quarta-feira, 19 de setembro de 2007

CINEMA HOJE!

Dica da Aucilene:
Nesta quarta-feira, no SESC, as 19H, o cine Café as Sete apresenta o filme Urso Vermelho, conforme informações (abaixo) enviadas por Gustavo Oviedo:

Un Oso Rojo, 2002, de Israel Adrián Caetano. Com Julio Chavez e Soledad Villamil.
Quarta 19, 19h no SESC Campos.


Sinopse: Sete anos se passaram desde que Urso foi preso por homicídio e roubo à mão armada. Urso é um homem reservado, imprevisível e violento. Passou os últimos anos sem falar com ninguém sobre sua história. Alicia, sua filha, estava completando um ano no dia do fatídico assalto, e Natalia, sua mulher, talvez nunca o perdoe. Chega a hora de Urso receber liberdade condicional e ele pensa em como recomeçar. Por intermédio de um companheiro de cela, conhece Güemes, que o emprega como chofer em sua pequena agência de táxis. Natalia está vivendo com outro homem e Alicia mal se lembra do pai, mas Urso está disposto a reconquistá-las. Participou da Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes, no qual conquistou o Prêmio da Juventude.


Sessão inserida na Programação Mirá hermano. Veja nos comentários crítica do Estadão.

Um comentário:

FÁBIO SIQUEIRA disse...

Crítica:

Luis Zanin - Estadão:

Boa pedida este Un Oso Rojo. Já conhecia do diretor Adrián Caetano de Pizza, Birra e Faso (vencedor de Gramado) e Crônica de uma Fuga. Assisti ontem ao Urso e gostei.

É a história de um cara que sai da cadeia depois de sete anos e encontra a vida bastante mudada no mundo exterior. Em especial no que diz respeito à sua vida familiar. Mulher e sua filha pequena já vivem com outro homem, um pé-de-chinelo, apostador de corridas de cavalos. Ruben, a quem chamam de Urso, é vivido por Julio Chávez, ótimo intérprete de O Guardião, que já passou por aqui. Ele faz aquele papel de violência contida, do cara durão, decidido a se manter na linha, mas pressionado de todos os lados para atravessar de novo a fronteira.

A Argentina que aparece no retrato proposto por Caetano nada tem daquele país de tom europeu, como às vezes se vende por aqui. Os personagens são desglamurizados e a vida mostrada é dura.

E, sim, o filme é muito ágil, diz muito através do clima que cria com sua montagem rápida e uma fotografia que ilumina, mas que não esconde as sombras. Às vezes sucumbe a alguns clichês de filme de gênero, mas isso não chega a comprometer. Feitas as contas, achei um belo filme. Melhor do que Crônica de uma Fuga, sobre presos políticos torturados durante o governo militar, e que conseguem fugir de uma casa transformada em prisão e centro de interrogatórios.

Enfim, esse Urso é um bom programa para quem gosta do cinema menos convencional, e mais antenado no mundo das pessoas críveis e das coisas reais.