sábado, 25 de julho de 2009

Ao menos uma boa notícia...

Adeus Kleber, adeus Kleber...
FOTO: Pedro Chiaverini (SRZD)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Pensamento do dia, ou melhor, da semana...

Caso de auto-identificação com uma das raras assertivas destas afixadas em vidros de automóveis que não me soaram cretinas - desculpem a falta de modéstia:

"Falar mal de mim é fácil, difícil é ser eu!"

Incomodou

Em represália a ação do SEPE em defesa da moralidade e dos princípios republicanos na questão da terceirização da merenda em Campos, a Exma. Prefeita da cidade fez emitir desde a tarde de ontem expediente de seu gabinete anunciando que o SEPE não representaria os profissionais da educação do município. Agora há pouco a chefe do executivo local se dignou a repetir pessoalmente esta cantilena na rádio Diário FM. Teria dito que coloca o cargo da titular da SMEC à disposição de quem provar que a merenda do Estado custa uma per capita de R$ 0,32. Ora, quem já foi Governadora sabe que é exatamente esse o custo da merenda naquela rede. E ao expor dessa forma sua secretária de educação, sugere que o Xacal deve ter mesmo razão ao identificar uma "fritura" da mesma em "fogo amigo". O absurdo da terceirização da merenda está muito mais na conta da própria prefeita e de seus auxiliares da tecnocracia do que na conta da professora Auxiliadora Freitas. A titular da SMEC deve ter atribuições e prioridades específicas no campo pedagógico antes de se responsabilizar por licitações suspeitas envolvendo merenda. Seria o caso cogitar a própria renúncia, ou a dispensa do Dr. Esquef e do Professor Suledil.
Seu discurso sobre a representatividade do SEPE se baseia em comunicado de um sindicato pelego que há anos disputa a base dos profissionais da educação do município do Rio de Janeiro com o SEPE-RJ.
O que a Prefeita ignora - ou finge ignorar; dada a reconhecida competência de sua procuradoria - é que há sentença proferida há dez anos por Magistrado da comarca local, reconhecendo o SEPE como destinatário legal dos descontos compulsórios nos vencimentos dos profissionais da educação da rede municipal relativos a imposto sindical.
Muito embora nosso sindicato - ainda que desfiliado da CUT - siga a tradição cutista de privilegiar contribuições voluntárias dos sindicalizados e criticar o imposto sindical, a sentença - que se encontra a disposição dos interessados - confirma que, a despeito da opinião do SUSEP (Rio) e da Prefeita, o SEPE Campos é - no entendimento do Judiciário - o legítimo representante da categoria, tendo sido a Prefeitura inclusive instada a recolher o imposto sindical de anos recentes em favor deste sindicato.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Espelhos, reflexos e reflexões.

Difícil imaginar um campista ou mesmo um residente na cidade que não tenha ouvido algum comentário depreciativo sobre os habitantes desta planície. Há insultos de diversas modalidades que enfatizam aspectos de nossas tradições socioeconômicas e até mesmo acusações difusas e aleatórias sobre a honestidade de nossa gente. Não acredito que estas manifestações sejam apenas expressões do bom humor e da gaiatice típica do brasileiro. Um exame nada sistemático e muito menos exaustivo de algumas obras da cultura nacional nos coloca diante de incômodas referências que perpassam o século XX e nos alcançam nos dias atuais. Citemos três:

Em 1925 Manuel Bandeira já escrevia em seu poema “Não sei dançar”os seguintes versos:

“A filha do usineiro de Campos

Olha com repugnância

Para a crioula imoral...

Surge Campos representada por uma elite preconceituosa e arrogante incapaz de entender o Brasil, de pensá-lo e aceitá-lo como uma nação que é formada por seu povo. Segundo Raimundo Faoro é uma elite que vê as camadas populares como um vulcão que deve permanecer eternamente adormecido, a mesma elite que sempre quis ser francesa, inglesa ou norte-americana e que sempre rechaçou a arte e as manifestações populares, quando não reprimindo, articulando sua circunscrição aos subúrbios.

No livro FEBEAPÁ 1 – Festival de besteira que assola o país de 1966, Stanislaw Ponte Preta relata o julgamento simulado de Hitler que teria ocorrido na Faculdade de Direito de Campos no qual o líder alemão acaba absolvido. Novamente Campos é citada como exemplo de reacionarismo e irracionalismo.

Mais recentemente, o filme Bezerra de Menezes, que conta a história do médico dos pobres, exibe em uma determinada cena o discurso do doutor em favor da abolição da escravidão. Intempestivamente suas palavras são interrompidas por uma voz irascível que afirma:

- Em Campos não, em Campos não...

Mais do mesmo, desta vez a cidade é a terra que perpetuou tudo que sempre houve de mais atrasado no Brasil, a terra dos vícios, dos reacionários, do retrocesso, das práticas anti-republicanas e berço mais tranqüilo dos conservadores que teimam em frear a modernização se agarram ao passado e pretendem usar sua força para preservar privilégios.

Não se pretende aqui avaliar as acusações ou mesmo pensar em eventuais defesas. É certo que uma cidade é mais que sua “elite” e que podemos buscar no passado e no presente exemplos de personagens e episódios que se contrapõem a essas imagens estereotipadas que apresentamos. Preocupa-nos mais o impacto sobre a construção das identidades coletivas, pensemos como estas visões negativas da cidade podem ter afetado e estar afetando a nossa autoimagem, lembremos que os recentes escândalos políticos só serviram para reforçar aspectos negativos que se vinculam a nossa memória coletiva. Segundo o sociólogo austríaco Michael Pollak a memória coletiva, social e individualmente construída, é um dos alicerces de nossas identidades. Ou seja, a imagem que fazemos de nós, para nós e para os outros.

Há muito que pesquisar sobre este tema, persistem perguntas sem respostas que reivindicam estudos e reflexões. Afinal, existe uma identidade campista? Como ela se apresenta para os distintos grupos sociais que integram a cidade? Quais os discursos produzidos pelo poder público e pelos intelectuais com o propósito de construir nossa identidade? Nossa proposição é correta? Existe mesmo um complexo de inferioridade provinciano que se hospeda muitas vezes no silêncio diante das provocações de outros citadinos? Precisamos enfrentar o espelho e superar o medo descrito assim pelo escritor argentino Jorge Luís Borges: “Uma de minhas insistentes súplicas a Deus e ao meu anjo da guarda era não sonhar com espelhos. Sei que os vigiava com inquietação. Algumas vezes, receei que começassem a divergir da realidade; outras, ver meu rosto neles desfigurado por adversidades estranhas. Soube que esse temor está, outra vez, prodigiosamente no mundo.”

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O Ghost Writer de Cabral

Ontem (terça-feira, 21/07/2009), o atual Governador do Rio de Janeiro surpreendeu a opinião pública fluminense com uma inédita manifestação crítica e enfática sobre um tema de relevância coletiva. No caso em questão, "escreveu" um artigo para O Globo com o título A cobiça do pré-sal. Embora tenha chegado tardiamente a esse debate estratégico para nossa economia (é só lembrarmos a relevância dos royalties e participações especiais no nosso orçamento), a participação do maior mandatário regional deve ser valorizada. De acordo com o texto do Governador, na atual conjuntura de descorberta do gigantesco potencial petrolífero do pré-sal, a "cobiça" dos outros entes federados teria se manifestado de modo ilegítimo. Nas palavras de Cabral: "São argumentos que não resistem a uma rápida reflexão. Devemos apenas pôr fim aos royalties que, eventualmente, algum gestor público tenha utilizado mal? (...) Mudar a regra para o pagamento dos royalties e participação especial para a riqueza do pré-sal consistiria em uma segunda agressão aos estados produtores de petróleo [além da regra do pagamento do ICMS no destino], que causaria uma grave quebra do pacto federativo, pois consistiria em uma verdadeira expropriação das riquezas desses estados e municípios, sem qualquer compensação. (...) Como governador do Estado do Rio de Janeiro, liderarei a luta até o fim das nossas forças contra qualquer tentativa de lesão ao patrimônio do nosso Estado." Contudo, tal manifestação vertical em tom de bravata, perde todo seu vigor quando confrontada com o irredutível posicionamento de Dilma Rousseff, ratificado em tom de reprimenda (O Globo de hoje, 22/07/2009): "As regras do pré-sal serão diferentes, e o correto é esperar a divulgação destas propostas para que possamos discuti-las. O pagamento dos royalties está previsto na Constituição e não há como mudar estas regras, então é cedo para se condenar o modelo. Nada vai mudar com relação aos campos existentes e em exploração, mas o pré-sal vai ser diferente." Para um Governador eleito, mesmo em decadência e com baixa aprovação, deve ser deprimente ser desautorizado publicamente!

Homicídios de jovens e direita

A imprensa noticiou com a devida importância a pesquisa divulgada ontem pelo Laboratório de análises da violência (LAV – UERJ). Com a participação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, a ONG Observatório de Favelas e o Unicef, braço da ONU para a infância, o estudo analisou as estatística de homicídios entre adolescentes no Brasil. Revela que os homicídios são responsáveis por 46% dos jovens brasileiros mortos.

A pesquisa estima que entre 2006 e 2012, mantidas as condições atuais, serão assassinados 33 mil adolescentes, o que equivale a 13 por dia. Os números também mostram que a probabilidade de jovens negros serem assassinados é três vezes maior do que Brancos.

Enquanto isso em Brasília o DEM – partido democrata, entrou com ação no Supremo Tribunal Federal, com um pedido de liminar contra o sistema de cotas raciais para negros na Universidade de Brasília. O partido quer que seja declarada a inconstitucionalidade de atos do poder público que resultaram na instituição de cotas raciais na universidade. Os democratas reivindicam a suspensão de todos os processos na Justiça (federal e estadual) envolvendo o tema.

Parece que é um sinal do esforço da direita brasileira no sentido de avançar na organização do seu discurso e no estabelecimento de posições concretas que marquem uma clara linha divisória com a esquerda. Como não consideram a igualdade um valor da democracia, deveriam também se colocar contra o bolsa família, sabemos que o custo político de uma posição como essa é muito alto e não devemos esperar tamanha ousadia.

terça-feira, 21 de julho de 2009

A Hipótese Comunista

Em seu último artigo publicado no Brasil (A Hipótese Comunista: Começar do Começo. Piauí nº 34 _ Julho 2009), o instigante e renovador filósofo esloveno Slavoj Zizek argumenta que a perversidade ideológica do consenso pós-moderno sobre o capitalismo redunda em que: "O capitalismo liberal-democrata é aceito como a fórmula finalmente encontrada da melhor sociedade possível. Tudo que se pode fazer é torná-lo mais justo, tolerante e por aí afora." Contra essa resignação fatalista, Zizek afirma ser imperativo insistir na Hipótese Comunista: "Não basta permanecer fiel à hipótese comunista: é preciso localizar na realidade histórica antagonismos que transformem o comunismo numa urgência prática. A única questão verdadeira dos dias de hoje é a seguinte: será que o capitalismo global contém antagonismos suficientemente fortes para impedir a sua reprodução infinita?" Como resposta ele enumera quatro antagonismos limítrofes para a humanidade atual: a ameaça de catástrofe ecológica; a inadequação da propriedade privada (especialmente a propriedade intelectual) num ambiente de socialização mundial do capital cognitivo; o risco de manipulação do patrimônio genético da espécie humana; e principalmente, as novas formas de exclusão e segregação social. "O que todas essas lutas têm em comum é a consciência do potencial destruidor se a lógica capitalista levar à apropriação daquilo que é comum a todos, daquilo que é público." (...) "Nessa série de quatro antagonismos, o crucial é o que se dá entre os incluídos e os excluídos: sem ele, todos os demais perdem o gume subversivo. A ecologia se transforma num problema de desenvolvimento sustentável; a propriedade intelectual, num complexo desafio para as leis; a engenharia genética, numa questão de ordem moral." Ao re-afirmar o potencial emancipatório do antagonismo social (agora em escala global), Zizek presta uma homenagem ao ativismo implacável de Lênin: "Os comunistas que não têm ilusões, que não se entregam ao desânimo e preservam sua força e flexibilidade para 'começar de novo' repetidas vezes, para dar conta de uma tarefa extremamente difícil, não estão perdidos (e muito provavelmente não haverão de perecer)."

Quanto custa?

A edição de hoje da Folha da Manhã revela os valores milionários previstos na licitação de tercirização da merenda escolar em apenas 1/3 das unidades da rede municipal - R$ 60 milhões por dois anos.
Este blogueiro está curioso para saber quanto custou toda a merenda licitada e distribuída no último ano e nos seis primeiros meses de 2009.

LINDBERG em alta!

Embora não tenha base metodológica, enquete em curso no Sociedade Blog registra o crescimento do nome de Lindberg também em Campos, seguindo tendência observada em todo Estado, que o pré-candidato tem percorrido de norte a sul.
Na enquete que rola na blogosfera local - sobre preferências com relação às eleições para o governo do estado no ano que vem - o pré-candidato petista lidera, a frente de Garotinho e com quase três vezes o número de citações de Cabral.

Contradição na Mensagem

Deu na Folha de São Paulo, em sua edição de domingo:

TARSO DEVE SER CONFIRMADO PRÉ-CANDIDATO DO PT
O ministro Tarso Genro (Justiça) deve vencer dois concorrentes e se tornar hoje, oficialmente, o pré-candidato petista ao governo do Estado. A decisão não agrada a setores do PT nacional, que tentam garantir o apoio do PMDB gaúcho à candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência. A 15 meses das eleições, a confirmação de Tarso segue a estratégia de aproveitar a fragilidade da governadora Yeda Crusius (PSDB), atraindo partidos da base governista.


O trecho inicial do mais recente documento político da seção fluminense da tendência do Ministro Tarso Genro revela contradição com o modus operandi adotado por ele no RS:

Há mais de quatro meses, a Mensagem ao Partido do Rio de Janeiro vem discutindo a necessidade de construir a candidatura da Ministra Dilma Rousseff para Presidente da República em aliança com o PMDB. Para tanto apoiamos a reeleição do atual Governador Sergio Cabral, do qual fazemos parte do seu Governo, condicionado o seu apoio à nossa candidata à Presidência da República.

Este blogueiro é um idiota ou, para a Mensagem, o que é bom para o RS - candidatura própria - não vale para o RJ?

Qualificação profissional na CDL

A Aucilene Freitas, expert em recursos humanos, informa que a Fundação CDL - Campos, está com inscrições abertas para diversos cursos/treinamentos visando a qualificação profissional. Ela está envolvida no projeto e é responsável por dois cursos:

Excelência no Atendimento

Que visa "transmitir informações básicas que permitam o aperfeiçoamento do desempenho dos profissionais que atendem direta ou indiretamente aos clientes, visando a melhoria da qualidade, da imagem e da capacidade competitiva da organização e, conseqüentemente, um atendimento eficaz, fidelizando o cliente.
Facilitar a mudança de comportamento das pessoas/profissionais a fim de que possam atender às exigências dos novos tempos - provocadas pela revolução da informação e globalização
."

Habilidades Técnicas para Secretária(o)s I

Que pretende "proporcionar aos profissionais registrados como auxiliares administrativos, assistentes administrativos, recepcionistas, secretárias auxiliares ou em cargos assemelhados, no exercício da função de secretária, a oportunidade de adquirirem conhecimentos e atitudes básicos para o desenvolvimento eficaz de suas atividades, analisarem e discutirem os principais aspectos técnicos usados em seu dia-a-dia, de modo a criar alternativas para um desempenho mais eficaz e criativo."

Os interessados podem obter maiores informações junto à Fundação pelo e-mail fundacaocdl@cdlcampos.com.br.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Lindberg e o PED

O blog do Roberto Moraes já registrou em seus aspectos fundamentais a reunião dos petistas e simpatizantes do prefeito de Nova Iguaçu em Campos com ele, para tratar de sua pré-candidatura ao governo do Estado, no último sábado, na ACIC.
Vale contudo registrar ainda um importante aspecto que indica o peso da pré-candidatura de Lindberg no interior do PT fluminense. Estiveram por aqui pra participar do evento dois dos três principais nomes colocados para ocupar a presidência do partido no Estado a partir do próximo PED. O atual vice-presidente, Lourival Casula, e Bismarck Alcântara.

Essa merenda cheira mal!

Ainda sem dar respostas efetivas à antiga pauta de reivindicações dos profissionais da educação da rede municipal – em que pese o diálogo em curso, compromissos e possibilidades manifestadas – a Prefeitura sinaliza com um retrocesso no que se refere à merenda escolar. Muito embora o malfadado edital que prevê a terceirização da merenda a ser servida em 83 grandes escolas da rede não aponte para a distribuição de “quentinhas” às nossas crianças, há de se lembrar que esse tipo de serviço e produto está gravado na memória desse articulista – e certamente da sociedade – bem como registrado nos arquivos da imprensa, como referência de superfaturamento e malversação do dinheiro público em vários episódios. Quem não se lembra dos processos licitatórios que favoreceram o “Rei das Quentinhas”, empresário que atuou por aqui no setor de limpeza pública? Pois bem, não importa se a terceirização em curso vai manter as cozinhas das escolas. O resultado tende a “azedar”, tal qual comida deteriorada, e já cheira mal.
Um dos principais cernes da questão está na pergunta repetida à exaustão, sem resposta, nas edições dos últimos dias 15, 16 e 17 deste jornal: quanto vai custar esta terceirização para os cofres públicos? A resposta a tal questão deve ser ainda confrontada com os custos atuais da merenda servida nas escolas da rede. Muito provavelmente a equação deve ser desfavorável aos cofres públicos. Foi assim há meses atrás quando o SEPE conseguiu constranger o governador Sérgio Cabral – tão criticado por Garotinho – a desistir de processo semelhante na rede estadual, aumentando os custos da merenda em mais de 500%.
Mas esse não é o único aspecto a ser lamentado. A terceirização diminui o controle sobre a qualidade nutricional da merenda oferecida aos estudantes – por mais indicações que haja nesse sentido no edital – e ataca o serviço público, ameaçando o emprego das merendeiras.
O argumento apresentado para justificar esse grave equívoco da gestão municipal – maior agilidade no processo burocrático, evitando interrupções na oferta da merenda por atrasos no fornecimento ocasionados por entraves nas licitações – não se sustenta. Há outras formas de se enfrentar o problema, como a concessão de autonomia financeira, descentralizando as compras que passariam a ser feitas pelas diretamente pelas escolas – sistema que funciona bem há anos na rede estadual. O governo poderia ainda orientar a compra junto a pequenos produtores rurais do município, fomentando a agricultura familiar local. São formas viáveis de garantir a racionalidade nas finanças públicas e a qualidade na dieta de nossas crianças.

Artigo publicado na edição de hoje da Folha da Manhã.

Boladas

"Equilíbrio"
Vivo ouvindo de alguém muito querida que o segredo do acerto é buisca pelo "equilíbrio". Pode não ser uma fórmula mágica, nem original, mas é uma mensagem útil, que deveria servir tanto pra diretoria do Flamengo quanto pra mim!
No início da temporada o time foi mais uma vez campeão carioca sem que seus atacantes marcassem com a regularidade mínima que se espera de jogadores do setor. Mas com Fabio Luciano esbanjando lucidez no comando de uma defesa consistente.
Pois bem, agora que a dupla formada por Emerson e pelo Imperador atinge uma média satisfatória - juntos, marcaram quatro gols nas últimas três partidas, dentre cinco apontados pelo rubro-negro - a defesa entrega o ouro, sofrendo seis gols nas mesmas parttidas!
É preciso arrumar urgentemente um companheiro de zaga pra Angelim, antes que se encerre a "janela" de transferência. Na próxima partida, quando todos os fracos beques que tem se revezado como seus companheiros de linha estarão suspensos, é capaz de ele se sair melhor sozinho! Já sabe de antemão que não tem cobertura decente.

Piada
O blog até tem evitado tripudiar da má fase tricolor. Mas, com todo respeito, hoje não dá pra resistir!
Repatriar o Renato Gaúcho como solução pra crise em curso parece piada - que eu consideraria de mau gosto se fosse pó-de-arroz.
A ausência de vitórias decisivas contra o Fla nos últimos anos parecem ter criado uma "mística da barrigada", que confere ao protagonista do último trauma que vivemos diante do decadente clube das Laranjeiras um status de messias que há de conduzir o Fluminense às glórias que o dinheiro do plano médico não tem conseguido comprar. Essa crença já custou ao clube uma Libertadores no ano passado.
Parreira é muito melhor treinador que Gaúcho. E creio que já está provado que sua recente saída do comando do Flu não foi a melhor solução para a crise, pois a responsabilidade pelos fracasos não pode a ele ser creditada.
Vale lembrar, embora seja ainda muito cedo pra isso, que um eventual rebaixamento retornará o tradicional clube ao estágio onde se encontrava quando foi "encaixado" na Taça João Havelange sem passar pela série B, após conquistar a série C, sob o comando de Parreira - o mesmo que agora foi escolhido como bode expiatório da incompetência dos presidentes do clube e do patrocinador. A direção do Flu - a de fato e a de direito - além de adorar Renato, parece também ser adepta da ingratidão.

Em débito
Informamos ainda aos adeptos da cruz de malta que o sub-editor desse espaço virtual, Monsieur Gustavo Carvalho vem sendo seguidamente instado a registrar aqui os últimos bravos resultados da nau vascaína - que segundo suas próprias palavras andou à deriva - na épica campanha de retorno à série A.
Depois não venham dizer que o blog é parcial!

Dá-lhe Goyta!
Como vocês já devem saber, o Goyta venceu mais uma ontem - 1x2 de virada sobre o Miguel Couto, fora - e lidera seu grupo na Segundona. Sábado o Arizão vai ferver.