domingo, 1 de junho de 2008

Direto da Pecuária

Estive agora há pouco na V Bienal do Livro de Campos. Ontem, por razões diversas, acompanhei Carlos Heitor Cony na ausência - certamente poucos sentiram minha falta!
A incursão na feira literária teve aspectos positivos e negativos.
De positivo o agradável bate papo com os amigos José Gurgel e Carlos Augusto - membros da Academia Pedralva - no estande da instituição; o reencontro com meu velho amigo Marcos Henrique, que há tempos não via (ele está morando no Rio, onde leciona Filosofia. Não tem mais ação política e diz que desistiu do Brasil. Aguarda oportunidade para emigrar. Está mais rabugento e crítico que nunca, mas continua querido); o lançamento dos Contos da Terra plana, prestigiando os talentosos e simpáticos Vitor Menezes e Simone Pedro e a montagem do Auto do Ururau. Finalmente pude assistir a esse espetáculo, que há muito queria ver. Gostei muito, apesar de o diretor Sisneros e das caras atrizes Adriana Medeiros e Lúcia Talabi me repetirem a mesma observação: vale rever num Teatro! Farei isso com muito prazer. Gostei muito. Valeu a noite! Lúcia, Adriana, Toninho Ferreira e todo o elenco dão um show, sob a batuta experiente do competente Sisneros.
Quanto aos aspectos negativos: a Bienal deixa muito a desejar. Está menos atraente que as versões anteriores. Na verdade, me parece que o evento está em trajetória decadente. Mas a edição de 2006 tinha mais expositores e melhores opções. Lembro da tarde em que lá estive com meu amigo Cícero - grande livreiro, olho clínico no ramo - e ele fez bons negócios comprando muita coisa boa. Desta feita não há muito o que se garimpar. As grandes editoras não marcam presença. Assim como as livrarias locais. Só a tradicional Ao Livro Verde investiu no evento.
Afora bons lançamentos - e outros tantos duvidosos - best sellers ou "projetos de", encontráveis facilmente nas livrarias ou na internet, é difícil encontrar algo diferente. Ainda assim, "garimpei" alguns exemplares interessantes. O estande da Sete Letras tem boas opções a preços módicos - lá é possível comprar um bom livro por até R$ 1,00. Por apenas R$ 10,00 comprei o ótimo Sexo, de André Sant'ana, por R$ 5,00, meu feeling incentivou uma aposta no "O caçador de barangas de Sidney Garambone - nenhuma identificação! Outros bons estandes são os da editora expressão Popular - onde também pode-se encontrar livros da editora da Fundação Perseu Abramo - e da Cortes.
Pertinentes as críticas do Xacal ao evento cultural (veja n'A TroLha clicando no link aí à sua direita). É preciso revitalizar a festa em 2010!
Ainda assim, voltarei lá na terça: encontro marcado com Paulo Henrique Amorim, um dos melhores jornalistas do Brasil. Isso se ele não fizer igual ao Cony. Apareça PH!

4 comentários:

Vitor Menezes disse...

Neste sábado, 7 de junho, 10h, tem nova edição do ato público Chega de Palhaçada, no Largo da Imprensa (Calçadão). Mais uma vez os blogueiros de Campos chamam a comunidade para uma manifestação democrática e independente.

Neste momento em que se aproximam as convenções partidárias, a cidadania quer passar o recado de que não quer mais os mesmos candidatos. A sociedade quer algo novo, e por isso vai para as ruas gritar novamente: FORA MOCAIBER, FORA GAROTINHO, FORA ARNALDO, QUEREMOS OUTRO CAMINHO.

Dia 7 de Junho é o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, e o ato também marcará a reivindicação de que a população possa contar com fontes confiáveis de informação sobre a política no município.

Participe com roupa preta e nariz de palhaço. Leve sua faixa e use a criatividade para expressar sua opinião sobre a situação política de Campos. Ajude a mostrar que o cidadão campista não aceita calado esta situação vergonhosa na qual está mergulhada a cidade.

CHEGA DE PALHAÇADA!

Anônimo disse...

Fábio, concordo plenamente com você. Esperava muito mais da Bienal. Quem foi à Bienal de 2006, com certeza, se decepcionou com a edição desse ano. Mas, bom otimistas que somos, esperamos que a de 2010 volte com novos ares e menores preços.

Amanda R. Dias

Anônimo disse...

onde está "bom otimistas que somos" leia-se "bons otimistas que somos".

Amanda R. Dias

FÁBIO SIQUEIRA disse...

É isso aí Amandinha. O Vitor Menezes disse no URGENTE: "Qualquer evento literário é sempre melhor do que evento literário nenhum."
Ainda assim, esperamos mais da próxima edição. Importante que a tradição se consolide.
Obrigado pela visita. Volte sempre e interaja mais vezes!
Bj.