O qui nóis vai fazê di nossa roça pai?
ADRIANO MOURA
Nascido casado
Amado no campo
Crescido arado
Chorado no canto
Vencido cansado
Afogado no pranto
Curtido solado
Domado no campo
Perdido parado
Achado no canto
Querido falado
Plantado no pranto
Vencido calado
Enterrado no campo
Enquanto enterravam o corpo do pai
As lágrimas fertilizdas do filho
Irrigavam o deserto.
Nasciam petúnias frutas-pão mandacarus rosas margaridas
azaléias dálias papoulas narcisos bem-me-quer
Mas era o espinho do cacto que mantinha aberto
O grito desamparado da criança
domingo, 4 de janeiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Como tudo que conheço dessa pessoa chamada Adriano Moura, a poesia é um espetáculo. Ele arrasa e ainda vamos ouvir muito esse nome. Fábio, parabéns pela iniciativa de abrir espaço para talentos locais como Adriano!
Boa tarde!
Amanda R. Dias
Fábio,
Gostei desse "projeto" + Poesia no bloguinho!!!
Quer dizer então, que todo domingo teremos esse momento poético?!
Agora já era!
Vc vai se viciar...rsrs
Poesia é um vício que faz bem a alma.
Seja Bem Vindo ao clube!!
Pois é Danni.
A idéia é essa.
Embora não tenha um grande conhecimento literário no que se refere a poesia, tampouco tenha atributos poéticos, sou um leitor relativamente sensível e sempre gostei desta forma de literatura.
Assim resolvi lançar essa seção dominical no bloguinho.
A proposta é priorizar autores campistas, mas não quero ficar preso a isso. Posso eventualmente recorrer à literatura universal, no caso de obra que me agrade. Ou algo sugerido por poeta ou poetisa que serão convidados (as) a colaborar.
Vamos ver se tenho fôlego!
Conto com seu apoio e experiência, bem como com colaborações de poetas locais.
Bj
Postar um comentário