A magnitude do escândalo de corrupção do Governo do Distrito Federal (que vem desde o governo Roriz), gerenciado pelos "demos" em aliança com os tucanos, pode ser melhor caracterizada quando um dos seus protagonistas e formuladores vem a público se posicionar. César Maia sai da defensiva e faz um diagnóstico da crise e de suas implicações político-eleitorais. E além disso, traça um perfil daqueles que são seus aliados estratégicos para 2010 e promete retaliações. Com a palavra o ex-prefeito:
"Nas crises, a taxa de oportunismo cresce. Não se trata de caráter, mas da 'dificuldade de se projetar cenários' e da sensação que o cenário de hoje será o mesmo de amanhã. Por isso mesmo os políticos deveriam se concentrar nessas projeções. Antecipar a luta pelo poder nos partidos, ou aproveitar os fatos para fortalecer setores nos partidos contra outros, é, no mínimo, imprudência, pois com o jogo aberto fica mais fácil identificar os atores. E nada ficará sem troco. (...)
A conclusão clara é que o ano de 2010 abre contra a oposição e a favor da do governo. Isso exige que se gaste menos tempo com notinhas e vazamentos e muito mais com talento e esforço para se avaliar de que forma se minimiza o impacto ou mesmo se o reverte. Lembre-se sempre que Brasília, se não tem força eleitoral, tem todo tipo de interação política nos estados. O leque multipartidário das imagens mostradas, e a acomodação do PT, mostram que além das cenas de escândalos explícitos, fluxos menos visíveis hoje podem surgir amanhã."
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