closer
(p/ branca)
ao volante da picape,
um naufrágio de torpedo
atravessa damien rice,
à imagem do seu canto.
o hermético, dos ventos,
dita planos diferentes,
à longitude dos destinos
entre a foz e o afluente.
um coração em déjà vu,
quando partido, se areja
pelo sopro da janela
no motorista que acelera
e, de leveza, até sorri,
ao notar entre seus dedos
— acaso do tato no ato final —
aquele fio longo de cabelo,
só e sangue como o sol.
passa a musa e o chapéu:
“i can’t take my mind…
my mind… my mind…
til i find somebody new”.
atafona, 05/07/08
Aluysio Abreu Barbosa
domingo, 25 de janeiro de 2009
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3 comentários:
A poesia já teve melhores momentos e companhias nesse blog! Ao contrário do senso comum, poesia não é questão de "inspiração" ou pretensão. As musas só atendem ao chamado do talento...
Por e-mail, o ALUYSIO, poeta do domingo e autor do comentário supra, solicita sua substituição pelo seguinte:
"Ao Fábio, grato pela publicação.
À comentarista (que eu e a torcida do Flamengo imaginamos quem é, bem como a “atração fatal” dos seus motivos), sugiro que o anonimato seja estendido ao julgamento da obra, que sempre importa mais que o autor. Distinção devidamente feita, a pretensão talvez resida no menosprezo, por recalque pessoal, de uma obra reconhecida não só em Campos, por duas vezes vencedora do Festival Nacional de Poesia Falada, como no Rio, tanto na Biblioteca Nacional, quanto no Sindicato dos Escritores do Estado, que renderam publicação por mérito próprio, sem um centavo do bolso do autor. Ademais, não são necessários inspiração ou talento à leitura para perceber que a musa dos versos, àquela altura, já não atendia mesmo ao chamado de quem os escreveu... (rs)
Abraços!
Aluysio"
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