O mês de julho promete boas oportunidades para avançar nos debates sobre uma educação pública de qualidade em Campos. Apesar dos lamentáveis índices registrados nos indicadores mais recentes sobre a rede pública local, e do quadro dramático que os atuais gestores da SMEC admitem ter encontrado nesta secretaria, teremos nos próximos dias 16 e 17 do corrente uma Conferência Municipal de Educação que pode pautar ações fundamentais para reverter o cenário e elevar a educação como prioridade nas políticas públicas do município.
Antes disso, na próxima quinta-feira, às quinze horas, a Comissão de Educação da Câmara Municipal promove audiência pública sobre uma das principais iniciativas neste sentido, a eleição dos diretores das escolas públicas. A discussão do tema foi promovida por projeto de Lei do Vereador Renato Barbosa (PT), que recolocou na ordem do dia a questão da gestão democrática das escolas da rede municipal, algo que já foi uma realidade em nossa cidade. O SEPE Campos, entusiasmado com o debate instalado no Legislativo, a partir de decisão de Assembleia da categoria, solicitou à referida Comissão a audiência que ora se realizará. A expectativa é a melhor possível, na medida em que vários vereadores – em que pese aparente contradição frente à tradição de parlamentares indicarem gestores para as escolas da rede municipal, muitas vezes sem qualquer preparo ou envolvimento com a comunidade – já se manifestaram publicamente sensíveis ao debate. Convocamos as comunidades escolares interessadas, inclusive os pais de alunos, a comparecerem às galerias da Casa do povo a fim de formar opinião e discutir tema tão relevante para a melhoria do quadro da educação em Campos.
É importante, contudo, que fique claro que nossa preocupação não se restringe a aspectos corporativos. Conforme salientamos nesta semana para a Secretária Auxiliadora Freitas, em outra entusiasmada defesa do método democrático na indicação de gestores das unidades, defendemos um processo transparente e que seja construído de forma serena, responsável e pautado em compromissos. Ninguém melhor que as comunidades, sobretudo os que dependem das políticas e equipamentos públicos, para cobrar eficiência na gestão, bem como para apoiar os representantes de suas expectativas nas cobranças relativas às condições estruturais e de recursos humanos que o Executivo deve garantir para o bom desenvolvimento do projeto político-pedagógico das escolas.
O calendário promete bons debates e oportunidade do diálogo entre todos os segmentos envolvidos. Ponto de partida fundamental para reconstruir aqui a educação pública de qualidade.
Artigo publicado na edição de segunda-feira (06/07) da Folha da Manhã.
terça-feira, 7 de julho de 2009
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