quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Aécio "pede pra sair"

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, declarou nessa tarde (17/12/2009) a sua desistência da disputa pela candidatura à presidência em 2010. Em nota oficial lida em companhia do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, Aécio tentou "explicar" de modo quase poético a sua incompetência na luta interna: não conseguir convencer seus pares de sua viabilidade político-eleitoral, apesar de sua fama de grande "aglutinador" político. Uma operação um tanto quanto capciosa e delicada, pois a fraqueza da derrota para Serra teve que servir de demostração de força regional para o projeto partidário nacional. Do ponto de vista pragmático, a maior dificuldade será traduzir esse recuo estratégico para o frustrado eleitor mineiro (o 2º colégio eleitoral do Brasil) que reconhecia em Aécio o retorno de Minas ao protagonismo do jogo político nacional. Com esse novo movimento, o jogo da sucessão presidencial fica cada vez mais o próximo do ideal lulista: um plebiscito entre os governos FHC X Lula. Com a palavra, o neto de Tancredo Neves: "O que me propunha (era) tentar oferecer (algo) novo ao nosso projeto, no entanto, estava irremediavelmente ligado ao tempo da política, que, como sabemos, tem dinâmica própria. E se não podemos controlá-lo, não podemos, tampouco, ser reféns dele. Sempre tive consciência de que uma construção com essa dimensão e complexidade não poderia ser realizada às vésperas das eleições". E ainda, "Deixo a partir deste momento a condição de pré-candidato do PSDB à Presidência da República, (...). Busco contribuir, dessa forma, para que o PSDB e nossos aliados possam, da maneira que compreenderem mais apropriada, com serenidade e sem tensões, construir o caminho que nos levará à vitória em 2010."

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