segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Gestão Democrática nas Escolas

Uma das maiores expectativas das professoras da rede municipal de Educação com o governo Rosinha está em cheque. É que perdido entre diversos outros itens dispostos na seção de seu programa de governo dedicado à área estava lá: “estabelecimento de critérios seletivos para a escolha das direções das escolas”. O cuidado que certamente envolveu a redação e o copy desk do documento pode ter destacado neste ponto uma nuance capciosa que não iludiu este articulista, ou não. Particularmente, não interpretei a frase como um compromisso – aliás, cobrado pelo SEPE Campos em documento encaminhado a todos os candidatos(as) à Prefeitura em agosto – com a gestão democrática nas escolas da rede. Mas o item foi assim compreendido pela maioria.
Paira sobre a Prefeita a acusação de ter patrocinado durante seu governo no Estado uma consulta proposta pelo PSC (Partido Social Cristão) ao STF, sobre a constitucionalidade de uma Lei do atual Ministro do Meio-Ambiente, Deputado Estadual Carlos Minc, que obrigava a eleição dos diretores(as) em escolas públicas no RJ, o que resultou numa sentença que proclamou a inconstitucionalidade da Lei e desobrigou o Estado do procedimento por ela determinado. A Governadora até promoveu à época uma consulta às comunidades, que indicava uma lista tríplice para sua apreciação e posterior nomeação. Nem sempre o(a) mais votado(a) era o escolhido de Rosinha!
Podemos dizer então que esta prática democrática não tem tradição nas gestões da família. Mas isso não nos intimida em pugnar por ela. Esta é, a propósito, uma das reivindicações mais antigas do SEPE em toda nossa base de atuação. Em Campos, na última vez em que se estabeleceu um grupo de trabalho com tal objetivo neste município a Secretária de Educação era Maria Auxiliadora Freitas. De volta ao cargo, ela admitiu ao microfone da rádio continental há algumas semanas estabelecer o procedimento ao longo da gestão, descartando, contudo tal medida neste ano. Para insistir na defesa desta bandeira, formou-se desde janeiro, sob a liderança da Professora Hilda Helena, na blogosfera campista uma rede que deve repercutir a reivindicação por “Diretas Já” nas escolas municipais. Essa luta está apenas começando. Voltaremos ao assunto!


Artigo publicado na edição de hoje da Folha da Manhã.

3 comentários:

Hilda Helena Raymundo Dias disse...

Parabéns para você e para o SEPE!Assim eu o admiro mais ainda !

Você é professor e não desiste mesmo!!!Sempre com seu jeitinho se posiciona muito bem !!!

Aproveito o espaço e a postagem para cobrar uma postura de militante dos professores!O SEPE já vem demonstrando que se interessa pela classe e a hora é essa!!!!

Estamos na luta!!!!!

Anônimo disse...

Oi, Fábio!
Parabéns pelo esclarecimento. Que bom existir sindicalistas como você que provam que o SEPE, que por tantas outras siglas já respondeu, é um sindicato digno e representa os anseios da nossa categoria. Pessoas com objetivos comuns e diferentes existem em qualquer lugar. Uma diretoria não resolve todos os problemas de sua classe. Quem determina as prioridades das reinvidicações e suas formas de intervenção é a categoria que, devidamente
comunicada e informada, é quem determina e conduz os trabalhos. Democraticamente!!!
Acorda CATEGORIA!!!!!!!!!!
Abraços,
Norma

Renato disse...

Pingo nos ís!
Assim interpreto o texto acima da professora Norma.A responsabilidade do sindicato é se colocar a disposição da categoria e promover a luta por suas demandas quando estas são apresentadas.
Na questão da gestão democrática e por tabela da eleição para diretores,é preciso que o conjunto dos profissionais da educação do município reconheça essa reivindicação como necessária e se some nesta luta.Na história da educação do município como em todo o Brasil,nunca aconteceu de conquista sem mobilização,portanto vamos a luta!
Um abraço,Renato Gonçalves.