segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Cara de Pau!!

Minha falecida Vó costumava criticar quem falava do problema alheio sem atentar para suas próprias falhas. Usava uma antiga expressão popular: "É o roto falando do esfarrapado!"
Me lembrei disso ao ler o seguinte texto, postado sábado no Blog do Garotinho.


Educação no Rio na berlinda
As críticas formuladas pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, ao fato de o governo do estado ter revogado a decisão de criar regras para que a comunidade escolar possa fazer a escolha de diretores de escolas são somente a ponta do iceberg da crise que marcou o ano de 2007 na educação do Rio. Além de ter abandonado o programa Nova Escola, que estabelecia critérios claros para premiar os melhores profissionais de educação, o governador Sérgio Cabral se revelou incapaz de solucionar os problemas do setor.

As dificuldades começaram no início do ano com a falta de professores, o que fez com que milhares de alunos ficassem sem aulas durante boa parte do primeiro semestre. Muitos educadores preferiram pedir licença sem vencimentos em busca de melhores salários nas escolas da rede particular. Para agravar ainda mais a situação, a proposta de orçamento para 2008 que Cabral encaminhou à Assembléia Legislativa não contemplou a classe com a destinação de recursos para o reajuste salarial exigido pelos educadores.

O programa Nova Escola, criado por mim para premiar os profissionais que se destacavam em suas respectivas áreas, foi abandonado por simples picuinha política. Ele garantia aos profesores uma gratificação extra por produtividade. O ministro foi incisivo nas suas conclusões porque o modelo de gestão na educação empregado hoje no Rio está aquém de estados como Minas e São Paulo. “O Rio ainda não tem padrão. Há muitos modelos. Não cabe ao MEC impor, mas alimentar a discussão”, disse Haddad, sem querer polemizar.


P.S.: Minha saudosa Vó era, em seus últimos meses de vida, uma crítica ferrenha de Garotinho. Ela assinaria embaixo esse post!

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