Garotinho abordou em seu blog a questão do anúncio feito pelo governador Sérgio Cabral de que 130 laboratórios de informática serão instalados em escolas da rede estadual. Questionou ainda a presença das professoras capacitadas para orientação tecnológica que foram deslocadas para cobrir carência nas disciplinas regulares.
O debate é pertinente no momento em que o governo anuncia a distribuição de computadores portáteis como prêmios para alunos da rede que se destacarem em seu desempenho escolar.
Este blogueiro tem questionado desde o início do ano esse calcanhar de aquiles do programa que distribuiu lap tops para os professores docentes para o desenvolvimento de atividades pedagógicas. Como trabalhar a tecnologia com os alunos se estes não estão incluídos no mundo digital. Conheço de perto a realidade da rede, onde, mesmo nas escolas mais estruturadas, temos dificuldade em utilizar a informática no desenvolvimento do planejamento. Os laboratórios são insuficientes, falta apoio técnico, há problemas de manutenção das máquinas e de acesso digital, sem o que não faz sentido o recurso à tecnologia em debate.
Assim, o lap top serve muito mais ao professor no plano individual - mesmo que seja importante instrumento de atualização profissional - do que no desenvolvimento do trabalho pedagógico com as turmas. O número de novos laboratórios anunciados, ainda que se some à reestruturação dos já existentes, é insuficiente para permitir uma adequada inclusão digital dos alunos das cerca de 1800 escolas da rede, muitas delas com milhares de alunos. Mais uma vez, provavelmente por uma jogada de marketing, se coloca o carro na frente dos bois.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
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