sábado, 15 de agosto de 2009

Trabalhando

Quem esteve ontem em Campos foi o Deputado Chico D'Angelo (PT-RJ). A convite da Asflucan, o parlamentar petista foi à UFRRJ participar do evento onde a equipe da CONAB apresentou aos produtores de cana da região como se dará o aporte do subsídio de R$ 5,00 por tonelada de cana com o qual serão contemplados a partir da próxima safra como resultado da inclusão desta região na política de preço mínimo da cana desenvolvida pelo governo federal, consequencia da ação do seu mandato.
O sucesso da iniciativa, de suma importância para a economia local, pode ser identificado a partir da presença de outros parlamentares que apoiaram a intervenção articulada pelo mandato de Chico junto ao Ministro da agricultura no evento de ontem.

Quanto custa?

Quanto custa meia-hora no Jornal Nacional? Acerca da guerra declarada esta semena entre as duas principais redes de TV aberta do Brasil, esta é a questão que me instigou ao longo da semana e que tardiamente divido com o leitor. O que mais me chamou a atenção foi a munição que a GLOBO gastou com a adversária. A cada edição do telejornal que consumia dez minutos atacando a IURD e seus bispos, confesso que me questionava se há razão pra tanto desespero?
Considerando que a polêmica é o típico caso em que ambas as partes parecem estar falando absolutamente a verdade, o que motivaria quem aparentemente tem mais a perder a abrir fogo tão intenso contra o oponente? Fica a impressão de que a ameaça é muito grande, talvez proporcional ao poder concentrado pela TV dos Marinho a partir da ditadura, agora em disputa com a IURD.

Alô EMUT, mais uma vez...

Desde fevereiro do corrente ano esse blog chama a atenção para o perigo que representa trafegar pelo cruzamento entre as ruas Dr. Beda e Artur Bernardes.
Por longas semanas em que a prefeitura manteve tal cruzamento interditado em virtude de obras que ali se desenvolvem em ritmo lento, as coisas ficaram mais tranquilas. Porém, bastou a recente liberação do trecho para que, diariamente, acidentes ou "quase acidentes" voltassem à rotina daquela vizinhança. Na manhã de terça-feira fui testemunha de um incidente onde por pouco uma carroça de burros não colidiu com um peugeot vinho que trafegava pela Artur Bernardes em alta velocidade. Ontem na hora do almoço outro episódio, desta vez infelizmente concretizada a colisão envolvendo dois veículos.
Note bem que aqui me refiro apenas a incidentes observados casualmente pelo blogueiro. A vizinhança afirma que observação sistemática do trecho revelaria um número alarmante de ocorrências.
Os postes da vergonha, que deveriam suportar semáforos - já instalados em cruzamentos menos movimentados da Artur Bernardes - permanecem fincados ali, testemunhas impotentes de inúmeros acidentes e riscos desnecessários desde o governo passado. Ao que parece não mudou muita coisa mesmo!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Artigo

O que só os Governadores não ouvem

Rio de Janeiro, 7 de agosto, 4 horas da madrugada, Zona Norte, bairro do Engenho Novo. Começa mais um capítulo da triste realidade carioca: a violência urbana. Um tiroteio que durou cerca de 27 minutos, vindo do Morro do São João, demonstra o poder de fogo dos traficantes cariocas. Como esses tiroteios já se tornaram costume na capital do estado, você não encontra mais pessoas comentando sobre isso no outro dia de manhã.
Nasci e morei na cidade do Rio de Janeiro, neste mesmo bairro, durante 19 anos. Os tiroteios já existiam, alguns inclusive com duração maior do que este relatado acima, mas os comentários no dia seguinte eram certos, seja nas padarias, no ônibus, nas escolas. A indignação se fazia presente na vida do carioca. Hoje, infelizmente, ela não se apresenta mais. O carioca já se acostumou com a violência. Conversando com meus primos no outro dia, eles afirmaram que algumas pessoas continuam caminhando normalmente na rua, mesmo diante de troca de tiros. São raras as pessoas correndo pelas ruas. Existem casos sim e a TV os exibe, mas não é mais comum.
A violência carioca não foi inventada, ela é fruto de erros cometidos pelos responsáveis pela segurança pública e pela omissão dos políticos. Segurança não se faz unicamente com polícia na rua, portando armas pesadas, nas entradas das favelas e morros. Sabemos também que as ações de combate à violência devem ser feitas através de parcerias de diversos órgãos, como prefeituras, estado, união, ministério público e outros, mas, entretanto, o governo estadual deve chamar para si a responsabilidade da segurança pública, cumprindo assim a uma de suas funções perante a Constituição.
Já passou da hora de os governantes do Rio criarem um plano sério para diminuição dos índices de violência. É preciso garantir a recomposição salarial; elaborar um projeto de capacitação dos profissionais ligados à segurança pública, assim como uma campanha de valorização da carreira; criar ações integradas entre Polícia Milita, Polícia Civil, Guarda Municipal e órgãos afins para combate a ações que incentivem a criminalidade como também a criação de um plano integrado de ações dentro de comunidades carentes, com atividades de cultura, educação e esportes, voltadas para as crianças e jovens, para que os mesmos não sejam aliciados para o crime.
Um Gabinete de ação integrada, que ficaria responsável pelo monitoramento através de câmeras instaladas em áreas com altos índices de criminalidade, é necessário, pois garantia maior agilidade nas ações de prevenção e combate a delitos. O Instituto de Criminalista tem que ser reformulado, transformado-o numa Central de Inteligência, com profissionais capacitados para solucionar crimes, combater o tráfico de armas e drogas nas entradas da cidade, dotando esta Central com os melhores equipamentos e recursos existentes.
Todo dia e há muitos anos, tem tiroteio na cidade do Rio, mas só os Governadores não ouvem.


Marcel Cardoso cursa Licenciatura em Geografia no Instituto Federal Fluminense, onde exerce a função de Presidente do Diretório Central dos Estudantes. É ex – Diretor de Políticas Institucionais da União Estadual dos Estudantes / RJ.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O ônus de liderar o atraso

A atual conjuntura política é altamente desfavorável ao Governo Lula e ao seu plano de hegemonia continuada. Nas condições histórico-institucionais da vida política nacional, na qual prevalece a lógica do "Presidencialismo de Coalizão", a constituição de maiorias políticas é volátil e sujeita aos particularismos mais atrasados (coronelismo, patrimonialismo, privatismo, et alii). Esse pacto circunstancial entre atores reformistas e atores comprometidos com as formas arcaicas (não-ocidentais) de "gerenciamento" do domínio de poder local (e regional) é o efeito mais deletério do nosso sistema político-partidário. Entretanto, como esse sistema possui raízes em velhos hábitos de nossa cultura política, não é plausível que uma mera reforma eleitoral possa alterar esse estado de coisas. Portanto, é essa lógica perversa de captura do novo pelo arcaico (do qual também foi "vítima" os governos de FH) que também limita e condiciona o governo Lula. Acrescente a isso o efeito distorcivo do Lulismo sobre a a correlação de forças políticas orgânicas e dinâmica coletiva dos partidos (especialmente do PT), veremos a gravidade do imbroglio em que estamos metidos. Por isso, o peso da defesa de Sarney transcende os limites de sua decadente biografia, pois é fruto de um compromisso histórico que viabiliza não só a atual "governabilidade" mas a própria estabilidade do sistema (denominado pelo professor Werneck Vianna, não sem ironia, como "O Estado Novo do PT"). No jogo político preparatótio para a sucessão de 2010, o Presidente Lula parece ter jogado todas as fichas num embate plebiscitário entre os defensores e opositores ao seu governo. Como afirmou Ciro Gomes, em recente entrevista ao jornal Valor Econômico: "A se dar crédito que o presidente Lula escolheu Dilma candidata, para compor a chapa com o PMDB e convocar parceiros para um plebiscito contra o candidato do PSDB, se é isso o risco de perder a eleição hoje é muito maior do que a possibilidade de ganhar. As contradições, não são pequenas, desta coalizão PT-PMDB. Essa crise do Senado é só uma caricatura disso. Só quem suporta isso é o Lula. O risco de perder a eleição é real nessas bases. (...) Está na mão da Marina. Se ela aceitar a convocação do PV, ela implode a candidatura da Dilma. Implode." Talvez esse seja o legado mais sinistro da crise do "mensalão": a captura dos reformistas pela lógica do maniqueísmo pró ou contra Lula. Esse radical empobrecimento da diversidade política (e da sua formulação coletiva) e amesquinhamento (e criminalização) da própria atividade política, pode levar a derrocada do Projeto de transformação da sociedade brasileira, iniciada pelos Governos do Presidente Lula, como também pode colocar em risco a própria Democracia.

Um "canhão de audiência"?

O slogan é conhecido e refere-se tradicionalmente a um popular comunicador do rádio local. Mas a julgar pelo valor da indenização pedida pela Folha da Manhã em ação proposta contra o blogueiro Roberto Moraes - 400 salários mínimos - o periódico imagina que esta REDE BLOG deve estar causando pesados prejuízos à sua imagem.
O valor proposto na contenda judicial supera o que costumeiramente é observado em ações semelhantes propostas contra empresas de comunicação. Há de se supor a generosa estimativa do tamanho do universo de leitores que tais "ofensas" - restritas aos espaços de comentários - devem ter alcançado, para se compreender a desproporcional reação.
É como eu tenho dito. Em Campos, um blogueiro incomoda muita gente... uma REDE BLOG incomoda muito mais!
"Sigamos em frente"!

SOLIDARIEDADE IRRESTRITA

Em função de compromissos profissionais, sindicais e particulares, só agora há pouco este blogueiro voltou a esta rede e tomou conhecimento de um inaceitável ataque da Folha da Manhã por meio de sua assessoria jurídica ao blog do Roberto Moraes - leia aqui.
Mais que uma ação hostil, e a nosso juízo injustificada, contra o blog citado, a ação significa um ataque à liberdade de opinião em toda REDE BLOG local!
Inconcebível que um jornal, que deveria pugnar pela liberdade de imprensa - e já agiu assim em outras ocasiões defendendo jornalistas ou se queixando da "indústria da indenização dos danos morais" - agora venha agir no sentido de criar constrangimento à livre expressão de pensamento e de opinião crítica sobre órgãos de imprensa por parte de blogueiros e de seus leitores.
Assim, este blog conclama a toda a REDE BLOG a se articular em defesa da liberdade de expressão de opinião em nossos espaçoes virtuais, incluindo as desejáveis manifestações interativas dos internautas. Podemos ainda discutir nessa mobilização, conforme idéia salientada pelo Xacal, formas de constituir um fundo solidário para a defesa dos blogs e dos blogueiros contra ações constrangedoras através das quais o poder econômico da mídia e as bancas advocatícias compradas por ele buscam calar o debate democrático e independente que aqui se trava.
Viva a REDE BLOG!
"Sigamos em frente"!

domingo, 9 de agosto de 2009

Batendo um bolão

Estive com Lindberg Farias no início da tarde de ontem, em Niterói. Com uma enorme vitalidade, e em ritmo de campanha, sua disposição justifica o uso da palavra "desespero" por Jorge Bastos Moreno, em sua coluna na edição de ontem d'O GLOBO, para classificar as mais recentes reações do governador Sérgio Cabral frente ao crescimento da pré-candidatura do prefeito de Nova Iguaçu. Tal nota inclusive era um dos motivos de seu entusiasmo. Além disso, relatou na roda que o recepcionou na chegada para a Plenária do mandato do Deputado Chico D'Angelo (PT-RJ) que algumas das pesquisas recentemente realizadas e que indicam o crescimento de seu nome entre o leque de opções para a sucessão estadual trazem outros números ainda mais animadores: cerca de 64% do eleitorado revela não conhece-lo ou conhece-lo superficialmente, o que garante um enorme potencial de crescimento de sua intenção de votos nos próximos meses.
Por isso Lindberg - reconhecido por sua energia e eficiência no contato com as ruas - não para. Vindo de uma visita à comunidade da Maré, no Rio, pela manhã, foi prestigiar a reunião do Deputado petista de Niterói, de onde saiu para São Januário. Vascaíno, além de conferir o segundo tempo do jogo de seu time, iria ainda circular entre seus conterrâneos da comunidade paraibana no Rio, reunidos em torno do Campinense, adversário da tarde - apesar de ter me confidenciado torcer na Paraíba para o 13, clube da mesma Campina Grande.

Prestígio

O Deputado Chico D'Angelo (PT-RJ) deu demonstração da força e do prestígio de seu mandato ao reunir na tarde de ontem cerca de 200 militantes em uma plenária realizada em Niterói.
Lá estavam dirigentes do PT de diversos Diretórios Municipais, parlamentares de diversos municípios - Macaé, Araruama, São Pedro da Aldeia - inclusive de partidos aliados, militantes do movimento social, membros do staff do governo petista de Maricá, além do ex-Prefeito de Niterói, Godofredo Pinto, do Prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, do companheiro Reginaldo, vice-prefeito de Arraial do Cabo e do Presidente Estadual do partido, Alberto Cantalice.
O discurso do presidente do Diretório Regional, inclusive, pontuou o prestígio e a influência hoje exercida por Chico no PT. Apesar de ser cardeal do grupo CNB - ex-campo majoritário - e ter posições distintas às de Chico no que se refere por exemplo à sucessão estadual no próximo ano, Cantalice disse que fazia questão de estar presente ao encontro para dar um testemunho da atuação do deputado na construção do partido no interior, elogiando a capilaridade do mandato desde o seu início e classificando a reeleição de Chico como fundamental para fortalecer tal prática entre parlamentares petistas.
O norte-fluminense esteve representado pelo Vereador macaense Danilo Funke(PT) e pela delegação de Campos, composta por este blogueiro e pelo Professor Luciano D'Angelo.

Ainda atrás dos nanicos

Jogando no Maracanã - com cobertura do blogueiro Roberto Moraes que fez do clássico com o Corinthians seu programa de dia dos pais junto a sua prole - o Flamengo fez sua parte na tarde de hoje, mas não subiu tanto na tabela. Poderia ter chegado à sexta posição na classificação se contasse com a colaboração de outros grandes do futebol brasileiro. Santos e Grêmio poderiam ter dado uma mãozinha com melhores resultados na rodada, respectivamente contra os surpreendentes Avaí e Barueri. Em plena Vila famosa, o time de Luxa ficou no empate com o time catarinense, enquanto o Grêmio gaúcho perdeu para seu homônimo em Barueri.
Contudo, é bom lembrar que o rubro-negro também deu vexame no confronto direto com estas equipes, perdendo quatro pontos nas partidas com ambas - disputadas no Maracanã! A perda de pontos em jogos como estes, jogando em casa, tirou o clube da Libertadores deste ano e pode, de novo, comprometer a campanha no atual brasileirão.