"Fantasmas" na ordem do dia!

Velha discussão, atenuada pela anistia, que incluiu os criminosos fardados que controlaram o Estado brasileiro de 1964 à 1985, a morte de João Goulart - ocorrida em circunstâncias estranhas e num curto espaço de nove meses entre 1976 e 1977 onde se deram tambem as mortes de Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda, os outros líderes da Frente Ampla - volta à tona com as declarações do uruguaio Mario Neira Barreiro à Folha de São Paulo.
É vergonhoso que tribunais europeus tenham julgado e até mesmo condenado responsáveis por diversos crimes políticos contra os direitos humanos cometidos por governos de Estados na América Latina na década de 70, e aqui tais crimes continuem envoltos em mistério. Os jornais de hoje noticiam que a Polícia Federal vai ouvir o uruguaio que teria assassinado Jango, atualmente preso em penitenciária no RS.
Boa oportunidade para que, finalmente, se lancem luzes sobre os indícios de que tais mortes não seriam naturais, podendo estar relacionadas com a Operação Condor e a outras mortes, como a do chileno Orlando Letelier, ex-chanceler do governo do presidente socialista Salvador Allende, assassinado em Washington a 21 de setembro de 1976.
Em seu Conversa Afiada, Paulo Henrique Amorim entrevistou a jornalista Ana Lee, que escreveu com Carlos Heitor Cony o livro O Beijo da morte, sobre as mortes suspeitas e o Deputado Miro Teixeira - que em 2000 elaborou um relatório sobre a possibilidade de o Presidente João Goulart ter sido assassinado para a Câmara dos Deputados - que está requisitando ao MP a apuração das declarações do uruguaio. Confira aqui e aqui.