domingo, 1 de fevereiro de 2009

+ Poesia no bloguinho...

À Francesa

Sinto-me francesa ao ouvir "ne me quitte pas"
Regada a um curto expresso e a água perrier
Bem lúcida e altiva
Feito a Torre Eiffel
Na noite iluminada parisiense
Quando finjo requinte num café qualquer da Pelinca
Metido a bistrô
Depois do delírio cafeinado
Fujo à francesa
Caminho apressado até o terminal rodoviário
Tomo o último coletivo como o gole do café nada expressivo
Que esfriara meus sonhos
E agora repousa frio
No fundilho da xícara rachada.


Ana Leiva Gusmão

7 comentários:

Danielle Manhães disse...

Caramba! A Pelinca tá com o moral lá em baixo, em? rsrsrsrs
Mas também, compará-la com Paris, é sacanagem...

Bjs!!!

Ana Paula Motta disse...

Dá-lhe Leivoca!!!

Anônimo disse...

Senhor Fábio,

Pelo amor de Deus, meu rapaz!

Imagino que o Senhor Aluysio Barbosa e a Senhora Ana Gusmão não devam ser seus amigos. Pois se assim fosse, não publicaria as "poesias" destas pessoas, expondo a infelicidade da sua escrita.

Mil perdões, sou obrigada a dizer que a qualidade das poesias "campistas" apresentadas no seu blog, declinou bruscamente. Enfeando o seu Blog, a blogosfera campista e o mundo.

Antes costumavam frequentar poesias como as de Walnise Carvalho. As poesias desta senhora posssuem um frescor e uma honestidade que lhe conferem autenticidade. Boa poesia, referenciada ao devir do cotidiano próximo e fugidio mas farto de imagens de estruturas e mitos. Suave, honesta, palavras no mundo medeiando presente, reminiscências e futuro.

Agora:
"Pelinca-Paris-Rodoviária de Campos" e
"ao volante da picape"

Basta um "prefiro não comentar!"

Sua leitora assídua.

Brígida Quaresma

Anônimo disse...

Véio que vascaína é essa? Vóis micê conhece? Então apresenta...

Danielle Manhães disse...

Ao Raskolnikov,

"...que vascaína é essa?"

Senti um certo pré-conceito nessa pergunta.


Será pelo (vascaína) ou não?

Anônimo disse...

Prezada Brígida Quaresma, quanto embasamento teórico podemos perceber em sua postagem. A julgar pela sua dificuldade em entender uma das regras básicas da pontução de nossa belíssima língua portuguesa (não se usa vírgula entre o sujeito e o predicado)e, ainda, da seus explícitos tropeços nas conjugações verbais, é muito compreensível que você não tenha conseguido alcançar a beleza do intertexto existente na poesia. Contudo, não desanime! Sendo leitora de Walnise e também desse blog, você tem grandes chances de recuperação.

Aluysio disse...

O “ao volante da picape” do primeiro verso, compõe com “atravessa damien rice”, do terceiro, aquilo que se chama rima toante, mais difícil que a rima perfeita (coração com emoção, por ex), no qual todo o poema “closer” é estruturado. O recurso era muito usado por um rapaz chamado João Cabral de Melo Neto, que dizia escrever poemas, não “poesias”, classificação que também prefiro.
Ademais, a palavra “volante” é composta por três sílabas poéticas (distintas das sílabas gramaticais pelo fenômeno da elisão), assim como “picape”, na tentativa de imprimir ao verso aquilo que se chama ritmo, o que restou da música na poesia, após Bach dar vida própria à primeira, no séc. 18, e de Whitman, no séc.19, revolucionar a segunda com a criação do verso livre.
Ao fim e ao cabo, poderia dizer que “ao volante da picape”, abrindo o poema, é uma referência clara a “Ao volante do Chevrolet”, título e início do primeiro verso de um poema de Álvaro de Campos, heterônimo de outro rapaz, que atendia ortonimamente por Fernando Pessoa, mas “prefiro não comentar!”...
Como já disse um esperto aforista local: “O jogo é bom, o que mata é a explicação”.

Abraços!

Aluysio