O Prefeito em exercício Roberto Henriques voltou da estrada, quando se dirigia ao Rio para Audiência com o Governador Sérgio Cabral. Bem ao seu estilo, priorizou estar a postos frente aos problemas que o temporal da madrugada causou ao município. Engraçado é que a caminho do trabalho, comentava com o taxista que tinha certeza que o Prefeito passaria o dia de hoje cobrando de seus auxiliares e secretários providências imediatas com relação ao contexto. O Wellington ponderou que havia ouvido uma entrevista dele no rádio, onde ele dizia estar se dirigindo à capital para o encontro com o Governador. Aí me lembrei da agenda e disse brincando: "Os secretários se livraram de uma, se não iam trabalhar hoje mais que o normal!"
Agora há pouco, ao acessar a rede, li no indispensável blog do Roberto Moraes a informação de que, fiel ao seu perfil, frente a algumas informações, RH deu meia volta e tornou a Campos, adiando o encontro com Sérgio Cabral, que pode ser fundamental para a sua sucessão.
Já comentei aqui observações sobre a deselegante conduta do PMDB campista com o Prefeito, seu filiado, e sobre as indefinidas relações entre esse e o Presidente Estadual da legenda, mas acho que Roberto Henriques ainda não tem definida a forma de sua participação nas eleições de outubro.
Com sua habitual coerência, o craque Ricardo André escreveu há algumas semanas artigo onde defendia a não-participação de RH na sua sucessão. Mas o alinhamento com outro candidato(a) apresentado por seu partido pode ser ainda pior para Campos.
Sem dúvida, Roberto tem mais independência do que os outros nomes lançados pelo PMDB, e pode representar a possibilidade de ruptura com os métodos administrativos que caracterizam a Prefeitura local há 20 anos. Nenhum dos outros peemedebistas colocados no páreo podem simbolizar isso ou manter-se independentes do ex-Governador. A hipótese dele próprio ser candidato e o desafio lançado pelo Deputado Arnaldo Vianna (PDT) no sentido da disputa entre ambos, soa o mais deja vú possível.
Há nesse momento um sentimento na sociedade campista que vai em outra direção. No sentido do novo. Por meio de uma frente que pudesse aglutinar partidos e atores sociais em torno de uma efetiva alternativa de ruptura. Capaz de inaugurar um novo tempo na política local. Um novo modelo de gestão caracterizado pelo planejamento, pela ética, pela eficiência nas políticas públicas e pela participação popular.
A única forma possível de o PMDB se inserir nessa onda é sob a liderança de Roberto Henriques. Garotinho, por mais que insista em desempenhar o papel de crítico do modelo apodrecido está irremediavelmente associado ao mesmo. E essa identificação é feita pela sociedade, em todos os seus segmentos.
Se mantiver sua independência, governar de forma inovadora e atrair seu partido para a alternativa representada por sua própria candidatura, RH pode simbolizar o forte sentimento difuso que clama pelo novo. Ou, do contrário, permitir que o PMDB represente apenas uma variável de mais do mesmo.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
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3 comentários:
É por demais interessante Vosso raciocínio, ó amado mestre, mas por acaso não estaria o nobre mestre querendo reeditar o "Sou PT voto Feijó", mas dessa vez com um novo slogam, "Sou PT mas voto Roberto Henriques" ou, como os de Niterói, "Sou PT mas voto Jorge Roberto", .....cuidado que essa mosa pega, dqui a pouco sugirá também "Sou PT voto Crivella".
Quanta leviandade ó querido "anônimo"!
Este blog de opinião não está submetido à opção do militante, pode especular outros cenários. Ademais, não declarei voto algum, até porque não há candidatos ainda definidos. Tenho defendido a candidatura própria petista há alguns meses. Mas até o governo anterior cair de podre, a maioria do Diretório campista do partido preferia o "Sou PT voto Mocaiber".
O partido ainda não definiu se lançará de fato um candidato, o Diretório aprovou a postergação da decisão. Mas há os que preferem o "Sou PT voto Arnaldo"!
Como pode ver a questão é complexa.
Quanto ao Crivella, não temos afinidades políticas. Mas ninguém pode negar que ele tem sido um aliado leal ao governo LULA. E agora, tenta na CAE do Senado desfazer os malefícios que a dupla de ex-Prefeitos cujo PT de Campos cogita - ou cogitou - apoiar causou à imagem da gestão dos royalties neste município.
Na guerra do preto com o branco, quem usa cinza corre o risco de receber fogo dos dois lados.
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