Ainda sobre as eleições no SEPE, cabe aqui um comentário esclarecendo a quem interessar possa.
Inicialmente, devo deixar claro que o título do post não é uma referência a preferência clubística de um grande amigo que compôs a chapa 4 e deve acrescentar muito à próxima gestão do SEPE Campos. É sim uma resposta as pitangas que outra amiga da mesma chapa anda chorando nesta blogosfera.
Fico à cavaleira, pois não disputei o pleito e não estarei compondo a próxima gestão. Contudo, não dá para deixar passar em branco algumas afirmações, sobre as quais seguem alguns esclarecimentos:
1- Como membro da comissão eleitoral local posso afirmar que os atrasos no início da votação nos dois primeiros dias do pleito foram sim de responsabilidade da Chapa 3 que concorria ao SEPE/RJ, mas não exclusiva. A confusão se deu também porque a comissão eleitoral estadual - com representação de todas as chapas, inclusive da chapa 4 - mudou as regras do jogo às 19:00 da segunda-feira (15/06), véspera da eleição, incluindo as chapas locais na indicação de mesários, sem explicitar as consequencias que isso teria em casos como o de Campos, onde grupos de uma mesma chapa central se dividiam em diversas chapas locais. Isto foi fundamental para o impasse. A CEE, instada por mim, ainda bateu cabeça por horas até encaminhar resolução para o conflito. Vale ainda destacar que não há como atribuir a uma das cinco chapas locais maior ou menor prejuízo pelo atraso. A lógica diz que o prejuízo deve ser dividido proporcionalmente por todos. Talvez a chapa mais votada tenha sido até a mais prejudicada, já que corre risco de perder uma vaga na direção - não tenho ainda os números definitivos - por ínfima fração, ou seja, por poucos votos;
2- Também repilo - e aqui falo por mim - as afirmações de que a atual gestão não saiu do "imobilismo" ou não apresentou "trabalho efetivamente realizado". Respeito as críticas, mas creio que estas também devam se pautar pelo respeito. Algumas conquistas locais - como a retomada das negociações com o governo municipal e a prometida equiparação entre as pedagogas e demais especialistas do quadro da SMEC - bem como a luta pela gestão democrática das escolas da rede municipal foram deslanchadas pelos setores cutistas do SEPE Campos. Mais - como por exemplo a aquisição de um carro para viabilizar a corrida às 500 escolas em nossa base - poderia ser feito, se os setores hegemônicos no SEPE-RJ não mantivessem congelado o repasse de parte das contribuições dos filiados ao núcleo. A companheira admite em seu post que hoje temos nessa base cerca de 4000 filiados. Mas o repasse ainda é feito com base no cálculo de quando eram apenas cerca de 1500.
Já na rede estadual, sob responsabilidade majoritária de setores ligados às chapas 1 e 4, a inépcia deu o tom das relações com o Governo de Cabral;
3- Quanto à estrutura de campanha de cada chapa, prefiro não julgar nenhuma delas, pois certamente cada qual se esforçou dentro de suas possibilidades para maximizar os meios de acesso aos eleitores. Talvez, se me faltasse a serenidade que advém do fato de não estar diretamente envolvido na disputa, eu fosse passional, e fizesse insinuações sobre possível reinvestimento de recursos que "desapareceram" na contabilidade do SEPE-RJ na campanha das chapas ligadas à maioria do SEPE central, mas prefiro não fazê-lo;
4- Por fim acho realmente que deve prevalecer o respeito à categoria. Contudo, não me parece muito respeitoso afirmar que a mesma "foi ludibriada por uma boa lábia" ou ainda "simplesmete se deixa levar por falsas promessas".
Parece que a frustração de expectativas empanaram um pouco o brilho das palavras.
Viva a democracia!
ATUALIZADO às 16:25.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Tentei postar no blog da professora Graciete, mas não consegui...
Achei um tanto desrespeitoso quando a prof. se refere a performance que teve a chapa 5 em Campos, não só com candidatos (as) mas principalmente com a maioria da categoria que consciente e democraticamente, optou por uma proposta principalmente de manutenção de algumas refências que são fundamentais e vitais para a vida do SEPE.
Se foi utilizado os mecanismos mencionados pela colega professora, significa que o grupo tem trabalho acumulado ao longo da existência desse sindicato, vide a quantidade de votos obtidos. Dizer que a categoria "foi ludibriada" é um desrespeito com uma parcela significatica dos (as) votantes!!!
Ou a Srª, professora Graciete, se esqueceu que está lidando com a categoria de profissionais educadores (as), que temos como objetivos justamente combater tais práticas muito comum usada por políticos "eleitoreiros"? Quem vem desqualificando, nos últimos anos, este Sindicato é o seu grupo, que com hegemonia no Sepe Rio tem construído uma política que desagrega e afasta a base das decisões e outras coisitas mais...
Não podemos perder os princípios norteadores da nossa luta companheira!
Perdoe-me professor Fábio,por utilizar o seu espaço, mas é que como disse no começo, não consegui fazê-lo no blog da professora, que postou comentários que fe, parabéns pelo esclarecimento em sua postagem e pelo desenpenho e do grupo na condução do pleito em Campos.
Obrigada e abraços.
Postar um comentário