Quis uma oportuna ironia do destino que, no mesmo dia em que o PSDB fez circular em rede nacional um ridículo spot de publicidade partidária gratuita em que requenta "denúncias" de quatro anos atrás, relacionando-as ao PT e classificando-as como "vergonha", dois fatos marcantes ocorressem como contundente resposta ao pueril ataque.
Nova pesquisa de opinião revela que a popularidade de LULA continua a subir, reflexo que para a maioria da população a associação da crise a uma "marolinha" - também explorada pelo ridículo institucional - não é na prática tão infeliz assim.
O outro fato, grave e infeliz, se refere à ação da PM paulista - sob o comando de José Serra, principal pré-candidato tucano à sucessão de LULA - contra estudantes e trabalhadores grevistas na USP (veja foto abaixo).É bom lembrar que nem na ditadura a polícia costumava protagonizar dentro da Universidade ação tão violenta e acintosa contra a comunidade acadêmica quanto a observada ontem, autorizada pelo partido da "seriedade". Segundo a Rede Record, a presença da PM no campus no momento do conflito contrariava acordo do vice-reitor com os grevistas.
Enquanto o governo LULA é o governo do Pró-Uni, do Reuni, da expansão da rede de ensino técnico e tecnológico (IFs), dos reajustes aos sevidores da Educação, enfim do investimento no setor, o governo de Serra e de Paulo Renato - ex-ministro de FFHH - é o governo dos contratos temporários na educação básica, da intransigência e da porrada em estudantes e trabalhadores em greve.
FOTO: Daniel Haidar (G1)
quarta-feira, 10 de junho de 2009
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5 comentários:
10/06/2009 - 19h32
Alunos e professores da Unicamp iniciam greve nesta quarta-feira
Após assembleias realizadas nesta quarta-feira (10), estudantes e docentes da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) aderiram à greve de funcionários das três universidades paulistas (USP, Unesp e Unicamp). As duas categorias decidiram entrar no movimento em repúdio ao confronto ocorrido entre policiais e manifestantes no campus da USP (Universidade de São Paulo) na última terça-feira (9).
Na assembleia da Adunicamp (Associação dos docentes da Unicamp), cerca de 70 docentes aprovaram a adesão. Após a reunião, uma comissão de docentes se reuniu com o reitor Fernando Costa para entregar moção de repúdio à violência na USP e pedido de reabertura das negociações com o Fórum das Seis (entidade que reúne sindicatos das três universidades). Ao todo, a instituição tem 2.726 docentes.
Principal líder de protestos da USP foi demitido por justa causa em dezembro passado
Um homem apontado como o principal líder da greve dos funcionários e professores da USP não trabalha na universidade desde o ano passado, quando foi demitido. Técnico em ar-condicionado, Claudionor Brandão é diretor de formação política do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) e, em cima de um caminhão de som, foi um dos manifestantes que comandou o protesto ocorrido na terça-feira, que terminou em confronto com a PM. Balas de borracha e gás pimenta foram usados para dispersar os manifestantes . Nesta quarta, o governador de São Paulo, José Serra, afirmou que a PM não exagerou .
Antes da pancadaria, manifestantes, entre eles Claudionor, jogaram flores nos policiais. Diziam que o protesto era pacífico. Até o coronel Cláudio Miguel Marques Longo, que comandava a operação da PM, pegou uma.
A prisão de Claudionor durante o movimento - junto com mais um professor e um estudante - mostra seu poder de atuação diante dos trabalhadores. Inclusive, na pauta de reivindicações do Sintusp, um dos itens é sua readmissão.
Brandão foi dispensado em dezembro do ano passado. A justificativa da Reitoria é o cumprimento de um processo administrativo finalizado em 2005, que determinou sua demissão por justa causa.
- Foi perseguição política, e não falha profissional. Sou sindicalizado e dirigi uma greve em 2005, que foi o estopim para me mandarem embora - diz o ex-funcionário, que trabalhou na USP por 21 anos.
A presença de Claudionor no movimento de greve foi repudiada pela Reitoria, e provocou o adiamento das negociações entre o Conselho de Reitores da USP, servidores e docentes. No dia 25 de maio, o sindicalista tentou participar de uma reunião de negociação. A Reitoria foi contra e impediu sua entrada. Com isso, os servidores protestaram e as conversações não aconteceram. No mesmo dia, os universitários que apoiavam o movimento ocuparam o prédio da reitoria, que, segundo divulgou, teve prejuízos na ordem de R$ 10 mil com a invasão.
Depois, na tentativa de desocupar o prédio da reitoria e liberar o acesso para os funcionários que queriam trabalhar, a reitora Suely Vilela obteve na Justiça um mandado de reintegração de posse. A PM foi chamada para ocupar o campus.
Taí a velha e boa criminalização da atividade sindical. Parece que qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer qualquer tentativa, que pareça, fácil e rápida para tornar o estado de São Paulo minimamente democrático passa por tirar tucanos-pefelistas-ex-comunistas do governo daí. Líder sindical demitido depois de liderar greve cheira mal com ou sem processo administrativo. Polícia que devolve sequestrado ao sequestrador e baixa o pau em professores, estudantes e funcionários no campus: o Haiti é aí!
Ainda bem que no Estado do Rio de Janeiro nunca houve uma Governadora que tenha agido da mesma maneira: ordena bater em professores.
Fábio, porque o Jornal Nacional nada falou sobre este fato?
Pois é caro(a) comentarista das 10:06! Coisas do PIG.
A cobertura da Record foi satisfatória e correta.
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