domingo, 4 de maio de 2008

Chico rubro-negro?

Domingão de final do carioca, o blog - que ao contrário do meu amigo Cláudio Andrade (que no seu blog e em artigo em um jornal local declarou sua legítima opinião sobre a obra do compositor)- adora o Chico Buarque - mas dispensa os adendos das moças sobre seus "olhos ardósia" - reproduz comentário do amigo e colaborador Renato Gonçalves em post abaixo, que bem poderia figurar em uma das "Boladas" do Comentários:

O amor muda as paixões!
Um fato ocorrido no último domingo tomou as capas de jornais da segunda e me fez refletir.Não estou falando de nenhum assassinato ou chacina,mas o fato de tervisto Chico Buarque no meio da torcida do flamengo.
Como todos sabem Chico é um ilustre torcedor do tricolor das Laranjeiras e um apaixonado por futebol fazendo desta paixão quase uma segunda profissão.Então por que diabos estaria na maior torcida do mundo? O motivo também estava ao lado.Com pouco mais de 1metro e meio devidamente uniformizado, seu neto.
Eis aí a síntese de um amor incondicional de um avô por um neto, capaz de levar o mais apaixonado torcedor a torcer pelo mais ilustre rival.
A cena além de inusitada me fez admirar ainda mais o velho Chico pois além de tudo ainda é um avô maravilhoso!


Se ainda estivesse entre nós, o bamba Ciro Monteiro - que certa vez tentou presentear uma das filhas recém-nascidas do jovem Chico com um pequenino manto sagrado - ficaria feliz com a tardia rendição do tricolor, que na ocasião colheu a oportunidade da "recusa" do mimo para produzir mais uma bela canção:

Amigo Ciro
Muito te admiro
O meu chapéu te tiro
Muito humildemente
Minha petiz
Agradece a camisa
Que le deste à guisa
De gentil presente
Mas caro nego
Um pano rubro-negro
É presente de grego
Não de um bom irmão
Nós separados
Nas arquibancadas
Temos sido tão chegados
Na desolação

Amigo velho
Amei o teu conselho
Amei o teu vermelho
Que é de tanto ardor
Mas quis o verde
Que te quero verde
É bom pra quem vai ter
De ser bom sofredor
Pintei de branco o teu preto
Ficando completo
O jogo de cor
Virei-lhe o listado do peito
E nasceu desse jeito
Uma outra tricolor


Bom domingo e boa sorte Mengão!

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