Era com essa divertida alcunha que José Guilherme Merquior, o maior pensador liberal de nossa história, definia Caetano Veloso. Nos anos 80 o autor de "eu sou neguinha" tentou polemizar com Merquior e não só não foi levado à sério como foi desqualificado em definitivo. Ora, parece que dessa experiência traumatizante Caetano tirou uma dupla lição: o ressentimento social com "os de baixo" e deslumbramento cultural com "os de cima". Afinal de contas, como é possível reconhecer como um interlocutor um sujeito que professava o servilismo patético de bajulador de ACM (o popular "Toninho malvadeza", o chefe político do atraso eterno da Bahia), a quem considerava não só um bom governante como também um homem "muito sexy"!? Além disso, por que um artista consagrado como Caetano precisa de R$ 1 milhão do sagrado dinheito público (via lei de incentivo por renúncia fiscal) para patrocinar seus shows? É esse cidadão que se acha com autoridade moral para desqualificar o Presidente de analfabeto e ignorante? É assim, vomitando simplórios preconceitos em público, que Caê anda exercitando sua verve criativa? Ou, na verdade, como disse Wagner Tiso, é mais uma jogada de autopromoção para tentar vender discos. Mas, vem cá, para emplacar um grande sucesso o "sofisticado" Caetano teve que recorrer a Peninha, e o Lula que é cafona? Como diria Romário, esse cara com a boca fechada é um poeta!
Como disse o Presidente:
“...Universidade dá conhecimento. Inteligência é outra coisa. E a política é uma das ciências que exigem mais inteligência do que conhecimento. Inteligência para saber montar equipe, tomar decisões, não está nos livros, mas no caráter e na sensibilidade...”
“...Mas não importa. As pessoas falam o que querem e ouvem o que não querem. A vida é dura”. “Um país governado por um analfabeto vai terminar realizando um governo que mais investiu em educação...”
sábado, 7 de novembro de 2009
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Um comentário:
Caro Gustavo,
Você poderia nos indicar o texto em que o peso-pesado Merquior colocar o Caê em seu devido lugar?
Dada a contundência, a erudição e a acidez do grande e eclético intelectual, que nos deixou precocemente, admito que fiquei curioso para ver "como que é se dá isso".
Abçs!
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