O lacaio Uribe e seus tietes brasileiros.

A geopolítica sul-americana vive momento de instabilidade nestes dias em função da inaceitável ação militar colombiana em território equatoriano, desrespeitando a soberania do país vizinho. Tal ação é tutelada e estimulada pelo governo norte-americano que insiste em orientar seu vassalo sul-americano no sentido das ações hostis e arrogantes que caracterizam seus movimentos contra Estados que desagradam seus interesses políticos e econômicos hegemônicos.
Aqui, ouve-se no Congresso e na mídia manifestações do PSDB, do DEM e do PIG em defesa da ação do governo colombiano. Um certo Senador provecto, tipo afeito a conquistas amorosas, usou da palavra ontem na Sessão para cobrar do Itamaraty posição contra os "terroristas" colombianos. Ora, melhor que fosse atrás de ninfetas e nos poupasse de tão inconveniente bravata!
Esses senhores, que no Congresso e nos periódicos trombeteam contra uma hipótese delirante, alimentada e temida por eles, com relação a um terceiro mandato de LULA, ao defender Uribe e sua descabida aventura militar alimentam o projeto desse no sentido de buscar um terceiro mandato. Pois sim, analistas mais isentos e equilibrados, como o cientista político Bruno Lima Rocha - em artigo no insuspeito blog de Noblat - e o colombiano Décio Machado - em texto disponível no sítio da Agência Carta Maior - apontam para seu interesse em pavimentar esse caminho, se possível sem a ameaça que a libertação de Ingrid Betancourt poderia representar nesse sentido.
Ou seja, o que é considerado um despautério no Brasil - e, de fato não é desejável - e na Venezuela, é apoiado no caso Colombiano. Assim, como o comportamento democrático e a diplomacia não são características de Uribe, o aliado de Tio Sam, a coerência não é o forte de seus tietes e aliados tupiniquins.