terça-feira, 4 de novembro de 2008

O drama da educação infantil

Se alguém aí não viu o CQC e ficou curioso com a questão formulada pelo blog na madrugada de hoje, esclarecemos que uma das poucas coisas que Campos tem com Curitiba - apesar do orçamento que permitiria semelhanças também nas coisas boas - é a carência de vagas em creches para atender a demanda de mães trabalhadoras dos municípios!
O problema já foi destacado aqui no Comentários e chama atenção de pesquisadores das políticas sociais em Campos, do Ministério Público e do Conselho Tutelar. Na audiência pública para discutir o projeto de Lei Orçamentária enviada à Câmara por Mocaiber, os Vereadores Geraldo Venâncio, Dante e Nelson Nahin afirmaram que o tema foi recorrente nas reivindicações das comunidades por onde eles passaram na recente campanha eleitoral.
Dados do Diagnóstico das condições socioeconômicas da infância e juventude de Campos dos Goytacazes produzido pelo Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional da UFF em Campos, gentilmente enviados por e-mail pela minha amiga Ana Maria Almeida, a Aninha, Professora da Universidade:

Total de matrículas na creche (rede pública e privada, em 2003): 3.172
Deficit bruto de matrículas em creche: 25.405
Matrículas na pré-escola e CA (rede públ. e privada, em 2003): 22.664
Deficit de matrículas na pré-escola e CA: 5.213


Pois é, até os números de Campos não são tão diferentes dos da capital paranaense, onde, segundo a reportagem do CQC, dados do MP local apontam para uma demanda de cerca de 45 mil crianças sem educação infantil!
A foto acima é do Phillipe Moacyr, repórter fotográfico d'O DIÁRIO. Retrata a creche de Morro do Coco, cuja cozinha teve o teto desabado no dia 13, suspendendo o funcionamento da unidade.

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