 1 e há parecer do Ministério Público Estadual contrário ao desvio de função.
Sei que é uma situação injusta, que os desvios de função feitos há anos serviram ao Estado quando foi conveniente, mas, observando os nossos estatutos funcionais e a Lei aparentemente não há o que se fazer frente aos remanejamentos em curso. O que poderia funcionar seria pressão política e negociação junto a SEE pela permanência das disciplinas de ATCOM. Mas negociar e pressionar politicamente com eficiência infelizmente não é a especialidade dos "companheiros" que controlam hoje o SEPE/RJ.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Cabral também não gosta de concurso...

Aqui os leitores - até os anônimos - têm vez. Cobrança feita, cobrança atendida.
O Governador Sérgio Cabral, muito preocupado em construir sua reeleição com o apoio de LULA e do PT, se esqueceu de providenciar o concurso para a rede FAETEC.
Jornais de hoje trazem a notícia de que, em função disso, o início do ano letivo nas unidades desta rede está condicionado à prorrogação de contratos temporários de professores. A presidência da Fundação e a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia vão pleitear junto ao dançarino de funk a prorrogação destes vínculos precários por mais dois anos.
Já na Secretaria de Estado de Educação, a tática é a cortina de fumaça. Numa confusão de números que não nos ilude, a Secretária Tereza Porto anunciou no fim-de-semana que uma convocação de 2.300 professores concursados é suficiente para "suprir todas as carências que poderiam haver na área educacional." Ora, o próprio governo anunciou no fim de 2008 que pretendia convocar concurso para contratação de 15.000 profissionais, número esse que se aproxima mais da carência real, que é de cerca de 20.000 professores. Os números não batem!
É, pelo jeito Mocaiber não é o único que gosta de contratar de forma irregular para o serviço público, ao invés de fazer concursos. Considerando-se que irregularidades ligadas às "terceirizações" estavam no centro da denúncia do MPF que motivou a Operação Telhado de Vidro, a Polícia Federal e o Ministério Público poderiam observar com mais atenção a gestão dos gastos relativos a manutenção destes trabalhadores por longos períodos em situação irregular nos dois maiores Estados da Federação, cujos Governadores são candidatíssimos em 2010.

Em campanha

O Dr. Cláudio Andrade deu uma repaginada geral em seu blog - veja link aí à direita. O novo visual da página alavanca a candidatura do advogado à Presidência da OAB local.
Convivi com Claudinho nos bancos escolares. Na infância, no Externato Paulo VI, reencontrando-o na adolescência no antigo Colégio P.A.. Sempre demonstrou características de liderança e espírito público. Nos últimos meses retomei contato frequente com ele, sempre tão gentil e solícito com este blogueiro.
Estou certo que os advogados locais tem excelente opção para presidir sua entidade classista a partir do próximo pleito. Todos já conhecem o fôlego do jurista inteligente, inquieto e articulado; blogueiro e radialista. Boa sorte Dr.!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Serra também não gosta de concurso!

O blog do Noblat repercutiu hoje matéria da Folha de São Paulo, que tenta ridicularizar a APEOESP - combativo e organizado Sindicato dos Professores da rede pública em São Paulo - atribuindo à entidade de classe a responsabilidade sobre a manutenção de professores temporários que foram mal em uma provinha que fazia parte dos critérios seletivos para os contratos precários de trabalho naquela rede estadual.
Enquanto o jornal - e o blog citado - se concentram na crítica aos critérios definidos para a contratação (titulação e tempo de serviço) o que me chamou a atenção foi algo interessante: asim como outros governantes daqui do RJ, o governador paulista José Serra (PSDB) demonstrou aversão à forma legal de contratação no serviço público. Ao invés de ceder à reivindicação da APEOESP pela realização de um concurso público, Serra preferiu ceder e desistiu de utilizar o exame no proceso seletivo.
Chama a atenção o número de professores "temporários" a serem absorvidos pela rede para garantir o início do ano letivo: 100 mil docentes!
Por que não fazer logo o concurso público defendido pelo Sindicato?

Do Blog do Noblat

A máscara da Ministra Dilma. Sucesso garantido no próximo "tríduo momesco"!

FOTO: O Globo

Alô EMUT!

Tenho passado quase diariamente pelo cruzamento entre a rua Dr. Beda e Avenida Arthur Bernades. É muito difícil para pedestres fazerem em segurança a travessia da Dr. Beda neste ponto, especialmente nos horários de maior movimento. Quem trabalha nas imediações já se acostumou a ver acidentes e um festival de imprudências dos motoristas. Em outros cruzamentos menos críticos de ambos logradouros já há semáforos orientando o trânsito. É urgente o ordenamento do tráfego neste ponto. A instalação de semáforos me parece o mais adequado. Com a palavra a equipe da EMUT!

DO DIÁRIO

No último domingo, a revista semanal encartada na edição de O Diário trouxe em destaque na capa uma matéria sobre o importante livro Gente que é nome de Rua do saudoso Waldir Carvalho, avô de meus amigos Gustavo e Guilherme Lery Carvalho de Lemos.
Em se tratando de uma das obras mais lidas de um escritor campista, única referência biográfica de vários conterrâneos ilustres, o livro faz jus ao registro e ao destaque.
Vale lembrar que, 13 meses após sua morte, nenhum vereador campista teve ainda a iniciativa de batizar um logradouro local com o nome de Seu Waldir. Uma excelente idéia!

O mais belo samba de enredo de 2009...

É um dos mais belos da história.
Gostei muito também do samba da minha Mangueira, mas este samba do Império é uma pérola. Viva a Serrinha!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Gestão Democrática nas Escolas

Uma das maiores expectativas das professoras da rede municipal de Educação com o governo Rosinha está em cheque. É que perdido entre diversos outros itens dispostos na seção de seu programa de governo dedicado à área estava lá: “estabelecimento de critérios seletivos para a escolha das direções das escolas”. O cuidado que certamente envolveu a redação e o copy desk do documento pode ter destacado neste ponto uma nuance capciosa que não iludiu este articulista, ou não. Particularmente, não interpretei a frase como um compromisso – aliás, cobrado pelo SEPE Campos em documento encaminhado a todos os candidatos(as) à Prefeitura em agosto – com a gestão democrática nas escolas da rede. Mas o item foi assim compreendido pela maioria.
Paira sobre a Prefeita a acusação de ter patrocinado durante seu governo no Estado uma consulta proposta pelo PSC (Partido Social Cristão) ao STF, sobre a constitucionalidade de uma Lei do atual Ministro do Meio-Ambiente, Deputado Estadual Carlos Minc, que obrigava a eleição dos diretores(as) em escolas públicas no RJ, o que resultou numa sentença que proclamou a inconstitucionalidade da Lei e desobrigou o Estado do procedimento por ela determinado. A Governadora até promoveu à época uma consulta às comunidades, que indicava uma lista tríplice para sua apreciação e posterior nomeação. Nem sempre o(a) mais votado(a) era o escolhido de Rosinha!
Podemos dizer então que esta prática democrática não tem tradição nas gestões da família. Mas isso não nos intimida em pugnar por ela. Esta é, a propósito, uma das reivindicações mais antigas do SEPE em toda nossa base de atuação. Em Campos, na última vez em que se estabeleceu um grupo de trabalho com tal objetivo neste município a Secretária de Educação era Maria Auxiliadora Freitas. De volta ao cargo, ela admitiu ao microfone da rádio continental há algumas semanas estabelecer o procedimento ao longo da gestão, descartando, contudo tal medida neste ano. Para insistir na defesa desta bandeira, formou-se desde janeiro, sob a liderança da Professora Hilda Helena, na blogosfera campista uma rede que deve repercutir a reivindicação por “Diretas Já” nas escolas municipais. Essa luta está apenas começando. Voltaremos ao assunto!


Artigo publicado na edição de hoje da Folha da Manhã.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

+ Poesia no bloguinho...

Walnize Carvalho por aqui não é mesmo novidade. Já estava inclusive na programação da seção poética. De qualquer forma, para deleite de seus fãs, "atendendo a pedidos":

Mormaço

Quando ele passa
é como um dia
de
MORMAÇO
Você se distrai
Esquece o chapéu
o protetor solar.
A brisa é fresca
A manhã é bela.
Você se deixa envolver...

percebe
ao fim do dia
o corpo
febril
tatuado
intocável.

Abre a janela
e pede
à
brisa da noite
que
sopre
pela sua pele nua
e
suavize
a
dor da SAUDADE.