Promessa é dívida. Assim Gileno, aqui está o post combinado.
Confesso que não torci pro Fluminense. Seria pedir demais pra esse coração rubro-negro ainda sofrido pela traumática derrota para o medíocre América do México - exceção feita ao arqueiro Ochoa. Preferia mesmo ter sido eliminado ontem, em um clássico - onde tudo pode acontecer - do que naquele vexame.
Enfim, águas passadas...
Não torci pelo Fluminense, mas não consegui vestir a camisa da FlaBoca, em resposta ao apelo de minhas alunas Gabriela, Juliana e Daniela. Declarei neutralidade, mas confesso ter tido uma ponta de alegria com o gol do Palermo. Aí veio a voluntariosa e fulminante reação tricolor. E me lembrei de minhas palavras às meninas pela manhã:
"Boa sorte!"
Sinceridade à parte, as palavras tiveram força. Ninguém há de negar que o Fluminense teve sorte. Após ser dominado e pressionado no 1º tempo e sofrer o primeiro gol aos 12' do 2º tempo, os jogadores conseguiram correr atrás e reverter o placar, mesmo sem ter um comandante capaz de organizar um time. Valeu a disposição, o talento e o poder de decisão - algo que tem faltado ao organizado Botafogo. Não se reage assim frente ao poderoso Boca se não estiver bem psicologicamente... e com sorte! Vide o lance do gol do argentino Conca.
Mas também houve competência, até de onde menos se esperava. O goleiro Fernando Henrique, desacreditado por muitos - inclusive por mim e pela diretoria tricolor, que buscou o uruguaio Carini no início do ano - fez ao menos cinco grandes defesas, que evitaram o empate que levaria a decisão pros penaltis ou daria a classificação aos hermanos. O centroavante Washington, que andou fazendo jejum de gols, voltou a marcar em momentos importantes e marcou um belo e decisivo gol de falta, no momento certo. Dodô entrou bem e foi fundamental para a virada. Estes foram os heróis tricolores.
Já as camisas 10 mal foram notadas em campo. Riquelme - contundido e envolvido em boatos relacionados a problemas de relacionamento no grupo - e Thiago Neves tiveram atuações medíocres.
Por fim, valeu ver a alegria do Chico Buarque. Ele já merecia mesmo ver seu time numa grande final como a que vai envolver Fluminense e LDU - adversário que o tricolor já enfrentou duas vezes na competição, sem conhecer derrota. Também mereceram a vitória de ontem a família Vasconcelos; meus alunos Lucas, Alexis e Túlio; o Nelson Bagueira; o Vitor Menezes; o meu vizinho Carlinhos, irmão do Marcelão do boteco; o Marcelo Ramalho; o Dr. Luis Ribeiro e seu filho Bruno; o Dr. Cláudio Andrade; a Elda Moura; o Dr. Rodrigo, professor de química, e todos os tricolores que passarem por aqui... Parabéns!
P.S.: Só espero que os vascaínos - mesmo os mais queridos - não esperem comentário semelhante se um dia conseguirem se livrar do Eurico e voltar à Libertadores. Eu não seria tão falso!!!
ILUSTRAÇÃO: AROEIRA.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
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7 comentários:
Caro, Fabio!
Parabéns pelo blog e pelo post. Suas observações são pertinentes e bastante imparciais para o universo de mumunhas do futebol!
Apesar de não termos conquistado nada ainda, acredito que nenhum clube seja mais merecedor deste título do que o Fluminense!
O histórico desta trajetória se iniciou com a dupla classificação para a Libertadores, seja pela Copa do Brasil, seja pelo Brasileirão do ano passado. Devemos considerar ainda a classificação no difícil grupo da morte (vide a final ser disputada entre dois clubes deste mesmo grupo), e a primeira colocação obtida no cômputo geral da primeira fase.
E por fim, a eliminação de dois tradicionais clubes vencedores da competição (O São Paulo e o Boca), este último o grande bicho-papão dos brasileiros. E sem problemas em relação às arbitragens confusas...
Confesso que não me agrada muito a idéia de "sorte", mesmo porque não sei mensurar esse conceito e quase sempre essa idéia carrega um sutil tom de descrédito nas nossas interpretações. O que significa ter sorte? Será que um escanteio, o lance que originou o gol de Washington contra o São Paulo aos 47 min do segundo tempo, também pode ser considerado um momento de sorte apenas? Será que a eliminação do Flamengo também não poderia ser creditada à falta de sorte em lances absolutamente involuntários, como em um dos gols em que a bola foi desviada num chute de longa distância pelo jogador do América?
Enfim, se de fato a tal "sorte" estiver sendo tão decisiva para as conquistas do futebol, espero que ela não resolva nos abandonar nesta reta final!
Saudações tricolores, meu camarada!
Gileno
..."Não esperem comentário semelhante se um dia conseguirem se livrar do Eurico e voltar a Libertadores"
Fábio,
Parabéns pelo seu blog, leio sempre q passo... Mas, gostaria de lembrar que não vai demorar muito para que o meu querido Vasco da Gama, enfrente o flamengo no maracanã pelo campeonato brasileiro.(Se eu não me engano, dia 13/07). Não será preciso um comentário semelhante ao do fluminense... Seja imparcial!
(Pois assim não haverá tanta diferença no comentário: o Vasco não é tão sortudo assim - admito!) E de uma forma ou de outra seria uma honra ver o meu Vasco em destaque aqui no seu blog tão vermelhinho...rsrs.
Um grande abraço!
E Boa Sorte pro MEU Vasco! Valeu pela dica! - Já pensou... se esta “praga” pega???
Danny
Prezado Fábio,
Foi um jogo vibrante e sofrido.
A torcida tricolor merece a seqüência trienfante do time, mas, ainda falta muita coisa...
Valeu!
Ao menos vc cumpriu a promessa...
Abç!
luiz ribeiro jr.
Em tempo: É MUITO BOM GANHAR DOS ARGENTINOS!!!
Valeu Fábio, por reconhecer a bela vitória tricolor.
E não se esqueça, torça pela LDU!
Tá dando certo.
Abs.
Grande Fábio,
Mais conhecido como baiano na época do Salesiano.
Encontrei seu blog agora , q prazer.
Já add em favoritos.
Parabéns pelo post, e como disse gileno abaixo, comentários bastante imparciais.
Gostei do coração do Flu batento forte, rsrsrs.
Se me permite, saudações tricolores
Abç gente boa, tudo de bom.
Carlos Eduardo
Fábio, acho que você mexeu em um vespeiro.
Torci para o Boca como se tivesse torcendo para o Mengão.
Sou um hipócrita assumido, pois após o jogo, com aquele "falso" resultado, disse para os tricolores cariocas que torci para o Brasil contra a Argentina.
Mas, falando sério agora, não podemos negar que foi um jogão, todo dominado pelo Boca e Riquelme.
Gol de Cabañas!
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