O Jornal Nacional de hoje manteve o foco na questão das passagens aéreas pagas pelo Congresso para terceiros, nas cotas dos parlamentares. Longe deste blogueiro defender a atitude aparentemente da maior parte dos parlamentares. A indignada reação popular espontânea é justa e absolutamente respeitável.
Contudo, a ironia e a insistência da Rede Globo na pauta é questionável. Hoje o Senhor Bonner - aquele para quem somos todos uns Hommer Simpsons - editou uma matéria bem ao estilo de um outro verme das redações da emissora, Alexandre Garcia. Nela, iniciativas secundárias e sem importância, mas também sem dolo e até justas em alguns casos, oriundas do Congresso foram ridicularizadas e sua rápida e eficiente aprovação contraposta ao "escândalo" da hora.
Tudo Ok, se a denunciante fosse imaculada no que se refere à utilização de verbas públicas para favorecimento privado - ou direcionado a empresas "amigas".
O Senhor Bonner, o senhor Garcia - saudoso dos tempos de ditadura e empenhado há anos na crítica às instituioções democráticas - e outros responsáveis pela programação da vestal platinada, mantêm o pacto de silêncio sobre vultosas quantias de dinheiro público aplicadas pelo BNDES para salvar a produção de programas para TV fechada, pelas organizações Globo.
Não vamos nem questionar valores para não retirar o debate do âmbito do mérito da questão. Mas será que o favorecimento a parlamentares por meio de passagens aéreas ofende mais á nação do que o financiamento público do monopólio da TV fechada, que atinge modesta parcela do universo de telespctadores e é uma das mais caras do mundo?
É inegável o comprometimento ético de muitos "nobres" deputados. Mas seria a TV dos Marinho o algoz mais credenciado para promover tais questionamentos?
sexta-feira, 24 de abril de 2009
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