O Ricardo André destacou em seu Eu penso que..., que a polêmica sobre o risco de um novo Apagão e a utilização prioritária do gás natural chegou ao programa de rádio matinal de LULA, que pessoalmente teria avalizado a política de Dilma Roussef e Graça Foster de priorizar o abastecimento das termelétricas, cedendo a pressões de Skaff, Eduardo Eugênio e outros próceres do empresariado nacional.
O Comentários lamenta que ao governo tenha restado esse caminho que poderia ser evitado. Prova de que Dona Dilma - incensada como eminência parda pelo companheiro Presidente e grande parte do PT - também comete erros. No caso grave! O apagão dos tucanos foi um alerta, e a Exma. Ministra - na pasta das Minas e Energias - teve todo o primeiro mandato de Lula para se preparar para enfrentar o problema, iminente com o desenvolvimento econômico. Não dava para adivinhar o que Evo faria, mas também não se avançou o suficiente nos investimentos de infra-estrutura no setor. Não foi nada prudente apostar no gás boliviano a preço de banana. O presidente, agora, verbaliza a consequência de um dos - poucos - erros de seu governo. Certo estava Ildo Sauer!
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
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Um comentário:
Caro Fábio,
o Ildo Sauer tem certa razão, mas não toda...Lembre-se que toda instância de governo é palco de disputas hegemônicas, que de certa forma, contaminam análises...
O problema energético tem repercussões de longo prazo, ou seja, não se trata do discurso da "herança maldita", mas nesse caso as decisões de dez ou quinze anos atrás repercutem agora...
O modelo termodinâmico à gás remonta da era Collor, e foi ratificado pelo FHC para atender os interesses da ENRON, gigante americana do setor, que mandava na Bolívia e queria empurrar termoelétricas goela abaixo do Governo brasileiro...
O sistema energético brasileiro carecia de interligação (redes de transmissão de alta tensão) que permite o deslocamento de excedentes de energia das hidroelétricas com reservatórios cheios...Hoje este problema está quase resolvido...
Outra questão, escondida, é claro pelo PIG, é que a energia vai ficar mais cara e escassa no mundo todo...não é novidade...O Brasil fez sua opção pelo modelo hídrico, e vai depender do ciclo das chuvas...Outro aspecto conturbado é o mercado livre de compradores de energia, que gera distorções que se refletem no parque produtivo...
Esse último nó foi um "arranjo" que a Dilma tentou fazer para corrigir a "quebra" do setor cuasado por privatizações mal-feitas pelo FHC...
Como vê o assunto é extenso, e não permite análises simplistas...nem sensacionalistas...
Abraço. Xacal
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