Ontem, o MEC divulgou uma importante pesquisa apontando que 72% dos alunos formados entre os anos de 2003-2007 nos cursos técnicos de nível médio da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) estão empregados. Ainda que a economia tenha passado por uma desaceleração em seu crescimento, a pesquisa corrobora o acerto da vigorosa expansão da rede federal de educação profissional promovida pelo governo Lula.
Se agregarmos estes resultados às pesquisas e indicações do mercado de trabalho sobre a demanda de técnicos para expansão econômica brasileira, fica evidente que a grande ampliação das vagas no ensino técnico, público e gratuito representam um compromisso do governo federal com o desenvolvimento econômico e social. Entre os egressos empregados, há o forte predomínio da inclusão econômica pela via da formalidade e do emprego em contratos permanentes.
É preciso destacar que a pesquisa também indica que a formação técnica na rede federal tem um grande significado para a melhoria de vida das famílias dos alunos. Novamente, desmascara-se o preconceito da idéia muito corrente de que a rede federal de EPT é elitista.
Para acessar os resultados da pesquisa, clique aqui.
3 comentários:
SPC, discordo de alguns pontos do comentário em tela, se é verdade que o ensino profissionalizante dos atuais IFFs garantem uma empregabilidade maior, o mesmo não pode se falar da elitização do ensino. Fato é que o acesso as vagas se dão por concurso público e transparente, porém as deficiencias na educação de jovens na rede pública acaba por colocar estes mesmos jovens, em condição inferior no momento da seleção, ou seja, aqueles alunos oriundos da rede privada e ou com condições de frequentarem cursos preparatórios, possuem condições infinitamente superiores aos demais alunos.
Tal situação se dá também no acesso as Universidades Públicas. O governo Lula vem dando demonstrações de seriedade e boa vontade para tentar resolver esta questão e aí sim o aumento de vagas, de cursos e ampliação dos campus aliados a forma diferenciada de acesso (quotas) certamente tornarão a escola pública menos excludentes.
Embora não seja eu muito favoravel, ou quem sabe sensível, a esta questão da implementação de quotas.
Amaro "O Bicho Cão"
Salve Amaro,
Sem dúvida há muito o que se melhorar em qualidade no ensino público, especialmente no ensino fundamental e médio que são obrigações dos municípios e das unidades da federação. Apesar dos avanços, as universidades públicas ainda apresentam um pervertido aspecto de elitização social.
Mas no caso da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, a pesquisa citada apurou que 68% dos entrevistados cursaram todo o ensino fundamental em escolas públicas. Apenas 17% cursaram todo o ensino fundamental em escolas da rede privada. Esta é uma média nacional. Muito ainda há que se fazer, mas considero que o atual governo tem produzido muitos acertos na área educacional (PDE, piso salarial para professores, bolsa de incentivo à docência, Programa de Livro Didático para o Ensino Médio, reforma do Sistema "S", parcerias com Estados e Municípios e outras ações. O Ministro Haddad me parece um dos melhores quadros deste governo e tem conseguido negociar em várias frentes.
Enquanto as coisas se endireitam uma das soluções compensatórias é a política de cotas. Mas na minha opinião a perspectiva das cotas deve ser temporária. A conversa é longa.
Um abraço
Gustavo Gomes Lopes
Concordo com Gustavo no que se refere aos avanços nas políticas públicas federais na educação, e às credenciais já apresentadas pelo Ministro Haddad, quadro técnico que, a partir da interlocução com Tarso Genro, foi projetado por este e vem mostrando competência na gestão da pasta.
Sobre a questão das cotas, é um dos raros consensos no Congresso como algo necessário para avançar na universalização do direito à Educação na atual conjuntura.
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