domingo, 5 de abril de 2009

+ Poesia no bloguinho...

estiagem

depois da chuva são moscas
mosquitos obstinados à caça de sangue
depois da chuva são poças
cheiro de terra, ciclo de rastros
depois da chuva são sapos
corte a amantes dentro do mato
depois da chuva são cantos
folhas mais leves prenhes de pássaros
depois da chuva são vidas
formas moldadas no meio da lama
depois da chuva são gotas
pendendo em extinção da borda da telha
depois da chuva são cores
reflexos de luz na umidade do ar

depois da chuva?
a gratidão é verde depois da chuva

atafona, 05/12/2000


Poema de Aluysio Abreu Barbosa, sugestão de Adriano Moura.

Um comentário:

Danielle Manhães disse...

Ola Fábio!!!

Poesia boa nunca é demais...

Semana passada choveu muito, sobretudo na segunda, em minha vida. Mas hoje estiou. Hoje de manhã o Sol bateu a janela do meu quarto.

E como diz aquela música do [Legião Urbana]: “Quando o sol bater na janela do teu quarto, lembra e vê que o caminho é um só...”

Agora seguirei neste caminho-> Na gratidão verde depois da chuva...


Bjs!


=)