sábado, 28 de fevereiro de 2009

Vítimas?

O blog recebeu por e-mail esta foto, de "seguranças" a serviço de ruralistas na região de São Joaquim do Monte (PE), onde a tensão entre jagunços e trabalhadores acampados, após o despejo das famílias que ocupam a fazenda Jabuticaba pela PM, terminou em conflito no último sábado, ocasionando a morte de quatro capangas do proprietário da Fazenda. O episódio resultou na infeliz e preconceituosa declaração do Ministro Gilmar Mendes, presidente do STF, atacando o Governo Federal e o MST.

Leia ainda trecho da nota da Direção Estadual do MST em Pernambuco sobre o lamentável incidente:

"(...) logo depois do despejo as famílias do acampamento Jabuticaba passam a ser sistematicamente ameaçadas. O Sr Estermilton Guedes, um dos herdeiros da fazenda jabuticaba, contrata uma milícia de pistoleiros (conforme mostrado em foto em anexo) para ameaçar as famílias e proteger a fazenda.
Sábado pela manha, as famílias reocuparam a fazenda Jabuticaba e imediatamente, sofreram as ameaças e tentativa de massacre por parte dos pistoleiros, que chegaram com muita violência (conforme fotos em Anexo). Foi solicitado apoio policial, que esteve no local e impediu que houvesse ali um massacre contra as famílias Sem Terra. Com a chegada da policia, quatro pistoleiro ficaram em um bar da Vila Monte Alegre, um povoado próximo do acampamento.
Com a saída da policia, dois companheiros saíram de moto para informar as famílias do acampamento da Consulta do ocorrido. Quando passaram pelo bar, os quatro pistoleiros, em três motos, começaram, a persegui-los. Neste momento as famílias do acampamento Consulta já estavam em alerta. Poucos segundo depois que os dois companheiros entraram no acampamento (um deles era o Aluciano), as três motos invadem o acampamento, e os pistoleiros passam a agredir com tapas Aluciano, que caiu no chão. Quando um deles ia matar Aluciano os acampados reagiram em defesa da vida de Aluciano e das famílias acampadas. Tudo isso foi, acompanhado e filmado por policias, contratado pelo dono da fazenda Consulta para fazer segurança do latifúndio.
Resultado, os quatro pistoleiros morreram e um trabalhador foi baleado. A coordenação do acampamento convocou a policia para denunciar a tentativa de massacre contra o Acampamento. Ao chegar no acampamento a policia prendeu o companheiro Aluciano e um trabalhador, seu Paulo, de 64 anos.
Hoje, as famílias acampadas estão sobre ameaça permanente, por parte da milícia armada da região. Estamos solicitando de imediato a garantia de vida para as famílias acampadas e a desapropriação das duas fazendas.
"

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Nota de repúdio ao presidente do STF Gilmar Mendes

Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo - FNRA Repudia declarações do Ministro Gilmar Mendes

O Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo - FNRA, vem contestar as declarações carregadas de preconceito e rancor de classe do presidente do Supremo Tribunal Federal - STF, Gilmar Mendes, e apoiadas pelos Presidentes do Senado Federal, e da Câmara dos Deputados, contra os movimentos sociais e sindicais do campo. Ao longo da historia da luta pela terra no Brasil, a atuação dos movimentos tem sido inspirada pela garantia dos direitos humanos, em especial o direito à vida, à dignidade dos homens e mulheres do campo e o direito e a necessidade de realização de uma reforma agrária massiva, que contemple uma ampla e justa distribuição de terras.
Lastimamos que o Presidente do STF, que é o guardião da Constituição Federal, não tenha incorporado à história de luta das classes populares nacionais. Em declaração recente a imprensa, o Ministro, em uma atitude revoltosa, coloca no mesmo patamar diferentes situações como as ocupações de terras, convênios e contratos assinados entre organizações e governo, questiona as autoridades responsáveis pelo repasse de verbas e pede a punição por crime de responsabilidade. Nunca a sociedade brasileira ouviu do Ministro uma condenação aos grupos de latifundiários armados no campo ou a concessão de financiamentos públicos aos grandes grupos econômicos, que tem provocado o trabalho escravo, chacinas contra populações tradicionais e crimes ambientais. Dessa forma, o senhor Ministro Gilmar Mendes, estimula o processo de criminalização dos movimentos sociais e sindicais, unindo e fortalecendo politicamente os setores que atuam no sentido contrario à consolidação de uma sociedade livre, organizada e democrática.
A luta pela reforma agrária não vai recuar diante de declarações imponderadas como esta do ministro Gilmar Mendes. Ao contrario, fortalece a luta do FNRA contra as legislações que institucionalizam a criminalização das organizações, contra as leis que impedem as legitimas ocupações e A FAVOR da emenda constitucional que limita o tamanho da propriedade rural e pela assinatura da Portaria que atualiza os índices de produtividade.
Atualmente existem cerca de 250 mil famílias de sem-terras acampadas nas beiras das estradas. Os recursos orçamentários da União destinados para a reforma agrária não dão conta desta demanda, apesar de estar comprovado que o Estado possui recursos suficientes para realizar a reforma agrária em menos de três anos. Adiar este processo significa promover e estimular a violência no campo, colocando em risco a vida de milhares de famílias brasileiras.
E lamentável quando lemos e ouvimos o Presidente do Supremo Tribunal Federal apelar para Medidas Provisórias e legislações recentes sobre a reforma agrária, quando a Constituição Federal assegura aos cidadãos e cidadãs o direito à terra aos que nela trabalham, a moradia e a uma vida digna. O papel do FNRA é exigir do Estado o efetivo cumprimento da função social da propriedade da terra, para que dela os brasileiros e brasileiras tirem seu sustento.
As lideranças dos diferentes movimentos reunidos em Salvador durante o Seminário Nacional pela Campanha do Limite da Propriedade da Terra não se sentem ameaçadas pelas palavras do Ministro Gilmar Mendes. Pelo contrario, se sentem desafiadas e estimuladas a renovar suas alianças e dar continuidade à luta histórica em nome dos companheiros e companheiras que tombaram nesta caminhada.
Pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, já!


ENTIDADES QUE COMPÕEM O FNRA:

CONTAG - MST - FETRAF Brasil - CUT - CPT - CÁRITAS BRASILEIRA - MMC - MPA - MAB - CMP - CONIC - CONDSEF - Pastorais Sociais da CNBB - MNDH - MTL - ABRA - ABONG - APR - ASPTA - ANDES - Centro de Justiça Global - CESE - CIMI - CNASI - DESER - ESPLAR - FASE - FASER - FEAB - FIAN-Brasil - FISENGE - IBASE - IBRADES - IDACO - IECLB - IFAS - INESC - MLST - PJR - REDE BRASIL sobre Instituições Financeiras Multilaterais - Rede Social de Justiça e Direitos Humanos - RENAP - SINPAF - TERRA DE DIREITOS - EMPÓRIO DO CERRADO - COIABE - ABRANDH - ABEEF - Comissão de Justiça e PAZ - Grito dos Excluídos - Jubileu Sul/Brasil - Mutirão Nacional pela Superação da Miséria e da Fome.

Para alguém...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

"O crime não compensa"!

Reminiscência de minha infância, o chavão tão repetido pela dupla dinâmica nos velhos filmes do homem-morcego bem serve para ilustrar o possível sentimento de vascaínos e torcedores do Americano após a vitória do Botafogo ontem.
De nada adiantou a ação dos chicaneiros do Fluminense no tapetão e a vergonhosa arbitragem no jogo Fluminense X Americano. O tricolor terá que buscar em campo a Taça Rio, se quiser disputar o título carioca de 2009!
Nota n'O GLOBO de hoje diz ainda que o TJD agora pode condenar o goleiro kickboxer Fernando Henrique a até 540 dias de suspensão pela agressão a Kieza, atacante do Americano.
Ah, alguém pode me informar se Thiago Neves estava em campo? Vi o jogo mas não notei a presença do "craque". De qualquer forma deve pagar o jantar para Maicosuel!
Parabéns a torcida da estrela solitária!

Viva a Academia!

E a impressão desse diletante blogueiro não estava mesmo tão dissonante da avaliação dos julgadores dos diversos quesitos. Salgueiro, Portela, Mangueira e Vila Isabel tiveram o brilho e a empolgação de seus desfiles reconhecidos e voltam ao Sambódromo Darcy Ribeiro no Sábado para o desfile das Campeãs.
De Parabéns a grande Campeã, Salgueiro! Por coincidência, tive este ano a oportunidade de ir pela primeira vez à quadra da Escola, que volta a conquistar o título depois de 16 anos. Pude sentir o calor - literalmente - e a empolgação da comunidade, mordida pelo vice de 2008. Feliz coincidência, embora por algumas tristes razões não possa no momento me arrogar "pé-quente"...
De todo modo, o "blog vermelho" saúda os tambores da Furiosa bateria.
A grande injustiça ficou por conta da queda do Império Serrano para o Grupo de Acesso. A agremiação teve seu desfile elogiado pelos comentaristas da Globo - que falam com conhecimento de causa - inclusive ao criticar outras Escolas, como por exemplo a minha Estação Primeira. Notas inferiores a 10 para "enredo" e "samba-de-enredo" demonstram ignorância e falta de conhecimento histórico por parte dos jurados convidados pela LIESA. Unidos da Tijuca, Porto da Pedra e Mocidade fizeram desfiles inferiores ao Império. Qualquer uma destas escolas poderia ter caido, menos a agremiação da Serrinha. Creio que Escolas que abrem o desfile são em geral prejudicadas. Devem sofrer com um maior rigor e não há a comparação. Uma pena.
Outra surpresa digna de nota é a qualidade dos sambas-de-enredo deste ano. Além do belo samba reeditado pelo Império, os sambas de Salgueiro, Portela, Vila Isabel e Mangueira estiveram bem acima da média dos últimos anos. Não foi à toa que levantaram a arquibancada!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Viva Darcy

Ontem no início da tarde, antes de sair rapidamente para comprar cervejas e ser gozado pelo Val - conforme já descrevi em post abaixo - parei por alguns instantes na sala de estar onde meu velho pai, minha única companhia na maior parte desse feriadão, assistia um documentário desses na TV Brasil ou Cultura - não reparei bem. Parei para ouvir o saudoso Senhor que falava no vídeo. E ele falava sobre o povo brasileiro. Adoro seu livro que leva esse título, que comprei e li logo no lançamento, à moda tiete.
Reencontrei sua visão sobre esse povo de madrugada, durante o belo desfile da Mangueira. Ainda que seja penalizada pelas falhas nas alegorias, destacadas pelos comentaristas da Globo, resultantes de seus problemas financeiros, a Estação Primeira está de parabéns pelo enredo, pela homenagem ao povo brasileiro e a Darcy. Que aliás dá nome ao Sambódromo carioca. Justas homenagens.

Belos desfiles ou A força da tradição

Jurado de Escola de samba é mais imprevisível do que árbitro de futebol. Ou nós é que ignoramos os critérios dos quesitos ao contrário das regras da board? Acho que apesar de minha aflorada rabugice, a segunda hipótese é mais provável.
Ainda assim, nós, diletantes amantes do samba e das fabulosas agremiações carnavalescas do Rio sempre ficamos insatisfeitos quendo os critérios do regulamento da LIESA contrariam nossa leiga apreciação estética, sobretudo quando esta vem acompanhada de uma apaixonada simpatia - que no Rio é quase amor.
Posso estar sendo traído por esses sentimentos - e é provável que a passionalidade aflorada tenha a ver com isso - mas creio intuitivamente que nós que passamos as últimas noites na frente da TV, e sobretudo os felizardos que estavam na Sapucaí, vimos em 2009 um dos melhores desfiles da década.
Impressionante a vitalidade com que as tradicionais Império, Portela, Salgueiro e Mangueira arrebataram a Avenida!
A luz de meu desqualificado juízo, a Escola da Serrinha retoma suas melhores tradições com um desfile enxuto e cheio de vitalidade, na difícil tarefa de abrir os desfiles. O andamento do samba clássico do enredo revisitado intuitivamente me pareceu correto, impressão avalizada pela expertisse de Dudu Nobre. Prova de que sambas bonitos e mais cadenciados ainda tem lugar no Carnaval carioca - sempre acreditei nisso.
E por falar em sambas bonitos. As lendárias Portela e Mangueira truxeram sambas empolgantes que ajudaram a trazer pra o desfile a mística dessas tradicionais campeãs. O resto ficou por conta da empolgação dos componentes e da paixão vibrante nas arquibancadas. A incógnita destes desfiles fica por conta das notas de alegoria e adereços, comprometidos pelas dificuldades financeiras das agremiações. Talvez este aspecto seja mais dramático para a verde e rosa, se considerarmos os comentários rigorosos e críticos dos comentaristas da Globo, principalmente sobre os carros alegóricos da Escola.
Fiquei emocionado ao ver na avenida a comunidade do Morro do Salgueiro. Recentemente tive a oportunidade impar de sentir a vibração dela em sua quadra. Ao ver o belo desfile da Academia do samba com toda aquela animação em plena Sapucaí, pensei em como poderia ser bom viver tal experiência. Mas na vida há alegrias das quais não somos dignos...
Gostei muito ainda dos desfiles da Imperatriz - Escola com a qual confesso tenho, ou tinha, certa implicância - e da Vila Isabel, que trouxeram também bons sambas e mexeram com os componentes e o público com referências à suas histórias e tradições.

Tríduo Momesco

Quando chegar à suas mãos a edição da Folha da Manhã com esse artigo, já não estarei mais na expectativa sobre o andamento do desfile do Império Serrano, que optou pela releitura de um de seus mais bonitos enredos neste ano. A Beija-Flor também já terá apresentado suas armas na perspectiva de manter o posto de campeã do Carnaval carioca, e você, se gosta de Carnaval como a maioria dos brasileiros, estará literalmente na metade da folia. Assim, este já é o maior desafio desse novato articulista ao longo destas semanas. Imagino que, em pleno reinado de momo, não seja pauta de seu interesse as habituais reflexões sobre política e educação a que se propõe esse espaço!
Então, arrisco inadvertidamente algumas considerações sobre a maior festa popular do país – o título da crônica é uma pérola resgatada por meu amigo Gustavo Soffiati dos antigos carnavais, que tomo a liberdade de citar. Paradoxalmente, esse pierrot apaixonado se dispõe a este exercício diletante na oportunidade ímpar em que se abstém de qualquer exposição à folia. Ainda assim, acredito que a pauta seja menos enfadonha para os que se dispuserem à leitura dessas linhas.
Na verdade, o meu retiro doméstico é a menos interessante novidade de um Carnaval que, contudo, apresenta clara singularidade. Sobretudo em Campos, onde as agremiações carnavalescas locais, inclusive as mais tradicionais – que nos últimos anos se esmeraram em homenagear na Avenida enredos que teciam loas a personagens obscuros ou que ganharam notoriedade por seus vícios e pecados – não estarão em cena. A solidariedade cristã e um convincente discurso sobre a exiguidade de recursos públicos – algo igualmente inusitado no paraíso dos royalties! – permitiram ao governo municipal convencer aos foliões pobres que ficam na cidade e mantém a tradição dos desfiles classificados como “algo horroroso” pelo antigo mandatário. Assim, fora do circuito dos trios do Farol e da opção pela vitalidade do Carnaval em São João da Barra, não há alternativa de efêmera felicidade justamente para a base eleitoral do grupo atualmente no poder. Espero que a experiência dos desfiles extemporâneos – previstos para maio – e um melhor planejamento possam fazer que o próximo Carnaval "não seja igual àquele que passou" para os foliões mais pobres.


Artigo publicado na edição de 23/02 da Folha da Manhã.

Tupinanbás e o churrasco.

Hiato bem-humorado!
Agora há pouco, durante a transmissão ao vivo do desfile da MANGUEIRA pela Rede Globo, o veterano comentarista Haroldo Costa, mostrou que seus conhecimentos históricos vão além da música popular.
Empolgado com a evolução da verde-rosa - cujo enredo este ano versa sobre a Formação do Povo brasileiro, inspirado na obra de Darcy Ribeiro - o bamba especulou que "os Tupinanbás foram os percusores do churrasco no Brasil, antes dos gaúchos"! - para a divertida reação de Dudu Nobre e Cléber Machado, bem como deste blogueiro expectador.
E proseguiu: "eles botavam os corpos dos vencidos numa grelha e ficavam lá (...) também salgavam alguns corpos pra conservar, caso o próximo embate demorasse muito (...) um churrasquinho básico rolava lá, muito antes dos gaúchos."
O comentário foi classificado por Dudu como "a melhor da noite".
À benção Haroldo Costa!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

L'aqua vita

L'aqua vita "(...)é o melhor amigo do homem. É o cachorro engarrafado."
Vinícius de Moraes

Não teve jeito!

Aqui estou quieto e isolado, longe do circuito das praias de Campos e São João da Barra desde a fatídica tarde de sábado.
Sem poder me desvencilhar de questões que estão em mim, pensei que ao menos estaria a salvo de gracejos de tricolores e botafoguenses até as cinzas, quando não há de ter mais graça tripudiar deste pobre diabo rubro-negro. Não foi bem assim. Primeiro foi o Dr. Cláudio Andrade, que me fustigou aqui na blogosfera em pleno domingo de Momo - leia aqui!
Mas o pior foi ao sair hoje, no fim da manhã, pela rua deserta, em busca de mais umas ampolas, me deparar a menos de 500 metros de casa com o gente boa Val, um simpático vizinho tricolor. Ele não teve piedade. Olhou nos meus olhos, riu e disparou... "Desculpa aí!"
Preciso de um banho de pipoca!!!

Pierrot apaixonado!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Canto de Ossanha

Na Vitrola

Hiato no silêncio, para dividir com quem interessar possa a audição. Uma jóia do Paulinho da Viola, o Príncipe do samba. Obra prima. Oportuna no tríduo momesco. Bebadosamba!

Um mestre do verso, de olhar destemido,
disse uma vez, com certa ironia :
"Se lágrima fosse de pedra
eu choraria"
Mas eu, Boca, como semrpe perdido
Bêbado de sambas e tantos sonhos
Choro a lágrima comum,
Que todos choram
Embora não tenha, nessas horas,
Saudade do passado, remorso
Ou mágoas menores
Meu choro, Boca,
Dolente, por questão de estilo,
É chula quase raiada
Solo espontâneo e rude
De um samba nunca terminado
Um rio de murmúrios da memória
De meus olhos, e quando aflora
Serve, antes de tudo,
Para aliviar o peso das palavras
Que ninguém é de pedra

Silêncio

O blog vive um inferno astral. Assim, ficaremos temporariamente "fora do ar". A princípio, até o fim do tríduo momesco. Obrigado e boa folia.

Tragédia Carnavalesca

Um penalti duvidoso. Dois cartões amarelos em 20 minutos de jogo para o mesmo jogador. Uma expulsão descabida por suposta ofensa de um jogador que estava há mais de 30 metros de S. Sa. - dá pra ouvir no Maracanã ocupado pela torcida rubro-negra ou será que o Sr. Felipe Gomes da Silva faz leitura labial pro Fantástico?
Uma expulsão - segundo amarelo - de atleta da agremiação favorecida para "compensar", um gol mal anulado, um penalti claro não marcado.
Para não ser acusado de passionalidade, fico apenas com os fatos absurdos que marcaram a partida entre o Flamengo e seu adversário em uma das semi-finais da Taça Guanabara. Em que pese mais uma atuação abaixo da média do time de Cuca - é hora de mudar - nada justifica o comportamenmto do árbitro.Josiel - a nota boa e dissonante da partida - ainda brigou e conseguiu marcar dois gols, sendo um deles equivocadamente anulado pela arbitragem. Mas isso não evitou o surpreendente desastre!

FOTO: globoesporte.com

Complô?

Especulei agora há pouco em comentário no Sociedade Blog que há uma sequencia estranha de fatos envolvendo árbitros, Tribunal e provavelmente "forças ocultas" para favorecer o Fluminense na Taça Guanabara.
Primeiro foi o Sr. Lenílton Rodrigues Gomes Júnior, que teve a desfarçatez de, em pleno Godofredo Cruz, punir com cartão amarelo a agressão - murro na cara - desferida pelo goleirinho tricolor contra o atacante Kieza, do time campista. Em caso de derrota, o timinho das Laranjeiras estaria eliminado da competição.
Depois foi a vez do Vasco ser punido com a perda de seis pontos por ter supostamente escalado de forma irregular uma atleta... em jogo que perdeu, em manobra ardilosa articulada pelos chicaneiros da banca jurídica do Fluminense.
Agora, o Sr. Felipe Gomes da Silva protagoniza as lamentáveis atitudes presenciadas na tarde de hoje!
A "próxima vítima" pode ser o Botafogo, com campanha muito superior ao adversário.
Quem viveu os anos em que a dupla Eurico e Caixa D'água comoandavam o futebol no Rio, não acredita no que sofreram Vasco, Americano... Flamengo ...
Parece que há um pacto para dar a Taça Guanabara ao Pó-de-arroz de qualquer maneira!

FORA CUCA!

Não dá mais. Tenho de dar razão a meu Padrinho Fernando. Depois de vários jogos sem conseguir impor um padrão de jogo ao time, o velho pé-frio voltou com força total em mais um Maracanazzo na tarde de ontem. A precipitada substituição de Zé Roberto pôs fim ma qualquer perspectiva de reação organizada pelo Mengão.
Torço pelo sucesso de Joel, mas ele faz falta. Ainda que não haja muitas opções, é preciso que os fanfarrões da diretoria rubro-negra tenham alguma iniciativa e busquem um novo técnico para tentar salvar o tri-campeonato!

"Trata-se de um débil mental"?

Pois é, quase que depois de longo período sou obrigado a concordar com o fanfarrão Kleber Leite - um dos responsáveis pela tragédia da tarde. Mas como me assusto com tal hipótese, prefiro considerar que o meliante Felipe Gomes da Silva - gardem o nome do ladrão - agiu mesmo por má fé!

Mera semelhança?

Alguém aí falou em "apito amigo"?

Acho que depois da partida de hoje, ninguém vai voltar com esta cantilena chorosa de que o Flamengo é favorecido por arbitragens. Façam o favor!

Registro.

Não tive ânimo para prestigiar esse ano o Boi Capeta, que considero hoje a melhor opção do carnaval de rua da cidade.
Mas tive informe de que a tradição foi mantida.
A foto - do Juarez Fernandes - é emprestada do blog do Ricardo André, que registrou o evento que abriu o tríduo momesco na cidade.