quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Guerra do gás?

"Em guerra pelo gás". Este é o título da principal matéria das páginas de economia n'O GLOBO de hoje. Nos últimos dois dias a imprensa tem dado ampla repercussão à crise no modelo de gestão no fornecimento de gás natural pela Petrobrás - que este blog já destacou há mais de um mês - que agora refletiu no abastecimento de gás para uso doméstico e combustível (GNV).

A tal guerra tem os seguintes atores: de um lado a direção da Petrobrás, representada pela nova diretora de Gás e Energia
Graça Foster (na Foto c/ a Ministra Dilma Roussef) e setores empresariais defendem a prioridade no fornecimento às usinas termelétricas, como forma de evitar um novo apagão; de outro distribuidoras de gás que respondem pelo abastecimento de postos de conbustíveis e residências e, obviamente, os consumidores, seus clientes.

No Rio, o governo do Estado conseguiu na Justiça uma liminar, garantindo, por hora, o suprimento da CEG e CEG Rio. Infelizmente, a Petrobrás recorreu da decisão - ainda em vigor - se submetendo aos interesses dos grandes empresários!

FOTO: divulgação Petrobrás.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Fábio,

Recomenda-se a leitura do suplemento Retratos do Brasil da Carta Capital acerca das matrizes energéticas, políticas de longo prazo, etc.
Curioso notar que a implantação do gás natural como alternativa energética, tanto industrial, doméstica, veicular e termodinâmica (usinas elétricas) atendeu as pressões da falida ENRON desde o Governo Collor, referendadas pelo de FHC. A falida gigante americana vendeu várias Usinas movidas a gás, e ainda "amarrou" a Petrobrás em contratos dracronianos de fornecimento. Como sabemos, os problemas energéticos não acontecem da noite para o dia. Pagamos agora o mico da ENRON.