quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Waterproof



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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Feliz 2010!

Esse blogueiro se despede dos amigos e leitores que acessam este espaço em 2009, desejando a todos um Ano Novo de paz, saúde, felicidades e realizações. Nos próximos quatro dias estarei sem acesso à rede, recarregando as baterias para os desafios e tarefas que já se anunciam em 2010. Neste período, a atualização deste espaço ficará condicionada à possibilidade das sempre oportunas e valorosas postagens da equipe de colaboradores do blog vermelho. A eles também um agradecimento especial, um fraterno abraço e os mais sinceros votos de sucesso no próximo ano. Até lá!

O mensalão da CIA

O jornalista Geneton Moraes Neto vem se notabilizando por realizar impactantes entrevistas com personagens controvertidos da História. A última foi com o ex-presidente Collor na qual, dentre outras confissões, ele afirma que os milhões arrecadados na sua campanha (cuja periclitante administração foi uma das causas do impeachment) também financiaram seus apoiadores, como o ex-PFL e atual DEM. Agora Geneton está divulgando em seu blog no G1 mais uma reveladora entrevista (realizada em 2002) com um estratégico personagem de nossa História recente: Lincon Gordon, ex-embaixador dos EUA no Brasil dos "anos de chumbo" além de ex-professor de Economia da Universidade de Harvard e ex-subsecretário de Estado para Assuntos Latino-Americanos. Veja abaixo algumas das principais passagens:
A CIA – afinal – deu ou não deu dinheiro a candidatos simpáticos aos Estados Unidos nas eleições de 1962 no Brasil ?
Gordon : “Demos. Definitivamente. Com o passar do tempo,considerei que este foi um erro de nossa parte. Nós estávamos,na época,influenciados pelo que tinha acontecido na Itália logo depois da guerra: historiadores acham que o apoio aos anti-comunistas italianos – inclusive com dinheiro e propaganda – foi o que tornou impossível a vitória eleitoral dos comunistas”.
Quanto a CIA gastou no Brasil ?
Gordon: “A minha estimativa é de que foram cinco milhões de dólares (N: a preços de 2002, 30 milhões de dólares – ou cerca de 100 milhões de reais). Mas não se produziram resultados importantes, porque o Congresso que foi eleito em 1962 não foi diferente do Congresso anterior. Miguel Arraes- por exemplo- se elegeu governador em Pernambuco, o que foi um fato mais importante do que qualquer mudança no Congresso”.
Quem recebeu a ajuda ?
Gordon: “Houve um grupo de candidatos – geralmente, à direita do centro, simpatizantes dos Estados Unidos”. (...)
Qual foi a participação dos Estados Unidos na queda do presidente João Goulart ?
Gordon: “A participação ativa foi zero. Mas, especialmente depois do comício do presidente Goulart na Central do Brasil, houve vários contatos, inclusive entre o adido militar da embaixada, Vernon Walters e o marechal Castelo Branco, em que se demonstrou o interesse numa oposição”.
Como surgiu a idéia de mobilizar uma frota americana que seria deslocada para o Brasil em 64 ?
Gordon: “A minha idéia foi que,na eventualidade de uma tentativa de derrubar João Goulart, um grupo militar brasileiro poderia ser contestado por outro grupo militar. Eu imaginei que poderia haver uma divisão do país – com militares em lados opostos. Numa tal eventualidade, os Estados Unidos evidentemente teriam uma preferência pelo lado anti-esquerdista, pelo lado anti-João Goulart. Naquele momento,considerei,então,a possibilidade de que uma frota armada, com a bandeira americana visível no litoral brasileiro, teria um resultado desencorajador para o lado pró-Goulart e encorajador para o lado anti-Goulart”.

Retrospectiva 2009 - política

Comprovando a sua relevância no cenário político internacional, o presidente LULA foi personagem de um episódio do desenho norte-americano South Park exibido em abril.

Posse

A nova diretoria do Sinpro Campos/ São João da Barra toma posse em ato formal presidido pela Comissão Eleitoral responsável pelo pleito ocorrido nos últimos dias 10 e 11 do corrente, na próxima segunda-feira (04/01/2010), às 15:00 na sede do Sindicato, na Rua Carlos de Lacerda 258.
Como chapa de oposição - até agora sem acesso à situação administrativa da entidade - e também em função do período de fim-de-ano, não foi possível organizarmos um ato festivo, mas os amigos e companheiros do movimento sindical serão bem-vindos.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Retrospectiva 2009 - esporte

Gol de placa! Pra mim, fundamental na vitória que sacramentou a arrancada pro hexa do Mengão. Tinha a intuição que quem vencesse esse clássico arrancaria pro título. Não deu outra. Ainda bem que Pet abriu o caminho da vitória com essa obra-prima.

Questão de esclarecimento.

Fala júnior!

O Blog do Roberto Moraes e a Trolha já destacaram a escorregada do júnior cabral ao admitir textualmente em entrevista ao Valor Econômico que "(...)Campos é um problema" no que se refere à aplicação dos royalties do petróleo.

Partindo do pressuposto razoável que tal "problema" não foi gestado exclusivamente nos últimos doze meses, seria interessante que o órgão de imprensa local responsável pela bajulação oficial ao governador o ouvisse à guisa de esclarecer a responsabilidade de alguns seus aliados na política local em tal contexto.

Retrospectiva 2009 - cultura

No ano da redenção de Wilson Simonal - com o sucesso do documentário do Cláudio Manoel, a edição de uma bem cuidada biografia e um "baile" antológico produzido por seus filhos e registrado em DVD - e da chegada do primeiro negro à Casa Branca, a emocionada homenagem de Simoninha a seu pai.

domingo, 27 de dezembro de 2009

+ Leminski

en la lucha de clases
todas las armas son buenas
piedras
moches
poemas

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O PROFETA EM SUA TERRA (por Leminski)

Jerusalém, urgente — Na tarde de ontem, alguém que atende pelo nome de Jesus invadiu as dependências do Templo, agredindo e expulsando toda a casta de vendedores que ali exercia seu ofício.


O lunático, galileu pelo sotaque, entrou, subitamente, chutando as mesas dos mercadores de pombas e outros animais destinados ao sacrifício. Na confusão que se seguiu ao incidente, entre as moedas que rolavam pelas escadas, gaiolas quebradas, pombas que voavam, acorreram os guardas, que não conseguiram deitar as mãos no facínora.


O tal Jesus desapareceu no meio da multidão, que o acoberta, porque nele acredita ver um profeta. A reportagem apurou que o referido é natural de Nazaré, na Galiléia, filho de um carpinteiro.


Arrebanhou inúmeros seguidores entre os pescadores do Mar da Galiléia. Dizem que opera milagres. E descende, por linha direta, do rei Davi.


Entre os seus, fala aramaico, dominando, porém, o hebraico dos textos sagrados, que cita com frequência, chegando mesmo a discutir com os doutores da lei, fariseus e saduceus. Muitos vêem nele o Messias. As autoridades estão prontas para fazer frente a qualquer nova alteração da ordem provocada pelo tal Jesus ou por seus seguidores.


quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Bandalha legal?

Alô EMUT!
Em Campos até ônibus legalizado faz "bandalha".
É normal que neste período de festas haja engarrafamentos e confusão no trânsito nas principais vias públicas. É assim nas grandes cidades e Campos não é mais uma cidade pequena.
É preciso que passageiros e fiscais das empresas tenham paciência e compreendam atrasos eventuais nestas ocasiões. É inadmissível que por conta própria, empresas ou motoristas decidam alterar os itinerários das linhas para "cortar caminho" e fugir do trânsito pesado. Este blogueiro, usuário do transporte coletivo, viveu esta experiência duas vezes esta semana ao utilizar coletivos das empresas Siqueira e Progresso. É possível que a prática se estenda a outras empresas e mesmo que não haja orientação e controle destas sobre motoristas neste sentido. Mas é preciso que a fiscalização da EMUT observe e coiba esta prática, preservando o itinerário das linhas locais.

Desrespeito

Antes se punha a culpa no governo...
Pois bem, a economia funciona e o mercado agradece. Milhões foram incluidos no consumo e a indústria e o comércio se preparam para atender à demanda. Esta é um Natal que certamente entra pra história como um marco na circulação de bens e serviços. Papai Noel vai chegar para um número maior de brasileiros.
Contudo, se o setor produtivo e a renda gerada por este faz bonito, o mesmo não se pode dizer do sistema financeiro!
Boa parte do dinheiro que movimenta o comércio neste período de festas circula na forma de crédito, de ganhos indiretos, como tickets eletrônicos ou pelo débito automático.
A rede mastercard no início da tarde de hoje frustrou milhões de consumidores e causou prejuízo a milhares de varejistas. O sistema sofreu uma pane. Não eram realizadas transações de venda com cartões de crédito, débito e tickets. Tudo por que não se planejaram para promover avanços tecnológicos que adequassem sua capacidade de atendimento à demanda do período. Não é de hoje. Há anos a rede visa funciona melhor que a concorrente, que sempre apresenta este problema neste momento de grande importância para o comércio. Eu só não deixei de comprar duas garrafinhas de vinho para a ceia porque um velho amigo me concedeu a velha modalidade de crédito "assinando na nota".
É triste constatar que no novo Brasil, onde mais trabalhadores podem consumir e que a indústria e o comércio se adequam para atender a demanda, quem mais ganha é quem menos apresenta bons serviços aos usuários, sejam eles consumidores ou lojistas, que pagam caro para oferecer tais serviços aos clientes.
A mastercard pode servir "para tudo na vida" como diz seu marketing, mas para isso precisa planejar e investir para funcionar bem quando seus usuários mais precisam.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Mudou o cante!

Nem só das já habituais piruadas em polêmicas internas do PT, da bajulação "agradecida" ao júnior cabral e do ataque sistemático a "desimportantes" blogueiros locais vive a linha editorial de um "importante" jornalão local...
Observadores atentos verificaram nos últimos dias um sistemático aumento da presença da Prefeita Rosinha e de seu governo nas páginas do periódico. No lugar das até aqui constantes críticas e ataques à gestão, destaque e até referências elogiosas, inclusive sugerindo a aprovação do governo numa auto-avaliação da própria chefe do executivo.
Também foi notada a presença constante dela na emissora de TV local ligada ao mesmo grupo.
O que será que haveria mudado nesta linha editorial?

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Lamentável desfecho

É mesmo questão de tempo o anúncio da desistência de Lindberg Farias em disputar o governo do estado.
Cumpre lamentar a decisão da cúpula do governo federal que elimina a chance de projetar uma nova liderança popular no pobre cenário político fluminense.
Pelo jeito, o prestígio de júnior cabral no famigerado e oportunista "aliado" que lhe empresta - ou aluga - a legenda deve mesmo andar em alta. Tudo indica que foi grande a pressão para garrotear a candidatura do Prefeito de Nova Iguaçu em favor do apoio petista ao desgoverno em curso no rio de janeiro. Deve ser assim, com letras minúsculas, que os companheiros do Planalto vêem este ente federativo, mais uma vez sacrificado em nome de um legítimo projeto nacional. Contudo, por mais que apoiemos e nos orgulhemos deste projeto e façamos a sua defesa, é duro conformar-se com a decisão que se justifica mediante o argumento "É o melhor pro Brasil!" Mas, e o Rio? "Paciência!" Enfim, pior pro Rio!
Será que os companheiros paulistas aceitariam ceder mais um mandato ao Serra em troca da garantia da eleição da companheira Dilma?
Bem sei que o raciocínio é simplista e despolitizado. Até mesmo pueril...
Mas o cidadão fluminense tem todo o direito de constatar que o desgoverno de júnior cabral é tão ruim quanto o de Serra em SP, apesar do primeiro gostar de bajular Lula...
Enfim, pobre Rio. Há de padecer mais quatro anos em função de conchavos palacianos?
A definição é constrangedora mesmo para o recém-eleito presidente do PT estadual, Deputado Federal Luiz Sérgio, que ensaiva endurecer o discurso e a negociação frente a arrogância e a inabilidade de júnior cabral - que aparentemente agiu ciente do enquadramento a ser imposto à este Diretório Regional. E desastrosa para as perspectivas de crescimento das bancadas parlamentares do PT do Rio na Câmara Federal e na ALERJ.
Mas o pior de tudo é a castração da possibilidade de algo novo na política fluminense. Desta vez não se esperará o Encontro Estadual. O rodo é mais sutil e silencioso, provavelmente mais eficiente. Mas já vimos este filme antes. Há uma sensação de déjà vu nos petistas fluminenses. O favorecido de outrora talvez seja prejudicado agora. Mas ambos os ungidos - aliados durante todos os oito anos de gestão da dinastia que antecedeu o mandato em curso - se parecem muito...
Quem perde mesmo é o cidadão fluminense e seu sonho de um governo melhor!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Lula verbaliza a frustração do mundo

O Presidente Lula acaba de surpreender o mundo ao discursar na COP 15, a cúpula mundial que discute as possíveis soluções para os graves problemas climáticos do mundo. O plenário do evento, que acontece na Dinamarca, acompanhou com atenção e entusiasmo o discurso de improsivo (e por isso mais autêntico) e indignado de Lula. Declarando-se frustrado com as tentativas de acordo até aquele momento, o presidente brasileiro re-afirmou: "Todos nós poderíamos oferecer um pouco mais se tivéssemos assumido boa vontade no último período. Todos nós sabemos do que é preciso para manter o compromisso das metas e o compromisso dos financiamentos. Temos que manter os princípios adotados no protocolo de Kyoto. Temos reponsabilidades comuns. (...) Gostaria de sair daqui com o documento mais perfeito do mundo, mas se não conseguimos fazer até agora não sei se algum anjo ou algum sábio descerá nesse plenário e colocara na nossa cabeca a inteligência que nos faltou até agora. (...) A questão não é apenas dinheiro. Os países em desenvolvimento e os ricos não devem pensar em dinhero como favor, não pensemos que estamos dando esmola, porque o dinheiro que será colocado na mesa é o pagamento pela emissão de gases de efeito estufa feita durante dois séculos por quem teve o privilégio de se industrializar primeiro. (...) É necessário mostrar ao mundo de que com meias palavras e com barganhas a gente não encontraria uma solução dessa conferência. (...) Estamos dispostos a participar do financiamento se nos colocarmos de acordo aqui em uma proposta final, mas não estamos de acordo que as figuras mais importantes do planeta Terra assinem qualquer documento para dizer que assinamos." Logo em seguida da fala do nosso Presidente, Obama apareceu com toda pompa e circunstância para decepcionar novamente: a proposta norte-americana só contempla 10% daquilo que a ciência exige!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Aécio "pede pra sair"

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, declarou nessa tarde (17/12/2009) a sua desistência da disputa pela candidatura à presidência em 2010. Em nota oficial lida em companhia do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, Aécio tentou "explicar" de modo quase poético a sua incompetência na luta interna: não conseguir convencer seus pares de sua viabilidade político-eleitoral, apesar de sua fama de grande "aglutinador" político. Uma operação um tanto quanto capciosa e delicada, pois a fraqueza da derrota para Serra teve que servir de demostração de força regional para o projeto partidário nacional. Do ponto de vista pragmático, a maior dificuldade será traduzir esse recuo estratégico para o frustrado eleitor mineiro (o 2º colégio eleitoral do Brasil) que reconhecia em Aécio o retorno de Minas ao protagonismo do jogo político nacional. Com esse novo movimento, o jogo da sucessão presidencial fica cada vez mais o próximo do ideal lulista: um plebiscito entre os governos FHC X Lula. Com a palavra, o neto de Tancredo Neves: "O que me propunha (era) tentar oferecer (algo) novo ao nosso projeto, no entanto, estava irremediavelmente ligado ao tempo da política, que, como sabemos, tem dinâmica própria. E se não podemos controlá-lo, não podemos, tampouco, ser reféns dele. Sempre tive consciência de que uma construção com essa dimensão e complexidade não poderia ser realizada às vésperas das eleições". E ainda, "Deixo a partir deste momento a condição de pré-candidato do PSDB à Presidência da República, (...). Busco contribuir, dessa forma, para que o PSDB e nossos aliados possam, da maneira que compreenderem mais apropriada, com serenidade e sem tensões, construir o caminho que nos levará à vitória em 2010."

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Democratizar o Estado

Todos sabemos que a crise econômica mundial de 2008 é fruto direto da desregulação da economia e do minimalismo neoliberal. Essa datada agenda política, econômica e ideológica que aprisionou a imaginação coletiva e ditou os limites das políticas econômicas no mundo inteiro foi especialmente preversa para os países em desenvolvimento ou de capitalismo tardio. O que deve nos levar à construção de um novo consenso sobre o papel dos Estados nacionais. Pois é justamente o mapeamento detalhado das dimensões e potencialidades do Estado para a sociedade brasileira que é propiciado pelo brilhante estudo realizado pelo IPEA (www.ipea.gov.br) intitulado "Presença do Estado no Brasil: federação, suas unidades e municipalidades". Já na introdução, Márcio Pochmann denuncia a falsa oposição Estado X Mercado e reivindica a necessidade de se adotar uma perspectiva histórica sobre a questão.
Nas palavras dos autores: "É chegado o momento de entender que o econômico precisa ter metas sociais e que o social é parte essencial do econômico. Do contrário, uma sociedade fica condenada a oscilações sem sentido. Para atingir tais metas, o papel do Estado é essencial. É esta a preocupação, considerando o caso brasileiro, que motivou esta publicação." Tamanho esforço de fundamentar políticas públicas com conhecimento objetivo e sistemático da realidade social brasileira contrasta com o oportunismo simplório da cobertura da grande mídia. Tal má-fé militante cai no vexame quando as próprias reportagens sobre a pesquisa em questão trazem no seu corpo fatos demonstrativos da relevância do Estado e os títulos, chamadas e capas falam do "peso" ou "inchaço" da máquina (apesar da informações tabuladas atestarem a queda do nº de funcionários públicos com relação à população). É por isso que também é super oportuna a fala do professor Emir Sader (www.cartamaior.com.br): "Para uma política antineoliberal, que defende o interesse público, o Estado tem papel central, estratégico, nos planos econômico, político, social e cultural. Mas, para efetivamente desempenhar esse papel, como instrumento de um novo bloco social que dirija os destinos do Brasil e não apenas reproduza a predominância dos interesses dominantes, o Estado tem que ser radicalmente reformado, refundado em torno da esfera pública, desmercantilizando-se, desfinanceirizando-se, tornando-se um Estado para todos os brasileiros."

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Ecos de Renato e conversas de Eduardo com palpites de um alcoviteiro.

O Brasil vive hoje um processo de democracia em construção, com cinco eleições nacionais realizadas pelo voto e a caminho de mais uma. Uma democracia que se inicia com a Constituição de 1988, que entre muitas conquistas, garante o direito da liberdade de imprensa.
Agora qual é o papel da imprensa, dos jornalistas nesse período em que vivemos. Informar, divulgar, trazer ao conhecimento da sociedade informações, mas de forma imparcial, fazendo com que o cidadão faça a sua própria análise. Infelizmente não é assim que alguns meios de comunicação vêm se portando e, em Campos não é diferente.
Um jornal local utiliza suas páginas, para fazer rodar a metralhadora das intrigas e da discórdia. Qual seria o papel desse jornal ao noticiar o Processo de Eleições Internas do PT? Noticiar o processo, entrevistar os candidatos, informar a população o resultado da eleição seria o mais sensato. Para esse jornal não! Eles se utilizam da velha lógica de venda da imprensa: notícia ruim repercute mais. Só que existe também outra lógica: Quem bate perde. E esse jornal só vem perdendo espaço na sociedade. Aí tiveram uma idéia, ou melhor, copiaram de muitos pelo planeta: Vamos fazer blogs. São mais rápidos, as pessoas gostam e são de graça. Mais a lógica continua: notícia ruim repercute mais.
A metralhadora do mal vai além do processo eleitoral. Faz intrigas com o intuito de denegrir a imagem de vários militantes históricos, acusando – os de métodos de covardia virtual. Opiniões e ações de um blogueiro não remetem a posição de outros militantes da mesma corrente política do Partido.
A comunidade interna do PT de Campos sabe melhor do que qualquer outra pessoa, a necessidade do diálogo interno para garantir a consolidação de uma alternativa para o cenário político que nossa cidade apresenta hoje. Não precisamos de alcoviteiros. Faça seu papel, informe, divulgue, noticie. O presidente eleito do Diretório Municipal, professor Eduardo Peixoto, sabe dialogar, é aceito pelas outras correntes, tem bagagem, e com certeza fará um belo trabalho nos próximos dois anos. Meu caro, pergunte se em algum momento ele foi vítima de alguma covardia de outras correntes? Garanto que não. Sabe por quê? Não é a nossa praia. No PT o diálogo vem em primeiro lugar, porque é ele que garante a democracia. De que adianta o voto se eu não posso dialogar?
Resumo da história: Um jornalista que nem filiado é, e adora dar palpites na condução do PT. Se quiser debater o PT se filia meu caro.
Ah! Não quer porque é mais fácil ser alcoviteiro.


Marcel Cardoso cursa Licenciatura em Geografia no Instituto Federal Fluminense, onde exerce a função de presidente do Diretório Central dos Estudantes.

Blogs, jornais e ética

Repercutiu recentemente na “blogosfera” local um texto do Frei Beto, sobre a blogueira cubana Yoani Sánches – referência da militância virtual anti-Cuba – identificando contradições e possíveis leviandades nos textos panfletários da ativista contra o governo de seu país. Como disse o Professor Maycon Bezerra de Almeida em seu blog – clique aqui para conferir – vale a pena a leitura do mesmo.
O texto citado me remeteu a uma reflexão que me ocupa a mais de dois anos, quando resolvi criar um blog pessoal na internet para publicizar minhas opiniões sobre diversos assuntos: sendo um blog um instrumento de mídia, até que ponto minha conduta “editorial” deveria se reportar aos padrões e a ética jornalística? Não sendo eu um jornalista, e sendo minha página pessoal e explicitamente destinada à expressão do pensamento meu e de meus colaboradores, qual meu compromisso com a livre manifestação do contraditório e a confirmação de versões a serem divulgadas no blog? Desde então tenho tentado cotidianamente equilibrar estas questões a partir do exercício da ética.
Essa proposta me impede de publicar ou mesmo de sugerir referências a fatos que não presenciei e a versões que reflitam o ponto de vista e a percepção apenas de um lado envolvido em determinada questão.
Penso que este debate é pertinente na medida em que jornais locais reproduzem tendência da imprensa de circulação nacional em manter blogs em seus espaços virtuais, as versões online. Em blogs de jornalistas, ou vinculados a órgãos de imprensa creio que deveria ser algo mais natural a reprodução de padrões éticos típicos da prática do bom jornalismo, como por exemplo, o procedimento de ouvir diferentes versões sobre um fato antes de tornar pública uma delas, de forma a causar prejuízo irreversível à imagem de terceiros. Um bom adendo ao debate sobre blogs, jornais, mídia em geral e coisas da pólis nesta planície.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O Presidente e o Imperador




sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Obrigado!

O blogueiro, em nome da Chapa 1 - Oposição. Reconstrução do Sinpro, vem pelo presente agradecer aos (às) 93 professores (as) que sufragaram nossa proposta de mudança e reestruturação de nosso sindicato no próximo triênio.
A apuração do pleito terminou agora há pouco. O pleito teve a participação de cerca de 40% a mais de eleitores do que em 2006. Mas o universo de filiados na base local - cerca de 300 companheiros(as) - ainda é bastante restrito frente potencial representatividade da categoria.
A ampliação da base filiada, assim como a negociação de reajustes para a categoria - há dois anos sem aumento na data base - e a reatomada do diálogo com os professores nas diversas escolas da educação infantil ao nível superioir são alguns dos objetivos da gestão que se inicia no próximo dia 04 de janeiro.
Contamos com cada professor(a) nesa luta!

ATUALIZAÇÃO em 13/12 à 01:30
Alertado pelo companheiro Fabiano Rangel, diretor do STAECNON, esclarecemos os números da eleição no Sinpro Campos/ São João da Barra onde a nossa vitoriosa Chapa 1 teve 93 votos contra 87 da Chapa da situação.

"Boquinha" frenética

E a sanha do PT pedinte continua. Em mais uma declaração infeliz, o deputado federal e presidente eleito do PT-RJ explicita os motivos ideológicos e a coerência política do "projeto" de poder que representa. Nos desculpem os especialistas em análise de discurso, mas nada mais didático e exemplar do que a fala direta de um "protagonista" histórico: "A aliança entre PT e PMDB tem como princípio o Cabral ser o governador e os outros cargos serem definidos a partir da negociação entre os partidos que compõem a aliança. A ideia é que agente possa construir o governo, e não aderir. Se a decisão de ter o Pezão já estiver tomada, podemos, em março, decidir por uma candidatura própria." (Luiz Sérgio, O Globo 11/12/2009) Ou o deputado não sabe o que é um princípio ou se sabe não deveria condicioná-lo à negociação de cargos. Será essa confusão uma nova modalidade de déficit cognitivo?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Chororô do "vencedor"

Depois de sair vencedor da acirrada disputa do PED (Processo de Eleição Direta) do Partido dos trabalhadores do estado do Rio, o deputado federal Luiz Sérgio vem a público "humilhado e ofendido". Ao contrário de uma postura altaneira e magnânima que se espera do presidente regional, legitimamente eleito, do maior do maior partido de esquerda do Brasil, o deputado se coloca na posição indigna de pedinte patético. Diante da rejeição de Cabral e do PMDB-RJ aos seus pleitos, especialmente a negativa ao pedido de compor a chapa de Cabral como vice-governador, Luiz Sérgio é só lamúrias e queixumes: "Aliança é sempre algo que você precisa construir. Minha eleição não garante que já está confirmada a aliança." Então foi para isso, para representar esse papel de subordinado "pau mandado" e fiador da "garantia" do esquema Cabral-Picciani no PT, que o deputado foi eleito??? Nas disputas políticas, independente do resultado final, você pode sair "maior" ou "menor". Pois esse parece o caso típico de nanismo inevitável e voluntário!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O verbo e a verba

O blog do filho do dono trombeteia e quase comemora a vitória de Luiz Sérgio para a Presidência Estadual do PT.
E, já no título, não faz a menor cerimônia em manifestar as razões para tal euforia: um iminente apoio do PT-RJ ao inepto e incompetente governador - o que revela o quão pueril, ainda que legítima, foi a postura dos companheiros que apoiaram no segundo turno o Deputado Federal com a ressalva de manter a defesa da candidatura própria. Na prática, a vitória de Luiz Sérgio realmente aponta tendência em outro sentido, ainda que o jogo ainda esteja no pano e convenções e Encontros petistas sigam uma lógica distinta da dos PEDs. Há ainda o esqueleto da abortada candidatura de Vladimir no armário!
O curioso é o grande e súbito interesse manifestado pelo periódico em questões internas do Partido dos Trabalhadores. Talvez tenha a ver com a farta e, literalmente, visível publicidade estampada pelo governo do RJ em suas páginas nos últimos meses, coisa de anúncio de meia página com periodicidade regular!
Parece que um edil local tinha mesmo razão quando dizia que em certas páginas da imprensa local, mesmo nas virtuais, o "verbo vale a verba".

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Breve comentário sobre um "palpite infeliz"

Tenho o hábito de respeitar a memória dos que não mais estão entre nós para esclarecer declarações que lhes são atribuídas. Não considero decente expor os mortos em busca da afirmação de interesses políticos ou econômicos, sobretudo quando estes não me parecem respeitáveis.
Assim, não vou aqui replicar manifestações que devem se originar exclusivamente na conveniência de seus responsáveis, e tampouco alimentar polêmica sobre assunto que considero superado e oportunamente esclarecido com quem me interessava tratar a questão.
Cumpre porém esclarecer que:

1- Sou "arauto" apenas de minhas convicções, e nunca de interessses políticos e econômicos dos quais pudesse me envergonhar. Minha conduta na vida profissional, particular e minha militância política são públicas, e desafio a quem pretenda qualifica-la na forma atribuída a quem não pode mais esclarecer suas declarações a faze-lo de forma clara, explícita e dirigida a minha pessoa, publicamente;

2- Não tenho "turma". Em minha ação política tenho interlocutores e grupo. Não dialogo exclusivamente com meus pares, como aliás convém a quem faz política de forma democrática e plural, tendo como horizonte exclusivo o bem público. Também não misturo relações pessoais com ação política. As vezes discordo fraternal e democraticamente de meus amigos. Mas procuro manter sempre o respeito e a capacidade de diálogo;

3- Sou responsável pelo que é publicado aqui, por mim ou por meus colaboradores. Não respondo pelo que é publicado em outras páginas, independente de relações pessoais que possa manter com quem quer que seja. Repilo insinuações levianas sobre qualquer ação deliberada deste blogueiro no sentido de atentar contra a conduta de qualquer pessoa no que se refere à vida privada ou familiar;

4- Quanto as questões internas do PT de Campos, tenho convicção na responsabilidade de Eduardo Peixoto - com quem milito e convivo há 20 anos - bem como de outras lideranças do Diretório local, para conduzir o partido no rumo do interesse republicano, sem interferências indevidas e inoportunas, cujas motivações não me parecem claras, e que podem nos confundir com o que de pior se verificou na gestão pública em Campos nos últimos anos.

Sempre Flamengo!

Mesmo não tendo o talento de Ruy Castro, Nelson Rodrigues e outros craques das letras que já escreveram sobre a gloriosa saga do mais querido clube do futebol brasileiro, não poderia deixar de registrar aqui minha felicidade com a conquista do hexa campeonato brasileiro pelo meu Mengão!
Há de se louvar a campanha do rubro-negro neste campeonato, bem como a recuperação da imagem e da dimensão do Fla no universo do futebol brasileiro ao longo dos últimos anos. O frustrante, apesar de digno, quinto lugar em 2008 - que nos deixou de fora da Libertadores deste ano - foi precedido pela Copa do Brasil em 2006, pelo terceiro lugar no Brasileirão de 2007, conquistado pelo time de Joel, e pelas duas participações seguidas na principal competição sul-americana. Além disso, mantivemos a hegemonia no futebol carioca com o “penta-tri”, conquistado sobre o Botafogo. A diretoria, além de manter jogadores importantes como Bruno, Léo Moura e Juan, repatriou craques como Kléberson e o nosso Imperador Adriano – prata da casa – trouxe de volta Pet – provavelmente o maior ídolo do clube na última década – e prestigiou Andrade, patrimônio rubro-negro.
Para quem chegou a visitar as últimas colocações nos primeiros Campeonatos brasileiros disputados sob a fórmula dos pontos corridos, correu risco de rebaixamento, viu saírem precocemente do “ninho” grandes revelações formadas pelo tradicional trabalho de base da Gávea e acumulou uma das maiores dívidas do futebol brasileiro no período entre a última conquista do Brasileirão (1992) e a mais recente Copa do Brasil (2006), a empolgação que toma conta da nação é um reencontro com as mais belas páginas da história do Clube de Regatas Flamengo.
O Flamengo será sempre um legítimo campeão! “Uma vez Flamengo, sempre Flamengo!”

Este texto é dedicado a meu Padrinho Fernando Ferreira Andinós, com quem há 30 anos aprendi a "alegria de ser rubro-negro".

domingo, 6 de dezembro de 2009

É hoje!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A DEMência da oposição

A magnitude do escândalo de corrupção do Governo do Distrito Federal (que vem desde o governo Roriz), gerenciado pelos "demos" em aliança com os tucanos, pode ser melhor caracterizada quando um dos seus protagonistas e formuladores vem a público se posicionar. César Maia sai da defensiva e faz um diagnóstico da crise e de suas implicações político-eleitorais. E além disso, traça um perfil daqueles que são seus aliados estratégicos para 2010 e promete retaliações. Com a palavra o ex-prefeito:
"Nas crises, a taxa de oportunismo cresce. Não se trata de caráter, mas da 'dificuldade de se projetar cenários' e da sensação que o cenário de hoje será o mesmo de amanhã. Por isso mesmo os políticos deveriam se concentrar nessas projeções. Antecipar a luta pelo poder nos partidos, ou aproveitar os fatos para fortalecer setores nos partidos contra outros, é, no mínimo, imprudência, pois com o jogo aberto fica mais fácil identificar os atores. E nada ficará sem troco. (...)
A conclusão clara é que o ano de 2010 abre contra a oposição e a favor da do governo. Isso exige que se gaste menos tempo com notinhas e vazamentos e muito mais com talento e esforço para se avaliar de que forma se minimiza o impacto ou mesmo se o reverte. Lembre-se sempre que Brasília, se não tem força eleitoral, tem todo tipo de interação política nos estados. O leque multipartidário das imagens mostradas, e a acomodação do PT, mostram que além das cenas de escândalos explícitos, fluxos menos visíveis hoje podem surgir amanhã."

Lula: Líder mundial

Do site da BBC:

No primeiro dia de sua viagem à Alemanha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi tratado como estrela da política internacional em reportagens na imprensa local. O prestigioso jornal Süddeutsche Zeitung se referiu a Lula como “superstar” em uma reportagem que afirma que o Brasil é festejado sob seu governo, como se só agora o país tivesse sido descoberto pelo resto do mundo.

O texto diz ainda que o presidente brasileiro tem um alto índice de aceitação não somente entre os próprios brasileiros, mas também por parte de políticos de outros países. O jornal econômico Handelsblatt disse que Lula chega à Alemanha para conversar com a chanceler Angela Merkel "de igual para igual".

No artigo intitulado Lula não vem como pedinte, o periódico afirma que o Brasil é um país desejado pelos investidores, e que a líder alemã corteja, por isso, o país em nome do setor econômico alemão.

‘Milagre econômico’

Já o conservador Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ) diz que Lula chega à Alemanha como representante de uma “nova terra do milagre econômico” que “ultrapassou os tremores da crise global com uma velocidade impressionante”. Na reportagem intitulada Um visitante autoconfiante, o FAZ lembra que as empresas brasileiras estão, em muitos setores, na ponta do que há de melhor internacionalmente e que o “capital estrangeiro tem entrado no Brasil como nunca antes”, o que faz do real “uma das moedas mais fortes do mundo”.

O jornal diz ainda que o Brasil subirá em breve ao grupo das dez maiores economias do planeta.

“Daqui a dez ou 15 anos, deverá ultrapassar países como França e Grã-Bretanha, chegando no quinto lugar.”

Grupo dos sonhos...

Assoberbado com inúmeros afazeres para esta tarde, venho aqui rapidamente arriscar algumas projeções favoráveis, que a sorte pode reservar para o Brasil no sorteio dos grupos da Copa do Mundo que se realizará daqui há pouco, às 15:00.
Se tudo der certo, ao invés de um "grupo da morte", podemos ter um grupo tranquilo na primeira fase, pra embalar o time rumo ao hexa.
O blog torce para:
Pote 2: Coréia do Norte, Honduras ou Nova Zelândia;
Pote 3: Argélia, Chile ou Camarões;
Pote 4: Eslovênia, Eslováquia ou Grécia.
Melhor hipótese: BRASIL, Nova Zelândia, Argélia e Eslovênia.
Boa sorte Brasil!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Uma pena!

Lamento sinceramente a perda do título da Copa "caça-níqueis" pelo bravo time tricolor, agora a pouco.
O Flu foi sempre melhor e mereceu melhor sorte. Me recordei da ocasião em que o mengão ganhou por 1X0 - gol de Romário - o Independente da Argentina e perdeu o título da Copa Mercosul no saldo de gols. Eu estava lá, no mesmo Maraca onde hoje não foi feliz a massa pó-de-arroz. Mas naquela ocasião, devo reconhecer, o escrete portenho não se utilizou de qualquer expediente antidesportivo para vencer aquela competição.
Me perdoem os hermanos de Latino América, mas só por aqui se usa altitude pra desequilibrar as coisas no futebol. Nunca ouvi dizer que China ou Índia mandaram os jogos de seus selecionados no Himalaia para se favorecer em jogos internacionais, ou que Suíça ou Áustria prevalecessem em partidas disputadas nos Alpes. Até quando a FIFA vai permitir que peruanos, equatorianos, bolivianos e mexicanos lancem mão de jogos disputados na altitude pra distorcer a realidade do jogo?

Não há mais dúvida!

Falei ontem com dois "cardeais" do PT local, com grande influência no Diretório atual do PT e forte presença na composição eleita no último PED.
Ambos reconhecem a presença da chapa Reconstruindo o partido na próxima Executiva Municipal.
Nas próximas semanas este entendimento - coerente com o estatuto e com inúmeros precedentes em diversas instâncias do partido - será formalizado.
Assim, só voltaremos à este assunto em fóruns petistas. Estamos encerrando aqui neste blog qualquer especulação sobre a questão, que só pode interessar a quem pretenda tumultuar o bom ambiente e as perspectivas de unidade no PT de Campos

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Obama decepcionante

Quem se deu o trabalho de assistir ontem (02/12/09) o pronunciamento do Presidente dos EUA Barak Obama pode aprender todo o poder de frustração da realpolitik. Além de exaurir os últimos vestígios da aura renovadora oriunda da campanha eleitoral contra o inominável Bush, Obama convocou mais um gigantesco contingente militar (30 mil soldados num total de 70) para a irracional carnificina do Afeganistão. O mais cruel dessa convocação em massa é que com nos EUA falidos (economia em colapso, sistema educacional deteriorado e crescente número de pobres e miseráveis), uma das poucas oportunidades restantes para a juventude sem perspectivas é o alistamento. A estratégia militar oficial do governo Obama requer uma ampla campanha de contrainsurgência (COIN) que, além de derrotar o inimigo e ocupar o território, exige a criação de uma nova ordem social estável. Contudo, a tarefa de "transferir" poder e força para uma autoridade afegã legítima (e confiável para os interesses americanos) parece implausível. Mas o pior foi reservado para o discurso de exortação do Presidente e comandante em chefe da mais letal das forças armadas do planeta. No clímax daquela representação patética, Obama declarou que a fonte da "autoridade moral" dos EUA perante o mundo estava na superioridade dos "valores e estilo de vida" dos americanos. Um show de bravatas etnocêntricas na pátria do multiculturalismo e um espetáculo imperialista em nome dos "direitos humanos" dos outros. Perguntinha que não quer calar: Por que ficar com essa cópia tosca podendo aturar o original? Pelo menos o Bush 2 tinha convicções criacionistas, anti-ecológicas e reacionárias autênticas!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Insustentabilidade pós-moderna

Em tempos paradoxais como o nosso, no qual a crise dos valores tradicionais não leva à criação de novas práxis mas ao niilismo predatório, cabe abrir espaço para a reflexão dialética. Por isso destacamos parte do instigante texto de Olgária Mattos (filósofa e professora da USP) denominado:
A democracia pós-moderna
"A democracia moderna se expressa na idéia de espaço público, cuja certidão de nascimento foi a polis grega. Inventora da política, esta significou o advento da isonomia (as mesmas regras válidas para todos os cidadãos), da isegoria (todos podendo tomar a palavra em público) e da democracia, porque todos igualmente legisladores. Findava então o poder privado, cujos modelos foram o pater familias, o comandante militar e o chefe religioso. Por isso, a democracia moderna se fundava em leis pan-inclusivas e universalizantes, baseadas no indivíduo considerado racional e livre. Suas instituições mediavam conflitos e acordos, como partidos, sindicatos, federações patronais, movimentos sociais e organizações de base, que produziam uma determinada representação de si constituindo, assim, sua identidade.
(...)
A igualdade moderna supunha diferenças - sexuais, étnicas, raciais ou religiosas - a serem reconciliadas, a pós-moderna as estabelece positivadas. Nessa entidade sedentária, há o direito à diferença mas visando a igualdade de inclusão social no mercado onde sobrevive o mais “apto” a conquistar seus “ privilégios” (privus lex, private legus, sendo, justamente, “lei privada”, o “favor” no direito medieval europeu). O mercado requer dissolução da individualidade, compreendida como obstáculo ao consumo e ao mercado padronizador. De onde o fim da diferença - entre as gerações, entre os sexos, entre a linguagem oral e a escrita, entre os comportamentos formais e os informais.Todos cedem à palavra de ordem “flexibilidade”, a primeira e a última qualidade que o mercado exige de cada um."
Confira a íntegra do artigo no sítio http://www.cartamaior.com.br/

Covardia marrom

O grande jornalista e professor de jornalismo Alberto Dines, nas trincheiras do Observatório da Imprensa, articula resposta indignada aos donos da opinião publicada que, em escala nacional, operam o mesmo modus operandi dos filhotes marrons provincianos.

A imprensa aloprou

A Folha de S.Paulo consegue se superar a cada nova edição. Mais surpreendente do que a publicação do abjeto texto de Cesar Benjamin (sexta, 27/11), sobre o comportamento sexual do líder metalúrgico Lula da Silva quando esteve preso em 1979, foi a completa evaporação do assunto a partir do domingo (29), exceto na seção de cartas dos leitores.
Num dia o jornal chafurda na lama, dois dias depois se apresenta perante os leitores de roupa limpa e cara lavada, como se nada tivesse acontecido. E pronto para outra.
Não vai pedir desculpas? Não pretende submeter-se ao escrutínio da sociedade? Não se anima a fazer um debate em seu auditório e depois publicá-lo como faz habitualmente? E onde se meteram os procedimentos auto-reguladores que as empresas de mídia prometem há tanto tempo quando se apresentam como arautos da ética? Não seria esta uma oportunidade para ensaiar algo como a britânica Press Complaints Comission (Comissão de Queixas contra a Imprensa)?
E por que se cala a Associação Nacional de Jornais? Este não é um episódio que põe em risco a credibilidade da instituição jornalística brasileira? Um vexame destas proporções não poderia servir de pretexto para retaliações futuras? Ficou claro que depois do protesto inicial ("Isto é uma loucura!"), o presidente Lula encerrará magnanimamente o episódio. A Folha, em compensação, enfiará o rabo entre as pernas. Ninguém estrila!
É bom não perder de vista o fato de que esta lambança de um jornal isolado será fatalmente estendida à mídia como instituição. E logo alimentará as inevitáveis desavenças da próxima campanha eleitoral. Isto não interessa aos que desejam preservar o resto de republicanismo desta imensa republiqueta nem àqueles que levam o jornalismo a sério e não querem vê-lo desacreditado, como acontece na Venezuela.
A verdade é que a imprensa brasileira aloprou, levou a sério sua proximidade com o show-business; a obsessão pelo espetáculo e pela "leveza" levou-a para o âmbito da ligeireza, vizinha da irresponsabilidade.
Por outro lado, o controle centralizado das redações associado ao terror de iminentes demissões em massa desestimula qualquer cautela e a mínima prudência. Ninguém estrila ou esperneia. Os jornalistas brasileiros, apesar de tão jovens, andam encurvados – de tanto dar de ombros e não importar-se.
Ano penoso
Há exceções, tênues, percebidas apenas pelos especialistas, porque nossa mídia – ao contrário do que acontece nos EUA e Europa – faz questão de apresentar-se indiferenciada, uniformizada, monolítica, sem nuances.
Este 2009 foi um ano penoso para a Folha, o jornal talvez prefira esquecê-lo. Mas seus parceiros de corporação deveriam refletir sobre o perigo de atrelar uma indústria ou instituição aos faniquitos juvenis de quem ainda não conseguiu assimilar os compromissos públicos de uma empresa privada de comunicação.
***
Em tempo: O recuo da Folha na edição de terça-feira (1/12) é ainda mais vergonhoso do que a denúncia da sexta-feira anterior. Colocar na boca do pivô do episódio que "o artigo de Benjamim é um horror" é uma manobra capciosa, covarde, para responsabilizar um articulista delirante e inocentar diretores irresponsáveis. A Nota da Redação, na seção de cartas, está atrasada quatro dias: pode satisfazer as dezenas de missivistas que se manifestaram, mas despreza os milhares que, horrorizados, leram o resto do jornal.

Alberto Dines 01/12/2009

Sistema atual ilude eleitor

Sistema atual ilude eleitor

O atual sistema eleitoral uninominal, pelo qual o eleitor vota e coloca seu deputado num determinado lugar na lista de classificação de eleitos só existe no Brasil e na Finlândia. E essa clasificação do eleito termina ocorrendo à revelia de quem vota, porque depende de uma série de condicionantes, dentre as quais o poder econômico e o quociente eleitoral.
O sistema dá ao eleitor a ilusão de que ele elegeu o seu deputado, quando na prática o que ele permite é que o poder econômico, ao financiar as eleições, decida o lugar de cada candidato. Já aprovada pelo Senado, a reforma política está pronta para ser votada na Câmara dos Deputados e tem o apoio do presidente da República. Não foi aprovada na última tentativa porque o PSDB - isso mesmo os tucanos! - se juntou ao PP, PR e PTB e com o apoio do PSB, PDT e PV impediu que o PT, PC do B, parte do PMDB e o DEM - você leu certo, o DEM! - aprovassem a reforma.Sem ela e sem outras medidas, mudanças que aprimorem a administração pública e tragam a obrigatoriedade de nomeação só de funcionários de carreira para os cargos comissionados e instituam os orçamentos impositivos, não vamos conseguir, mesmo com o aumento da fiscalização e do controle externo, por fim ao que estamos assistindo hoje em Brasilia.

José Dirceu
01/12/2009

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Agora, todo mundo é MENGO!!!


Desenvolvimento econômico e seus impactos em debate na UFF daqui a pouco

A Aninha, Coordenadora de Extensão da UFF em Campos informa:

O Projeto de Extensão Segundas Debates: convida você a participar da apresentação do relatório do projeto de extensão: “Estudos dos impactos sócio econômicos da implantação de estaleiro em Barra do Furado/Quissamã – RJ”, no dia 30 de Novembro de 2009, segunda-feira, no horário de 15:30h às 18:00h na UFF/Campos – sala 01.
Expositor: Profº. José Luiz Vianna da Cruz – Coordenador do projeto de extensão em debate e Diretor do Polo da UFF/Campos;
Mediadora: Profª. Ana Maria Almeida da Costa – Coordenadora de Extensão – UFF/Campos.

Vida longa ao Monitor!

Funcionários do Monitor Campista e membros da AIC e da Associação fundada para defender a manutenção da circulação do tradicional periódico se articulam após reunião com direção dos Diários Associados na última sexta para levantar recursos para a compra da marca do "Monitor", com valor fixado em R$ 250 mil - leia aqui. A proposta destina-se aos funcionários mobilizados e a transação tem, prazo até a próxima sexta pra ser concluída.
Os ativistas pró-Monitor planejam levantar a quantia até a próxima quarta e se reunem amanhã às 10:00 na sede da AIC para avaliar a mobilização e a arrecadação.
O blog apóia esta mobilização e sugere a entidades da sociedade civil e do movimento sindical que tenham condições aderir à campanha de doações e fortalecer a possibilidade de manter em circulação um jornal que se propõe a manter "sua independência em relação aos grupos políticos locais".
Mídia independente e autônoma é algo do interesse dos trabalhadores e da sociedade local.

Números do PED em Campos

Um(a) comentaista anônimo(a) questionou em post abaixo a democracia petista, estranhando a proporcionalidade direta, sem quociente de corte ou cláusula de barreira, que define a composição das instâncias dos Diretórios do partido.
Essa confusão foi estimulada pela imprensa local, que confundiu as votações - distintas - para a presidência do DM e para o Diretório. Enquanto o Professor Eduardo Peixoto - apoiado por três chapas - obteve a grande maioria dos votos, com mais de 60% da preferência dos eleitores filiados que compareceram à votação, no pleito para a composição do Diretório houve equilíbrio na distribuição dos votos e, consequentemente, na composição da Executiva.
Abaixo, os números que explicam a proporção observada:
Chapa Movimento. Opção Popular. - 153 votos (2 cadeiras);
Chapa Construindo uma Alternativa - 146 votos (1 cadeira);
Chapa Um partido para todos e todas - 142 votos (1 cadeira);
Chapa Bota esta estrela no peito - 137 votos (1 cadeira);
Chapa Reconstruindo o partido - 40 votos (1 cadeira);
Chapa CNB Baixada - 30 votos (sem representação na Executiva).

Deixaram chegar...

Nas suas últimas conquistas de título brasileiro, em 1987 e 1992 - ainda no formato com fases finais decididas em mata-mata - o Fla chegou na reta decisiva em 8º lugar, atropelando favoritos nos confrontos diretos e consolidando a fama de "time de chegada".
Pois agora, quando tem a chance de conquistar seu primeiro campeonato nacional na era dos pontos corridos, o Mengão reedita a tradição de embalar na hora decisiva, ainda que numa competição com fórmula diferente. Apesar do segundo turno quase irretocável, só hoje (domingo), na penúltima rodada da competição, o time atingiu pela primeira vez a liderança do campeonato. Se vencer o Grêmio e conquistar o título, vai figurar no topo apenas nas duas rodadas cruciais. Vamos torcer!

Elenco de campeão

Só no próximo domingo saberemos se o Mengão vai confirmar seu sexto título brasileiro. Mas a partida de hoje confirma que o clube conseguiu enfim nesse ano dispor de um grupo com peças de reposição, tão necessárias numa competição como o Brasileirão.
O time que venceu hoje o Corinthians contou com quatro jogadores teoricamente reservas: Bruno Mezenga e Toró, além de Fierro e Dênis Marques que entraram durante a partida.
O time não reeditou suas melhores apresentações, mas jogou consciente e conquistou o objetivo. Pet não brilhou, Juan e Léo Moura não foram decisivos como em várias outras jornadas, mas os zagueiros Alvaro e Angelim, os meias Toró, Airton e Willians e Zé Roberto foram eficentes e se destacaram na partida.

domingo, 29 de novembro de 2009

Chororô dos bambi

O bambi-mala, Marco Aurélio Cunha - cartola do São Paulo - declarou agora à noite em entrevistas a emissoras de televisão que seu time sentiu falta dos desfalques.
Ora, é bom lembrar ao cara-de-pau do Morumbi que o Fla também chegou à liderança sem Maldonado e Adriano - conforme post acima - além de ter tido jogadores como Juan e Alvaro suspensos nas últimas e decisivas rodadas.

Goiás matou Jason!

O clube esmeraldino comprovou que o empate no Maracanã no último domingo não foi por acaso.
O time goiano viveu um bom momento no campeonato e chegou a estar no G4, mas ao longo do segundo turno amargou uma série de maus resultados e se afastou do grupo da ponta.
Agora, na reta final, ao cruzar com os aspirantes diretos ao título, mostrou a força de seu grupo. Retardou por uma semana a chegada do Mengão à liderança e acabou hoje com o mito do Jason são-paulino. O Jason, não é mais imortal! Ele morreu hoje, frente o periquito verde de Goiânia.

sábado, 28 de novembro de 2009

O jeito liberal de governar

O Governador queridinho da imprensa nativa, José Roberto Arruda do DEM, mostra toda a sua competência gerencial. Aclamado pela revista Veja o governador do distrito federal exibiu nos telejornais de hoje o jeito liberal de governar.

Os elogios da revista podem ser visto aqui e aqui.

Chapa 1 aprovada pela base do SINDPEFAETEC em Campos

A Chapa 1, única inscrita para as eleições do SINDPEFAETEC, realizadas ao longo dessa semana e composta pela atual direção do sindicato, foi eleita com absoluta maioria dos votos para mais um mandato à frente da entidade, desta vez de três anos.
Em Campos, de um universo de 127 filiados aptos à votar, 92 compareceram às urnas e 84 sufragaram a chapa eleita.

ATUALIZAÇÃO em 30/11 às 23:20
Números totais da votação no Estado:
Chapa 1 - 437 votos;
Brancos - 10 votos;
Nulos - 16 votos;
Total de votos - 463.

Mesmo que uns não queiram!

Feitas e refeitas as contas sobre a composição do novo Diretório do PT de Campos, a partir do PED do último domingo, constatamos que, para a insatisfação dos que mesmo de fora acompanham com grande interesse as questões internas do partido, nossa chapa Reconstruindo o partido - que obteve 40 votos na disputa - conquistou um assento na Executiva local.

Até quando?

Essa nota está meio extemporânea, pela impossibilidade de publicação nos últimos dias.
Mas até quando a FIFA vai continuar permissiva com os absurdos jogos oficiais em altas altitudes? Ou será que alguém duvida que a derrota do Fluminense na quarta-feira, assim como a implacável goleada imposta pela mesma LDU sobre o River genérico tem a ver com este fator, bem como as vitórias do fraco time boliviano sobre Brasil, Paraguai e Argentina - esta uma goleada histórica - nas recentes eliminatórias para a Copa?
Os jogos nessas circunstâncias constituem flagrante desrespeito à ética desportiva por constituir vantagem indevida aos times caseiros, cujos atletas já possuem vantagem geral no preparo físico.

Na luta!

Ainda sobre o assunto do post abaixo. A Comissão Eleitoral responsável pelo pleito no Sinpro Campos/ São João da Barra fez publicar na edição de quinta-feira de O Diário decisão onde desconsidera as infundadas tentativas de impedimento e impugnação de membros da Chapa 1, que disputa as eleições para a direção do Sindicato nos próximos dias 10 e 11 de dezembro.
Estamos na luta e com força total!

Caro(a) Professor(a),

Eu faço parte de um grupo de professores e professoras que há mais de seis anos não se conforma com a transformação de nosso sindicato, o Sindicato dos professores (SINPRO) de Campos / São João da Barra, em uma espécie de “cartório”, uma entidade sindical afastada de sua base, sem diálogo e interação com a categoria.
Esse movimento já enfrentou a atual diretoria nas últimas eleições, há três anos atrás, mas, divididos, não obtivemos êxito em nossos objetivos, apesar de termos conseguido mais da metade dos votos. Agora, unidos em uma única chapa de oposição, mais uma vez sofremos com tentativas de impedir nossa participação no processo eleitoral por meios ilícitos e antidemocráticos.
Este articulista teve questionado seu direito de encabeçar a chapa de Oposição por infundadas alegações de débitos com o sindicato. Na verdade é a gestão atual da entidade que nos deve! Deve combatividade, deve presença nas escolas e diálogo com a categoria, deve ações culturais e de qualificação profissional, deve competência para negociar com firmeza, mas com eficiência um acordo coletivo, já que estamos há dois anos sem aumento. Hoje encaminharemos à Douta Comissão Eleitoral responsável pelo pleito que se realizará nos próximos dias 10 e 11 de dezembro mais um recurso contra pedidos infundados e absurdos de impugnação de companheiros (as) de nossa chapa apresentados pela chapa da situação. Por que tantas inverdades e manobras contra nossa saudável e democrática participação no processo? A quem interessa nos afastar da disputa?
Para nós a decisão deve caber aos eleitores. Optamos por não entrar no denuncismo e na batalha de impugnação. Queremos a vitória nas urnas, e não no “tapetão”. Assim, a Chapa 1- Oposição: Reconstrução do SINPRO segue na luta com amplo apoio do movimento sindical de professores no RJ e de diversas categorias em Campos. Nossa vitória significará a retomada desse importante sindicato para a luta da categoria de professores e da classe trabalhadora. Contamos com você.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Compromisso com o futuro

O Governo do PT acaba de reafirmar seu compromisso com o futuro do país. Primeiro, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, declarou hoje (26/11/09) que o país reúne as condições necessárias para atingir a meta do milênio de erradicar a fome até 2015. Ele argumentou que 19 milhões de brasileiros já saíram da linha da pobreza extrema e que programas sociais como o Bolsa Família funcionam como referência internacional – sobretudo na América Latina. “Os programas sociais estão efetivamente dando resultado, porque o governo optou por compatibilizar a estabilidade econômica com forte políticas de inclusão e justiça social”. E também hoje, no contexto do Forum mundial de Educação Profissional e Tecnológica, que ocorre em Brasília, o Ministério da Educação estabeleceu nova meta para o Programa Brasil Profissionalizado. Nosso País dispunha até 2002 de 140 escolas técnicas e terá até o fim de 2010 de 354 unidades. A meta nova é a construção de 1000 escolas técnicas até 2020. De acordo com o secretário de articulação institucional do MEC, Gleisson Rubin, “a rede federal, sozinha, dificilmente terá condições de atender a toda a demanda do ensino técnico no País”. Por isso, tal objetivo só poderá tornar-se factível com a parceria com os demais entes da federação. O representante do MEC argumenta: “Atualmente, menos de 8% dos alunos tem acesso ao ensino técnico. Temos que triplicar esse número para chegarmos próximos aos índices de países como Coréia, China e Espanha”. Ele acrescentou que a expansão da oferta tem por objetivo igualar nações altamente industrializadas onde o número de estudantes das universidade clássica é equivalente ao da educação profissional. Pois é, enquanto o Governo Federal trabalha, o discurso padrão demo-tucano consiste na heróica "denúncia" do inchaço da máquina e no aparelhamento do Estado. Não aprenderam nada com a derrota de 2006!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Rede em expansão

Na tarde de hoje, a Reitora do IF Fluminense, Professora Cibele Daher, o pró-reitor Roberto Moraes e o Deputado Chico D'Angelo (PT-RJ) se reuniram com o Diretor de Patrimônio do Comando Maior do Exército, General Jorge Fraxe. A articulação do Deputado petista junto ao Exército visa viabilizar a ampliação do Campus Guarus do IFF, em área do 56º BI.
A reunião sinalizou para concretização da cessão da área de 35000 metros quadrados, que agora só depende de detalhes burocráticos.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

42 votos que incomodam muita gente!

Só mesmo deconhecimento profundo das coisas do PT levaria alguém a confundir deliberadamente resultados de eleições internas com possiblidades eleitorais de militantes do partido no universo de simpatizantes e eleitores petistas e dos cidadãos campistas. É caso de ingenuidade ou de má-fé...
Se este blogueiro quisesse confundir alhos com bugalhos, poderia recuperar resultados eleitorais de campeões de votos em eleições internas, ou ainda relembrar votações expressivas obtidas junto ao eleitorado campista por membros de nossa chapa que obteve no PED de domingo 40 votos conquistados com muita honra e fruto de opinião militante. Mas não vamos cair nesse jogo num momento de reconhecer os méritos do companheiro Eduardo - a quem cumprimentei pessoalmente ainda na noite do dia 22 - e recompor a unidade partidária.
O resultado do PED não define nada quanto à convenção de 2012, até porque os processos de escolha das direções partidárias em PED's e de candidatos pelo partido a cargos eletivos em convenções e Encontros Municipais são distintos. Em que pese a companheira Odisséia ser hoje um nome natural para a sucessão de Rosinha, nada impede que este posto possa ser ocupado por outro(a) companheiro(a), até mesmo em função de possíveis e legítimos interesses políticos da Vereadora na conjuntura de então.
Um outro dado particular que não tem destaque na mídia impressa é que o equilíbrio de forças na composição do novo Diretório não se identifica a partir da escolha do presidente, mas sim da proporcionalidade das chapas. Eduardo teve o apoio das três chapas mais votadas na disputa para o DM, mas a chapa Um partido para todos e todas, organizada por ele e pela Vereadora foi apenas a terceira dentre elas, com 142 votos. As chapas mais votadas foram Movimento Opção popular, liderada por Helio Anomal - única a indicar dois membros para a nova Executiva - com 153 votos e Construindo uma alternativa, composta por quadros ligados ao falecido Vereador Renato Barbosa, com 146 votos. O futuro presidente vai precisar de exercitar a habilidade em busca do consenso desejado para unir um Diretório que terá ainda 12 representantes das três chapas menos votadas.
Que o caminho da unidade interna não seja atrapalhado por caprichos e interesses outros que não o bem público.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Professor Eduardo Peixoto é o novo Presidente do PT de Campos

Parabenizo o companheiro Eduardo Peixoto pela sua eleição para a presidência do Diretório Municipal do PT.
Ele agora tem a tarefa de unir o partido em torno de um projeto de poder para que possamos apresentar uma alternativa política concreta e independente para a sociedade local.
Boa sorte! E conte conosco para este propósito.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Efeito colateral do bem

Uma série de trabalhos científicos recentes (como do economista Naercio A. Menezes Filho do Insper e da USP) sobre os impactos do programa Bolsa Família na economia comprovam: além dos efeitos diretos planejados o Bolsa Família gera efeitos colaterais virtuosos para o conjunto da economia. Uma das conclusões atualmente publicizadas é que, o acréscimo no valor dos benefícios pagos, entre 2005 e 2006, de RS 1,8 bilhão, resultou num crescimento adicional do PIB, no período, de R$ 43,1 bilhões. Resultou também em receitas tributárias adicionais de R$ 12,6 bilhões. O ganho tributário é 70% maior do que o total de benefícios pagos pelo Bolsa Família em 2006, que foi de R$ 7,5 bilhões. Segundo as estimativas de Menezes, um aumento de 10% no repasse médio per capita do Bolsa Família leva a uma expansão de 0,6% do PIB, no ano em que ocorre o aumento e no seguinte. Em outras palavras, ou melhor, em outros números, cada R$ 0,04 do Bolsa Família aumenta o PIB em R$ 1. O setor mais positivamente impactado é o da indústria. Enquanto no PIB agrícola cada 10% a mais nos repasses do Bolsa Família não apresenta impactos significativos, o efeito nos serviços é de 0,19% no PIB setorial. No PIB industrial, onde o impacto é maior, efeito multiplicador de cada 10% adicionais nos repasses do programa atinge expressivos 0,81%. Viva o keynesianismo lulista!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tom Wolf abre o verbo: Blog é fábrica de boato

Do Coletiva.net

O escritor e jornalista americano Tom Wolfe, 78 anos, cumpriu o que prometera: repetiu em sua palestra à noite, na Ufrgs, as ideias que havia apresentado à imprensa regional na coletiva que concedera à tarde no Hotel Intercity Premium. Despejou, para um Salão de Atos quase lotado, conceitos e reflexões sobre o que entende ser O espírito de nossa época, título de sua conferência em que pretendeu falar sobre as grandes mudanças que ocorreram nos Estados Unidos nos últimos 10 anos.
Disse que a revolução sexual se transformou em carnaval sexual, avaliou o que denomina de “Aristocracia do Gosto”, formada por pessoas com preferências mais refinadas na escolha de produtos culturais de difícil compreensão, como os textos de James Joyce e Marcel Proust, autores que não são absorvidos pelo que chama de “populacho”. Criticou a arte moderna, para ele uma combinação de falta de habilidade com falta de imaginação, e deu como exemplo a arte de Picasso, “que incluía em todos os seus quadros um fundo cinza porque não sabia como terminar suas obras”.

A conferência durou menos de uma hora, e o período para perguntas foi de 30 minutos, ambos prejudicados por uma tradução problemática. E foi somente durante os questionamentos que Tom Wolfe deu opiniões sobre o Novo Jornalismo, do qual é considerado um dos expoentes. “Os jornais estão muito preocupados com o que acontece atualmente”, disse. “Mas as dificuldades do jornalismo impresso atual não se devem a problemas com os meios disponíveis, e sim ao monopólio. Quando cheguei a Nova Iorque, havia lá sete jornais diários. Hoje são dois, e em muitas cidades importantes do país só há jornais online. O problema do jornalismo atual é que falta concorrência, e o resultado é que temos menos notícias”

Conteúdos na internet ele vê com restrições: “O problema é que cansa ler durante muito tempo em uma tela de Led. Você enlouquece com tanto o que tem para ler na internet”. Outro aspecto que destacou é que nenhuma empresa, em seu entendimento, ganhou ao disponibilizar conteúdo de suas publicações na web. “Assim, tudo está ainda no ar, mas o certo é que os jornais estão muito assustados e demitindo gente. Mas eles mesmos estão se matando ao diminuir a qualidade do que fazem.
O jornalista norte-americano não vê nenhum valor no noticiário gerado pelas emissoras de televisão. “A única fonte de informação séria nos Estados Unidos é aquela que se lê no jornalismo impresso. A televisão, quando divulga alguma notícia quente, a gente logo pergunta: de que publicação tiraram istso?”, criticou Wolfe. Que também tem péssima opinião a respeito de blogs, que seriam “fábricas de rumores, as maiores que existem. Para os blogueiros, o conceito de checar os fatos nem lhes passa pela cabeça”.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Eles que são "brancos" que se entendam

César Maia está revoltado com a inércia estratégica de José Serra. O desespero político parece ter baixado no principal intelectual orgânico dos "demos", pois ontem (16/11/09) em entrevista ao portal IG ele partiu para cima do Nosferato da Mooca com essa declaração:
"O Serra diz que quer ser candidato, que será candidato, que pode ser candidato, e o partido parece não ter nada a ver com isso. É um populismo descarado. Lembra os piores caudilhos. Um caudilho do passado apontava o dedo para o candidato. Agora o próprio candidato aponta o dedo para si".

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ria se puder...

Não deixe de ampliar a imagem e ver os gráficos, incrível, é puro rigor estatístico.

Mais um prêmio...

Brasil é primeiro colocado em ranking internacional de combate à fome

Amanda Cieglinski
Da Agência Brasil
Roma (Itália) - A organização não governamental (ONG) Action Aid International vai conceder um prêmio ao Brasil pelos esforços no combate à fome. Segundo um ranking organizado pela entidade, o país teve o melhor desempenho na redução do problema, seguido pela China e Índia.

Segundo o diretor internacional da Action Aid, Adriano Campolina, o principal motivo para que o Brasil seja o líder do ranking foi o fato de 10 milhões de pessoas terem saído da pobreza extrema nos últimos anos. De acordo com ele, o Brasil conseguiu a redução combinando o crescimento econômico com políticas de combate à pobreza e agricultura familiar.

"A fome é um fenômeno muito complexo, você não consegue acabar com ela imediatamente. Mas a redução do Brasil foi extremamente substancial, não só rápida como sustentada. Foram políticas coordenadas que deram ênfase à transferência de renda e ao mesmo tempo à agricultura familiar e à produção sus tentável", destacou Campolina.

Amanhã (16), quando terá início em Roma a Cúpula Mundial de Segurança Alimentar, promovida pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a ONG pretende entregar o prêmio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele participa da abertura do evento e deverá apresentar as experiência brasileiras que conseguiram reduzir a subnutrição no país como o Bolsa Família, o Fome Zero e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Baixou o nível

Houve quem questionasse na blogosfera local o estilo de campanha de um candidato local à subseção da OAB, cujas eleições ocorrem hoje. O candidato foi identificado por alguns como "agressivo" em sua campanha contra a situação. Exagero. Tive certeza disso ao ser panfletado no centro de Niterói na última sexta. Nem advogado sou!
Inutilmente, após tentar me identificar como professor para o "militante", acabei folheando o panfleto do candidato à Presidência Estadual da entidade, Lauro Schuch. Pois bem. Sem entrar no mérito das graves acusações ali contidas contra o Presidente da OAB Rio Wadih Damous - não sou da classe e não me interessa apurar a veracidade das "denúncias" - aquele panfleto sim é um exemplo de como não se deve se portar em campanha para qualquer instituição.
Ah, sobre a história e as propostas de Dr. Lauro, nem uma linha...

Cenas cariocas

Brigadianos de Paes
Os gladiadores do choque da guarda pretoriana de César Maia, treinados pelo Cel Amêndola continuam na ativa, agora "sob nova direção", a serviço do ex-pupilo renegado que responde pelo Executivo da Cidade Maravilhosa e de seu soldado Betlhem.
No fim da manhã de sexta-feira, com o auxílio da polícia civil, promoveram operação na Rodoviária Novo Rio que deteve de forma truculenta e vexaminosa grande contingente de envolvidos em "bandalhas" e transporte irregular, vulgo "alternativo", naquele terminal.

Pra baixo todo santo ajuda
A propósito, a rodoviária do Rio está mesmo um brinco após a reforma. Mas, como nada é perfeito, no primeiro piso, à esquerda dos sanitários, há uma pilha de degraus da escada rolante que encontra-se desativada - não é uma instalação de sucata. Parece que o reparo desta escada ficou pra próxima reforma! Quando será? Pensando bem, para o acesso ao segundo piso há uma escada rolante funcionando. Quem quiser descer vai de escada comum mesmo. Pra baixo todo santo ajuda!

A importância da higiene
Não deixa de ser divertido o cartaz realçando a importância da higiene afixado na parede de um excelente restaurante de peixes no centro de Niterói. É que, a despeito da maravilhosa cozinha, a casa costuma demandar frequentadores ilustres com pedidos de auxílio frente a pendências com a vigilância sanitária daquele município.

Mais ficção

Em agosto escrevemos aqui sobre um intrépido pesquisador que, em 2054, tentaria, em vão, articular algum sentido sobre o contexto de um emirado tão, tão distante, a partir da versão de diferentes periódicos em circulação em seu objeto de investigação no início do século XXI.
Pois agora sua curiosidade pendia para a histórica edição que findava uma coleção – a mais antiga – que, à parte a tradição, lhe parecia especialmente interessante no período estudado: o início do ocaso do esplendor daquela “civilização”. A data: 15 de novembro de 2009. Uma data simbólica, histórica para a Federação e para aquele triste ente, no epílogo dos dias da glória que poucos puderam desfrutar.
A coleção em questão, que subitamente – uma consulta aos arquivos virtuais da Google revelaria que não tão subitamente assim – se encerrava era diferente das outras no olhar sobre a realidade local no início do século XXI. Ele não sabia bem classificar esta diferença, às vezes mais ou menos sutil. Mas havia mais, digamos, equilíbrio no registro dos fatos. É bem verdade que nos últimos meses, em função do iminente risco revelado pela pesquisa virtual nos blogs do emirado no mesmo período, esta objetividade eventualmente fraquejava – como observado por um atento e cáustico cronista virtual que naquele momento também já anunciava o próprio fim. Contudo, não havia ali o pendor militante e as diferenças surreais identificadas na comparação entre o registro dos mesmos fatos nas publicações às quais eram atribuídas maiores tiragens no período.
Achara uma nova questão, quem sabe uma nova hipótese? Perderia mais tempo no trabalho, mas sua curiosidade não teria como ser negligenciada. O que teria motivado a denúncia da subvenção historicamente destinada ao periódico às instituições de salvaguarda do direito difuso num ano eleitoral? Seria essa uma questão de direito difuso? Por que a soberana da dinastia local recém restaurada no poder teria sido tão célere na substituição do periódico por uma burocrática publicação de atos oficiais de seu reinado? A quem interessava calar vozes inteligentes e independentes naquela planície?

Crônica publicada na edição de hoje da Folha da Manhã.

As Teses de Lula

Tarefa dada é tarefa cumprida: depois da convocação de Roberto Morais, fiquei na expectativa pela entrevista do Presidente Lula no programa "É Notícia" comandado pelo jornalista Kennedy Alencar (Rete TV por volta de 12:30hs de segunda). A entrevista, realizada pelo experiente articulista da F. de São Paulo, foi conduzida com habilidade. No início, com ênfase na quase épica história de vida do Presidente, depois a interlocução tornou-se não só polêmica mas com declarações bombásticas. Pela 1ª vez Lula foi confrontado diretamente sobre a crise do "mensalão" e reagiu de modo articulado e enfático: foi uma tentativa de GOLPE contra o 1º Governo dos "de baixo" de nossa História. De acordo com o Presidente, tal irresponsabilidade cívica, que buscou confundir financiamento de campanha com compra de votos, só não prosperou devido ao MEDO da reação popular. A julgar pela naturalidade com que nossas elites tratam o golpe em Honduras e a legitimidade atribuída ao seu "governo de fato", temos uma pequena amostra do golpismo endêmico e da natureza tática dos compromisso democrático de nossa "elite branca". Pois bem, o Presidente se conteve e explicou ao jornalista que devido ao poder da instituição da Presidência está guardando para depois de seu mandato a formulação pública de suas TESES. Para quem defende açodadamente o pós-Lula, é melhor "combinar com os Russos", ou seja, se preparar para um ex-Presidente atuante que, apesar de não disputar a "vontade de todos" na próxima eleição, representará o portador inequívoco da "vontade geral" do Brasil popular. Saravá misifio...

domingo, 15 de novembro de 2009

Da Crítica das Armas às Armas da Crítica

Diferentemente do oportunismo intelectual e inconsistência política de FHC, propagador de excrescências pseudo-conceituais como "autoritarismo popular", o Cientista Social Luiz Werneck Vianna (Professor do Iuperj e autor de clássicos como Liberalismo e Sindicato no Brasil e Esquerda Brasileira e a Tradição Republicana) é um caso raro na cena pública e no campo científico nacionais: concilia sistemática pesquisa científica com autêntico compromisso republicano com nossas intituições. Werneck foi um dos mais destacados opositores ao regime militar, no histórico PCB depois nas fileiras do MDB, e um dos intelectuais responsáveis pela institucionalização progressiva das Ciências Sociais no Brasil. Nesse sentido, as análises de Werneck podem ajudar a esquerda brasileira a sair da prisão mental pós-mensalão, pois é tarefa da tradição dialética exercer não só as "a crítica das armas" contra a oposição de direita ao Governo Lula, mas fundamentalmente experimentar as "armas da crítica" e da auto-crítica para poder pensar e realizar o NOVO. Por tudo isso, selecionamos abaixo as passagens principais de seu último artigo "Tópicos para um debate sobre a conjuntura" (Nov. 2009) no qual segue as pegadas já firmadas em "O Estado Novo do PT":
"1. O capitalismo brasileiro é um experimento bem sucedido. (...)
2. A crise de 2008 serviu-lhe como duro teste, quando ficou comprovada a sua solidez. Do êxito da sua estratégia de defesa face à crise, resultaram tanto sua consolidação no plano interno quanto oportunidades para se projetar no mundo exterior. (...)
4. Não se pode, entretanto, ignorar que a crescente mobilização de recursos e fins da política para a condução da economia já indicam uma via de capitalismo politicamente orientado, velha conhecida da tradição republicana brasileira, a partir da qual, em conjunturas diversas _ a de Vargas, a de JK, e a do regime militar _ realizou-se o processo de modernização do país.
5. Se já havia elementos embrionários desse processo, aparentes em particular no segundo mandato do governo Lula, a crise, que denunciou a incapacidade do mercado de se autoregular, ao trazer de volta o tema do Estado e do seu papel como agência organizadora da economia, atualizou, imprevistamente, o repertório da tradição republicana brasileira. (...) A mobilização de tal repertório tem ignorado a crítica que lhe foi feita pelos movimentos democráticos e populares, no curso de suas lutas contra o regime autoritário, consagrada institucionalmente na Carta de 1988, que, ao preservar a instância do público como dimensão estratégica, submeteu-a ao controle democrático da sociedade.
6. A apropriação repentina desse repertório pela esquerda que se encontra na chefia do governo, que, antes, com a teoria do populismo e com a denúncia da natureza patrimonial do Estado, foi uma das suas principais críticas (...) parece significar, por ora, mais uma mudança provocada por motivos contingentes do que fundamentada em razões programáticas. Contudo, devem-se ter presentes os riscos e que tais práticas alcancem o enunciado e um discurso coerente. (...)
12. Por toda parte: centralização, verticalização. (...) Não é bom presságio para a democracia brasileira se apresentar sob a retórica de significar uma comunidade fraterna quando se encontra envolvida em uma política de vocação grã-burguesa. Como também não é o fato da sociedade, em sua diversidade, se deixar subsumir ao Estado, conferindo à liderança de um chefe de governo carismático a tarefa de cimentar a unidade dos seus contrários. Estamos conscientes dos riscos aí envolvidos? A pergunta deve incluir como destinatários os principais atores políticos que estão a dirigir esse processo.
13. É falso e anacrônico conceber a próxima sucessão eleitoral como a reedição dos embates entre a UDN e o PTB. Estado forte, sim, mas sob o controle da sociedade, e não sobreposto assimetricamente a ela."

Crônica de uma morte anunciada

Por Walnize Carvalho


Não há como não deixar de parafrasear o escritor e jornalista colombiano - Gabriel Garcia Márquez – e utilizar como título de minha crônica a obra consagrada deste brilhante autor.
Nem há, como também, ficar indiferente e usar o velho chavão : “ A única certeza desta vida é a morte”.E eis que o “paciente” sabia que iriam adoecê-lo e ,quem sabe, até levá-lo a fenecer .Apesar da idade avançada gozava de uma saúde de ferro de causar inveja aos mais novos.
Viril, pontual, atualizado, culto ,simples, popular, sempre foi figura querida e estimada por onde passava. Tinha assunto para um dedo de prosa ou verso com qualquer classe social: do operário ao intelectual. Mesmo vestido em trajes sóbrios , sua elegância ímpar o fazia circular por salões suntuosos e nos mais simples ambientes de festa.
Esteve sempre presente ao que se passava a sua volta: quer seja no seu quintal, no seu município, no seu país e até no mundo a tudo estava atento .Observador contumaz ,analisava os fatos e com firmeza e lisura deixando patenteada a sua opinião.
Versátil, sabia dialogar sobre política, meio ambiente, educação, cultura, arte, saúde, esportes, economia,lazer, gastronomia, tecnologia, viagem, acontecimentos policiais ou sociais .
Amigo, recebia em sua “casa” a todos com o mesmo carinho e hospitalidade: quer os seus membros efetivos como os visitantes. A “mesa” sempre posta com um cafezinho tirado na hora complementado de saborosos pães representava o verdadeiro alimento da alma.
Vivia assim: firme em seus propósitos, consciente do seus deveres, trabalhando com honradez na missão a ele outorgada.
E foi, que possuindo tantos predicados começou a incomodar. Como herói da resistência começou a ter que administrar adversidades. Passaram a lhe dar doses homeopáticas de desânimo, tristeza, desamor, incompreensão, fraqueza, disputa de poder e com as forças por um fio adoeceu... e morreu.
Com o coração enlutado despeço de você – MONITOR CAMPISTA - neste domingo, relembrando os tantos domingos que abrigou meus textos literários.


Artigo publicado na edição histórica de hoje do Monitor Campista..

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sindicalistas solidários com a Chapa 1 do SINPRO

Segue abaixo declaração de apoio e solidariedade a este blogueiro e à Chapa 1- Oposição: Reconstrução do SINPRO, frente a arbitrária e infundada proposta de impedimento de minha candidatura à presidência do SINPRO Campos/ São João da Barra e de outros membros da chapa apresentada pela Comissão Eleitoral responsável pelo pleito dos dias 10 e 11 de dezembro.
Agradeço em nome da chapa a todos que subscrevem o texto, em especial ao Francílio Paes Leme e ao Fabiano Ferreira Rangel, principais articuladores da nota.

"Nós, dirigentes sindicais dos Sindicatos de Professores do Estado do Rio de Janeiro e de outras categorias profissionais em Campos, manifestamos publicamente o reconhecimento à atuação profissional e sindical do professor Fabio Siqueira, cuja candidatura à presidência do SINPRO-Campos está sendo arbitrariamente questionada pela Comissão Eleitoral responsável pelo pleito na entidade.
É público que Fábio, ex-diretor daquela entidade no triênio 1997-2000, atua como docente em estabelecimento privado de ensino em Campos, estando em dia com suas contribuições sindicais.
Pela sua história de atuação firme e combativa no próprio SINPRO e no SEPE, em defesa da classe trabalhadora e da categoria dos professores, manifestamos nossa solidariedade e repudiamos a violência cometida contra a Chapa 1 - Oposição: Reconstrução do Sinpro Campos e São João da Barra e defendemos sua candidatura em prol da retomada desse importante sindicato para a luta da categoria de professores e da classe trabalhadora."


Ana Paula Couto – Oposição Cutista SINDJUSTIÇA - RJ
Antonio Rodrigues – Tesoureiro FETEERJ
Aurélio Lorenz – Oposição Cutista SINDJUSTIÇA - RJ
Carlos Antônio Rodrigues – Sindicato dos Químicos de Campos
Darby Igayara Lemos – Presidente CUT/RJ
Eder Reis – Vice-Presidente Sindicato dos Bancários de Campos
Fabiana Gomes Salles – Coordenadora Geral do SINDPEFAETEC
Fabiano Ferreira Rangel – Diretor STAECNON
Francilio Paes Leme – Coordenador da CONTEE (Regional Sudeste)
Francisco Perez Levy – Sinpro Nova Friburgo
Gustavo Mendes Duriez – Presidente Sinpro Petrópolis
Hélio Anomal – Diretor STAECNON
Hugo Diniz – Diretor Sindicato dos Bancários de Campos
Jocemir Monteiro – Sindicato dos Químicos de Campos
José Maria Rangel – Coordenador Geral SINDIPETRO-NF
Ligia Carreteiro – Coordenadora de Administração e Finanças Sinpro Niterói
Luiz Alberto W. Grossi – Coordenador geral FETEERJ
Luciana Ruis – Oposição Cutista SINDJUSTIÇA - RJ
Marcela Pizzol – Oposição Cutista SINDJUSTIÇA - RJ
Rafanele Alves – Presidente Sindicato dos Bancários de Campos
Renato Gonçalves – Diretor do SEPE Campos
Robson Terra – Sinpro Norte/Noroeste Fluminense
Ronald Ferreira dos Santos – Secretário de Administração e Finanças Sinpro Lagos
Silvano Pereira Alexandre – Coordenador de Administração Sinpro Costa Verde
Tadeu Coimbra Bessa – Presidente do STAECNON
Vitor de Carvalho – Diretor do SINDIPETRO-NF

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O Brasil decola


O Brasil é capa, tema do editorial e de um suplemento especial nas revista The economist desta semana.

O Muro e seu Fim 2

Passados 20 anos do fim do Muro de Berlim e de "tudo" o que representava, temos o dever intelectual de ir além da mera comemoração (e adesão ao capitalismo) e estimular diferentes interpretações sobre um dos eventos mais decisivos do século 20. Por isso, optamos por repercutir um ponto de vista alternativo ao do mestre Hobsbawm: segue abaixo uma parte da entrevista realizada com Richard Sennett (autor do instigante O Declínio do Homem Público: as tiranias da intimidade. Tradução: Lygia Araújo Watanabe — São Paulo; Companhia das Letras, 1988.) pelo jornal a Folha de S. Paulo no último domingo.

- Pergunta: Existe a crença generalizada de que o colapso do bloco socialista desencadeou a globalização. Mas o senhor e outros estudiosos separam os dois processos.
- Sennett: É tentador tomar a queda do muro com metáfora perfeita para a gobalização, mas ela não procede.
São dois desdobramentos distintos. Não se deve enfocar a queda e a dissolução do império comunista como consequências do ímpeto capitalista. (...)
Quando a União Soviética foi disolvida, muitas dessa economias soberanas imaginavam que poderiam se beneficiar do sistema mundial. Mas não demoraram a compreender que por muito tempo seriam apenas os parceiros pobres.
-Pergunta: De que data o sr. identifica o atual ciclo de globalização?
- Sennett: De muito antes, de 1971, com a ruptura do acordo de Bretton Woods (1944), que regulava o fluxo comercial e financeiro no mundo ocidental. Aconteceu quando os EUA abandonaram unilateralmente a conversibilidade de sua moeda e o padrão-ouro. (...)
- Pergunta: O sr. não crê, portanto, que os EUA tenham vencido a Guerra Fria?
- Sennett: Isso é uma estupidez. Nos anos 80, o presidente Ronald Reagan havia aumentado imensamente os gastos com armamentos, e costumava-se a dizer que esses gastos militares induziram a bancarrota soviética: bobagem.
Muitos países do leste não tinhama capacidade de gerenciar a própria transformação. O interessante é determinar por que os chineses, que também tinham um comunismo estatal rígido, não desabaram.
E isso dependia de qualidades que a China possuía antes da era comunista.
A China sempre teve uma estrutura estatal disciplinada e um sistema educativo magistral, bem como uma base popular muito entusiástica. (...)
Culturalmente, tinham todo o necessário para decolar.

Didática, por Capinan


A leitura do último post de Renato (Entre lagos e pedras) trouxe a lembrança do poema Didática de José Carlos Capinan com seus confrontos irônicos e parênteses reflexivos.

DIDÁTICA

A poesia é a lógica mais simples.
Isso surpreende
Aos que esperam ser um gato
Drama maior que o meu sapato.
Ou aos que esperam ser o meu sapato,
Drama tanto mais duro que andar descalço
E ainda aos que pensam não ser o meu andar descalço
Um modo calmo.


(Maior surpresa terão passado
Os que julgam que me engano:
Ah, não sabem o quanto quero o sapato
Nem sabem o quanto trago de humano
Nesse desespero escasso.
Não sabem mesmo o que falo
Em teorema tão claro.

Como não se cansariam ao me buscar os passos
Pois tenho os pés soltos e ando aos saltos
E, se me alcançassem, como se chocariam ao saber que faço
A lógica da verdade pelos pontos falsos)


Infelizmente, às vezes, tenho que concordar com outro velho amigo quando dispara o bordão "Eles não aprenderam nada".

Movimentos sociais em debate na UFF hoje

A nosa querida Aninha, coordenadora de Extensão do pólo da UFF em Campos, manda avisar que o Projeto de Extensão Segundas Debates em parceria com a Disciplina de Movimentos Sociais, promove hoje – quinta-feira (excepcionalmente) - às 16:00, a Palestra: Zapatismo, anticapitalismo e movimentos sociais anti-sistêmicos na América Latina contemporânea no ESR/UFF – sala 08, tendo como palestrante Cássio Cunha Soares (Cientista Social, Doutorando em Sociologia pelo IUPERJ e Pesquisador do Centro de Estudos em Direito e Sociedade) e como debatedor Hermes Cipriano/Mineiro (Setor de Produção do Assentamento da Reforma Agrária-Antônio de Faria/ MST – Campos dos Goytacazes – RJ).