sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Até mais!!!

Esse é provavelmente - a não ser que algum fato extraordinário nos obrigue a editar um "Plantão do Comentários" - o último post de 2007. O blog espera que 2008 - que para mim, de fato, já começou - venha com boas novas para todos e ajude a superar as agruras deste 2007. Desejo felicidades e paz para todos que acessam esse espaço, na expectativa de estarmos novamente juntos no Ano Novo que se inicia.
Um abraço,
Fábio.

Bem vindo!

Hoje, o Roberto Moraes destaca em seu obrigatório blog que certos visitantes de nossas folhas virtuais andam detratando estes espaços democráticos da rede. E questiona o que motivartia tal reação?

Mas felizmente, enquanto isso, surgem novos blogueiros de expressão. Descobri hoje que o meu amigo Sérgio Diniz, grande professor universitário e parlamentar - muito - acima da média nacional inaugurou este mês seu espaço na rede. Seja bem vindo Sérgio, o Comentários saúda sua presença que muito qualifica esta rede e deseja sucesso para o Converse com Sérgio Diniz, que pode ser acessado aqui!

Na "Cadeira Elétrica"!

O blogueiro não está no "corredor da morte", mas, a convite do Paulo Renato Porto vai estar nesse sábado no tradicional programa de entrevistas da Rádio Difusora, às 15:00. Sei que alguns amigos que sempre passam por aqui também não dispensam a companhia do velho rádio. Assim, estão todos convidados a sintonizar o Programa, que, no último sábado, teve como entrevistado o ex-Governador Garotinho.

Per$pectivas 2008!

O - justo - desespero da classe média no traço do Jorge Braga. Pra não dizerem que o blog generaliza quando critica os soberbos e egoístas deste segmento!

Música do Dia

Pérola do CD Carioca_Ao Vivo, esse samba, parceria de Chico com o grande Wilson das Neves, de 1997, teve sua primeira gravação na voz do compositor de As Vitrines, em dueto com o parceiro, bateirista da sua banda.

Grande hotel
Wilson das Neves - Chico Buarque

Vens ao meu quarto de hotel
Sem te anunciares sequer
Com certeza esqueceste que és
Que és uma senhora
Vejo-te andar de tailleur
Atravessando a novela
Sentes prazer em falar
De sentimentos de outrora

Deito-me no canapé
Não sem antes abrir a janela
E ver tuas palavras ao léu
Jogas conversa fora
Sabes que estive a teus pés
Sei que serás sempre aquela
Pretendes me complicar
Mas passou a nossa hora

Não me incomodo que fumes
Podes mesmo te servir à vontade do meu frigobar
Ou levar um souvenir
Dispõe do meu telefone
Desejando, liga o interurbano pra qualquer lugar
E apaga a luz ao sair

Quando eu pensava em dormir
Tu chegas vestida de negro
Vens decidida a bulir
Com quem está posto em sossego
Entras com ares de atriz
Sabes que sou da platéia
Deves pensar que ando louco
Louco pra mudar de idéia, não?
Pensas que não sou feliz
Entras com roupa de estréia
Deves saber que ando louco
Louco pra mudar de idéia

África?

Essa foto, do Juarez Fernandes em destaque na capa da edição de hoje do Monitor Campista e no blog Eu penso que..., do Ricardo André, não foi tirada em algum país africano, nem no Paquistão, nem na Bolívia... e sim na comunidade do Matadouro. No emirado de Campos, lado a lado, o luxuoso veículo oficial do Prefeito e a carroça de burros que transportava os modestos pertences de família contemplada com uma das unidades habitacionais do conjunto entregue ontem.

Benazir por Chico César.

Uma das últimas fotos de Benazir, no comício, instantes antes de ser assassinada (Blog do Noblat)

Painho dormiu não acordou, 'manheceu
Zóio de painho se fechou, painho meu.

Não aponte o dedo para Benazir Bhutto, seu puto
Ela está de luto, pela morte do pai

Não aponte o dedo para Benazir

Esse dedo em riste esse medo triste é você
Benazir resiste e o olho que existe é o que vê.


ATUALIZAÇÃO (17:25)
A agência de notícias AKI, de Roma, informou hoje que um dirigente da Al Qaeda no Afeganistão, Mustafá Abu al-Yazid, reivindicou a responsabilidade pelo assassinato da ex-primeira-ministra do Paquistão Benazir Bhutto, em nome da organização terrorista.
A notícia da AKI acrescenta que o "número dois" da Al Qaeda, o egípcio Ayman al-Zawahiri, decidiu assassinar Bhutto, em outubro.

"E agora? Quem poderá me defender?" 2

Capa da FOLHA DA MANHÃ de hoje. O jornal, que não é hostil ao prefeito, traz em manchete - assim como todos os outros matutinos da cidade - a tragédia na distribuição de vales-alimentação no 56º BI. O assunto também teve destaque na grande imprensa carioca, conforme registrou o Ricardo André no Eu penso que... (veja aqui).

Detalhe infeliz, na mesma edição da FOLHA os "companheiros" que dirigem o PT local se oferecem mais uma vez ao desastrado governo. A boquinha da hora é a vaga de vice numa hipotética - e improvável - candidatura de Mocaiber à reeleição para Makhoul Moussalem!

Benazir por Aucilene.

Recebi agora há pouco, por e-mail, da Aucilene - colaboradora "virtual" do blog - este belo texto sobre Benazir Bhutto, ex-premier e líder da oposição no Paquistão, assassinada ontem após um comício na cidade de Rawalpindi. Benazir era uma forte candidata nas eleições parlamentares do próximo dia 8 de janeiro e tinha chances de voltar ao cargo de primeira-ministra.

Tenho uma amiga que, atualmente, mora em Washington. Foi a trabalho, casou-se por lá e nos falamos sempre, desde que ela me descobriu pela rede NETLOG. Só aí fiquei sabendo de sua vida após os anos que convivemos e trabalhamos em Macaé. Assistente Social como eu, ela viaja muito com o marido, que vive fazendo palestras ali e acolá. É feminista, atua em um programa de incentivo ao aleitamento materno...

Estávamos conversando, agora, sobre a morte de Benazir Bhutto, primeira mulher líder de um estado muçulmano. Apesar achar que era uma morte mais que anunciada, fiquei surpresa e comovida, disse a minha amiga.

Ela foi acusada, por seus rivais políticos, de corrupção, mas isso nunca foi comprovado, pelo que sei. Me parecia, na verdade, um modelo para mulheres de países muçulmanos. A Carmem, minha amiga, me confirmou esta impressão. Disse que quando esteve em Dubai várias mulheres, de vários países do Oriente Médio, demonstraram sua admiração pela ex-primeira ministra.
Ela estudou filosofia e ciências políticas e econômicas, em Harvard (EUA) e na Universidade de Oxford (Inglaterra). Depois de oito anos de exílio (ela vivia em Dubai) tinha voltado ao Paquistão em outubro desse ano. Os comentários são que ela era ou muito estúpida (opinião do marido da minha amiga) ou muito corajosa. Eu acho que existe outro fator. Não sei... por tudo que leio e pelas conversas com amigos, penso que ela era ambiciosa... ambiciosa no sentido bom da palavra.

Me lembrei de uma conversa que tive, há anos, com um amigo professor em uma universidade na qual trabalhei, por volta de 95, quando se falava muito em "inteligência emocional" (eu detesto este conceito!) e eu dizia a ele (que tinha adorado o tal livro e me trouxera para ler) que, se todos seguissem essa cartilha, não existiriam "Leonardo da Vincis", "Van Goghs", "Virginias Woolf", "Pagus" ou até "Tim Maias" e ... "Benazir Bhuttos". Concorda? Ele lembrou que quase todos morreram miseráveis ou atormentados... Eu abriria mão de toda minha segurança e mediocridade por uma contribuição genial à humanidade, se fosse dotada de tal capacidade.

Existem pessoas que buscam mais que fama, riqueza, conforto, segurança. E são essas pessoas que fazem História. Não tem aquele ditado feminista: "Garotas boazinhas raramente fazem História"?. Acho que Benazir era uma dessas mulheres brilhantes e corajosas que sabia muito bem o risco que corria e que de burra não tinha nada. Mas é que deixar sua marca tem seu preço. Infelizmente. E ela fez tudo isso usando o véu...!

Bhutto foi assassinada ao deixar um comício e em Washington foram anunciadas as mortes de mais 22 pessoas nesse atentado suicida.

Muito, muito triste!


FOTO: Blog do Noblat

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Boa viagem! (E Feliz 2008!)

Há cinco charges no A CHARGE ONLINE referindo-se às 196 vítimas fatais nas estradas brasileiras no Natal. Resolvi optar por essa outra, do M. Aurélio, que faz um alerta para quem vai pegar a estrada no feriadão do Ano Novo. Que ele se inicie com estatísticas diferentes!

Esperança rubro-negra!

Pra que receita?

Ufa! Acabo de chegar da Secretaria de Fazenda, onde este cidadão tentou por cinco horas garantir o "direito" de... CONTRIBUINTE! É isso mesmo, não é sacanagem do blogueiro. Em Campos, é difícil PAGAR tributos!
Explico. Nos últimos dias, constatei que havia perdido o carnê referente ao IPTU/2007 de um imóvel que aluguei. O prazo para pagamento do imposto termina amanhã. Assim, segui hoje pela manhã para a Secretaria de Fazenda, a fim de requerer segunda via e quitar o débito. Lá chegando, por volta das 11:00, me surpreendi com a dificuldade do procedimento que me parecia bem simples.
A atendente que me recebeu tentou acessar o débito do imóvel pelo endereço. Não conseguiu. Mais tarde vim a saber que o insucesso se deveu ao fato de o mesmo estar incorreto no sistema da Secretaria. Segundo essa atendente, eu teria que me dirigir a outro setor, com a escritura ou termo de compra e venda do imóvel para acessar a segunda via. Olhei para o relógio e constatei que já estava há mais de duas horas envolvido com a questão. Teria desistido aí se o imóvel fosse meu. Aguardaria comodamente a cobrança em casa para quitar o IPTU! Mas na circunstância do imóvel alugado, resolvi ligar para a imobiliária e pedir ajuda. A funcionária da corretora me disse que o procedimento informado não seria necessário e me passou o nº de inscrição do imóvel no cadastro. Segundo ela, esse dado seria suficiente para obter a segunda via! Voltei à Secretaria e descobri que se pegasse nova senha teria de esperar oitenta atendimentos na minha frente. Fui então ao pré-atendimento e recontei a história ao funcionário que, simpático, finalmente conseguiu me fornecer a segunda via com o tal nº de inscrição. Constatei que na segunda via já constava o nome da proprietária do imóvel e não mais o da construtora como no carnê de 2006, e que - como já adiantei - no endereço, o nº do condomínio está errado, ou seja, seria muito difícil conseguir a segunda via sem o "nº de inscrição"!
Tenho amigos e interlocutores que questionam tecnicamente os royalties do petróleo recebidos pelos municípios da região. Há argumentos acadêmicos, resultantes de pesquisas, e argumentos políticos neste sentido. Questiona-se os critérios que definiram o padrão atual de distribuição deste recurso e, sobretudo, a utilização do mesmo, sem critério e controle social. Não concordo muito com esses argumentos, embora alguns tenham consistência e pertinência. Mas penso com a cabeça na política e, confesso, numa perspectiva bairrista. Sei que se estes recursos estivessem sendo melhor empregados, com rigor, planejamento e prioridades definidas a partir da participação popular há quinze anos, Campos poderia ser uma cidade modelo. Logo, os recursos dos royalties não são um mal em si. O que se faz necessário é uma transformação radical na gestão destas receitas. Para que elas possam, mantidas, promover o desenvolvimento econômico e humano na cidade e na região.
Hoje, contudo, constatei empiricamente uma das teses de meus amigos pesquisadores do tema. As receitas dos royalties causam preguiça fiscal. Não é possível que a Prefeitura dificulte tanto o ato de arrecadar tributos. Lembro que conversei com o então Secretário de Fazenda, Luciano D'Angelo quando da inauguração da sede atual da Secretaria de Fazenda, na Treze de Maio. Ele estava entusiasmado com a perspectiva de humanizar o atendimento ao contribuinte, oferecendo conforto e eficiência a quem se dirige ao Poder público para fazer algo que ninguém gosta: pagar impostos. Como de costume, ele estava certo. Mas a sua concepção de atendimento teve vida tão efêmera quanto sua passagem pelo cargo. A Prefeitura não pode prescindir de arrecadar, nem negligenciar a arrecadação de impostos por ter garantida - por hora - a receita dos royalties. O cadastro de contribuintes deve ser eficiente e guias de cobrança deveriam ser disponibilizadas inclusive na internet. Ações fáceis e práticas, mínimo que a Prefeitura deveria fazer, exercendo a responsabilidade fiscal.

Ouçam o Chico!

Chico buarque é um dos meus compositores prediletos. Acabei de trocar o meu Vale CD de uma - ou seria da - loja de discos da cidade que ganhei de minha querida e assoberbada irmã, Carla no "amigo oculto" da família (ela disse que o fato de ter ido às compras na última hora, não permitiu escolher o título). Não fiquei contrariado, pude, finalmente, adquirir o CD Carioca ao Vivo que há muito queria!

Mas esse não é um post sobre cultura, relações familiares ou presentes de Natal.

Falei do Chico porque ele também costuma acertar quando fala de política - embora ultimamente fale pouco sobre o assunto. Foi dele, eleitor de Lula, a famosa sugestão para que o Presidente criasse o Ministério do "vai dar merda", após a crise de 2005 e das trapalhadas dos "aloprados" na campanha da reeleição.

Pois bem, acho que o Prefeito Mocaiber, que gosta de elogiar LULA e aparecer ao seu lado em out-doors, deveria também ouvir o Chico e incluir na sua tão comentada reforma do secretariado, prevista para as próximas semanas a Secretaria Especial do Vai dar Merda. Por que seu governo não faz oposição a Chávez, mas é uma m... atrás da outra, e não estamos falando propriamente de vitórias! Saí de casa às 11:00 e, já no ônibus, encontrei uma amiga que me perguntou se já estava sabendo do tumulto na distribuição dos vales-alimentação da Prefeitura - os mesmos suspensos há meses pela justiça, por irregularidades. Logo depois, ao sair da Secretaria de Fazenda, onde vivi como cidadão mais uma experiência "edificante" - ver post seguinte - me encontrei com o Jorge Rosa, que também me perguntou se estava informado do lamentável ocorrido.

Busquei me informar parando na frente de um televisor da loja de CD's e ouvindo a reportagem do Balanço Geral da Record local. Ouvi estupefado o Secretário de Comunicação, jornalista Roberto Barbosa, admitir que foi um equívoco concentrar a distribuição de um benefício para 26 mil pessoas em um mesmo local. Pior, anunciar que, depois do tumulto que resultou em várias internações no Ferreira Machado, a distribuição volta a ser descentralizada nos bairros. Óbvio, racional, mas... por que foi preciso que vários cidadãos, inclusive crianças e idosos fossem pisoteados para se tomar tal decisão? Qual o interesse em concentrar tantos beneficiários em um único local? Será que a Secretária demissionária Ana Regina tem alguma explicação? Esse lamentável acontecimento, ainda que mais trágico, é bem condizente com os inúmeros equívocos que caracterizaram a gestão da ação social no governo municipal sob sua administração!

Acho que, para seu próprio bem, o Prefeito deve refletir profundamente sobre a quem entregar pasta tão importante - e com tanto potencial eleitoral - no curso da reforma de seu staff. Quanto à Secretaria Especial do Vai dar Merda, depois de suas declarações hoje sobre o ocorrido, penso que, talvez, o Roberto Barbosa seja um bom nome, para antecipar opiniões que podem evitar tragédias. Mas em nome do interesse público, o fundamental é que ela seja implantada. Faça como eu Mocaiber, ouça mais o Chico!

Na foto de Silésio Corrêa (FOLHA DA MANHÃ), Prefeito Mocaiber participa da distribuição de Vales-alimentação que terminou mal.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Frase do - próximo - ano do Xacal!

Embora tecnicamente ainda estejamos em 2007, pra valer o Ano Novo já começou. Por isso, o blog ainda meio na pasmaceira inaugura desde já uma nova seção: a "Frase do Xacal"!
Quem acessa os comentários aos posts do Comentários já o conhece. Trata-se de um querido amigo e colaborador deste blog que, através deste e de outros pseudônimos, faz pertinentes e provocadores comentários às notas desta tribuna virtual. Assim, vamos reproduzir aqui uma seleção dos ditos de Xacal e cia., para quem não costuma ler os comentários
Comentando o post sobre a vitória da "chapa branca" no SIPROSEP, ele mandou na veia a frase a seguir. Tão boa que antecipou a série:

A família sindical do SIPROSEP é bárbara...

Música do Dia

De Tanto Amor
Erasmo Carlos e Roberto Carlos

Ah ! Eu vim aqui amor só pra me despedir
E as últimas palavras desse nosso amor, você vai ter
que ouvir

Me perdi de tanto amor, ah, eu enlouqueci
Ninguém podia amar assim e eu amei
E devo confessar, aí foi que eu errei
Vou te olhar mais uma vez, na hora de dizer adeus

Vou chorar mais uma vez quando olhar nos olhos seus,
nos olhos seus
A saudade vai chegar e por favor meu bem
Me deixe pelo menos só te ver passar
Eu nada vou dizer, perdoa se eu chorar