Nosso colaborador Gustavo Carvalho de Lemos, direto da terra de Araribóia, informa que o evento em torno da pré-candidatura de Lindberg Farias ao governo do estado ontem no Clube dos Portuários, no Rio, foi um sucesso.
Reuniu mais de 4 mil pessoas e exibiu o apoio de políticos de peso no PT - como Godofredo Pinto, o Dep. Fed. Chico D'Angelo e Vladimir Palmeira - e em partidos aliados - como os pedetistas Carlos Lupi, Ministro do trabalho, e os Deputados estaduais Paulo Ramos e Wagner Montes, este último, também apontado como forte candidato ao cargo pelas pesquisas, fez discurso empolgado em defesa da candidatura do Prefeito petista de Nova Iguaçu e se dispôs a compor sua chapa como vice. Também merece destaque a participação do Dep. Manoel Ferreira (PTB-RJ), Bispo da Assembléia de Deus.
Não ficaram também sem resposta as declarações do Presidente do Diretório Regional do PT Alberto Cantalice - que age mais como um assessor de Sérgio Cabral que como dirigente de um partido da grandeza do PT - na edição de ontem de O GLOBO. Em seu discurso, Vlamidir Palmeira disse que "o ato realmente tinha como característica o 'voluntarismo' de quem tem a paixão pela política".
domingo, 7 de junho de 2009
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8 comentários:
Presidente da BR é indicado para a presidência do PT
CATIA SEABRA
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
Folha de S.Paulo
Ao ser lançado ontem candidato à presidência do PT pela maior corrente do partido --a Construindo um Novo Brasil-- o presidente da BR Distribuidora, José Eduardo Dutra, deixou evidente qual será uma de suas principais missões se for eleito: subordinar o partido nos Estados à costura de uma aliança em torno da candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Planalto.
Após a reunião, Dutra reproduziu o discurso recorrente nos dois dias do encontro: "a lógica nos Estados não pode se sobrepor à aliança nacional".
"O foco do PT é garantir o terceiro mandato com a Dilma. E, para isso, são necessárias as alianças", disse Dutra, que presidiu a Petrobras entre 2003 e 2005, quando Dilma era ministra de Minas e Energia.
Tanto Dutra como o atual presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), defendem a construção de amplo arco de apoio a Dilma, ainda que o PT seja sacrificado nos Estados. Um caso concreto é o Rio de Janeiro. Ambos afirmam que lá o partido deve manter o acordo com o PMDB.
O nome de Dutra nasceu como alternativa ao do chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho. Lançado por boa parte do PT, Carvalho contaria com a adesão de pelo menos três outras correntes do PT, como a Mensagem, do ministro Tarso Genro (Justiça).
A disputa interna é vista como inevitável. Mesmo na CNB, a avaliação é que Dutra não tem tanta musculatura e, por isso, pode enfrentar um candidato da Mensagem na eleição. Por isso, a CNB apresentou sua pré-candidatura às demais alas, em vez de lançá-lo de uma vez.
A intenção é também submetê-lo às bases da CNB, já que até sexta-feira Carvalho era o candidato da corrente. Apesar do gesto, Berzoini considera difícil uma substituição.
A essa altura, o único candidato declarado é o governador Sergio Cabral. Lindberg se apresenta como pré-candidato, mas se não alcançar pelo menos 15% difícilmente conseguirá legenda para concorrer.
Caso o prefeito de Nova Iguaçu fique fora da disputa, Cabral poderá se beneficiar do apoio de Lula.
Desde o dia 19 de maio, cerca de 300 famílias sem-teto estão acampadas em um gigantesco terreno da União na cidade de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. A área estava cedida a uma empresa de aviação, numa região conhecida na cidade como “aeroclube”, abandonada há vários anos. A ocupação é composta por várias famílias, na sua maioria de desempregados e trabalhadores rurais sem-terra que se organizaram e lutam por um pedaço de terra.
No dia 15 de junho, o prefeito Lindberg Farias (PT) ordenou à guarda municipal, com o auxílio da Polícia Militar, a expulsão dos trabalhadores. A ordem fui cumprida. No entanto, segundo denúncia das famílias sem teto, além de atacar e expulsar os trabalhadores no meio da noite, as forças repressivas queimaram todos os barracos e “apreenderam” os bens dos trabalhadores.
Após isso, as famílias decidiram acampar em frente à prefeitura, onde permanecem desde o dia 19 de junho. Segundo denúncia, os trabalhadores vêm sendo ameaçados e reprimidos a todo tempo pela PM, a mando do prefeito.
Esses companheiros já têm o apoio da Conlutas através dos comerciários de Nova Iguaçu, que aprovaram uma moção de apoio na última assembléia do sindicato, e do PSTU. Eles precisam agora da solidariedade e de moções de apoio do conjunto do movimento social. Há poucos dias houve um ato dos professores municipais de Nova Iguaçu, que manifestaram seu apoio à luta das famílias sem teto, contra os abusos repressores da prefeitura petista do ex-esquerdista Lindberg.
Ao anônimo das 12:49, que postou citação da Folha de São Paulo:
O blog não desconhece as intenções do CNB, expressas na matéria, contudo, desconfiamos do seguinte trecho:"(...) Um caso concreto é o Rio de Janeiro. Ambos afirmam que lá o partido deve manter o acordo com o PMDB."
Se fosse exatamente assim, a operação para abençoar a entrada de Garotinho no PR, afastando-o do ninho tucano não teria sido bem sucedida...
No Rio, ao contrário do que sugere a "Folha de SP" e vc endossa a perspectiva eleitoral de Cabral não é nada animadora. As performances de Garotinho e Gabeira - este último aliado ao PSDB - nas pesquisas ameaçam o sucesso da reeleição do inepto governador.
Em algum momento, a ascensão de Lindberg pode passar a interessar à Direção Nacional do PT.
Vale lembrar que, se "Cabral poderá se beneficiar do apoio de Lula", Serra também poderá se beneficiar da inanição de popularidade do governador, que se for palanque exclusivo pode prejudicar o desempenho de Dilma, ampliando a quase nula rejeição à ministra.
Já o comentário do anônimo das 12:48, aparentemente uma denúncia do PSTU/Conlutas, pela data parece se referir a um fato muito "atual", ocorrido no mínimo a quase um ano...
Não tem pra ninguem é Garotinho Governador.
Alguém está sendo enganado!
Informe do DIA:
Cabral fecha com o PT
POR FERNANDO MOLICA,
RIO DE JANEIRO
Rio - O acordo entre Sérgio Cabral e Lindberg Farias foi praticamente sacramentado na noite desta quinta-feira em reunião no Palácio Laranjeiras. Do encontro também participaram o ministro Carlos Minc, nove dos dez prefeitos do PT no Estado, a direção regional e o líder do partido na Alerj, Rodrigo Neves.
Depois de ser muito elogiado pelo governador, o prefeito de Nova Iguaçu disse que não seria obstáculo a uma aliança nacional entre o PT e o PMDB. Na prática, Lindberg admitia que abriria mão de sua candidatura ao governo para tentar o Senado.
Sobrou para a Bené
O governador se comprometeu a ser mais generoso com as prefeituras petistas no Estado. O acordo praticamente acaba com as chances de Benedita da Silva tentar voltar ao Senado. Presente à reunião, ela teve que se contentar com uns poucos elogios de Cabral.
Sem anonimato: o que impressiona nesse encontro em torno da pré-candidatura de Lindberg é o arco de alianças.
Carlos Lupi?
Paulo Ramos?
Wagner Montes?
"Também merece destaque a participação do Dep. Manoel Ferreira (PTB-RJ), Bispo da Assembléia de Deus"??? Se é que vale apresentar outras credenciais do dito cujo: candidato a senador com propaganda nessas plagas voltada à sua suplente, a ex-primeira dama Ilsan Vianna.
Foi em ordem do pior para o péssimo? Será que dá para piorar um pouquinho mais?
Vale tudo? Todos contra Cabral? Ou contra o PT mesmo?
Caro Anônimo(a) das 07:46,
Talvez Cabral esteja querendo se enganar!
"(...)Lindberg admitia que abriria mão de sua candidatura ao governo para tentar o Senado."
Pois bem, segundo o Prefeito de Nova Iguaçu, que compareceu a tal encontro em deferência aos companheiros prefeitos petistas, em nehum momento ele disse que retiraria a pré-candidatura que, insisto, não é necessariamente obstáculo a um entendimento nacional com o PMDB. Assim como as afrontas de Geddel a Jaques Wagner na Bahia também não são assim consideradas pelo PMDB.
E mais, na saída do encontro Lindberg reafirmou sua pré-candidatura, mas isso provavelmente o governador e o jornalista de O DIA não quiseram ouvir e registrar.
Caríssimo Gustavo,
Não há como satanizar Lupi, Paulo Ramos, Wagner Montes e Manoel Ferreira numa comparação com Cabral. Hoje, para a população fluminense o ônus do desgoverno Cabral é muito pior do que qualquer acusação que vc possa fazer ao Ministro e aos parlamentares citados.
Ademais, o sentido da citação dos mesmos foi enfatizar que Lindberg tem apoio eleitoral para além do PT, o que revela que a viabilidade eleitoral de Cabral faz água.
Mas para não fugir da sua provocação, em que ter Ilsan como sua suplente desbona a conduta do Bispo da Assembléia de Deus? Numa candidatura a Senado são acordos costurados por direções partidárias. Admito que é uma companhia indesejável, rs,rs,rs,rs... mas o pastor não pode ser acusado pelos desmandos da ex-primeira dama na Prefeitura local!
Sei dos seus questionamentos corporativos ao Paulo Ramos. Mas numa análise mais ampla ele está longe de ser o que há de pior na ALERJ. Quanto a Wagner Montes, a despeito de seu perfil polêmico, também desconheço algum reparo incontornável a sua conduta!
O mais importante é que, independente das adesões e apoios que venha a atrair, a candidatura de Lindberg vai apresentar programa e propostas do PT, comprometidas com a possibilidade real de mudança em relação a inépcia apresentada pelo PMDB no governo do Estado há mais de 10 anos!
Abraço.
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