domingo, 16 de novembro de 2008

Mais ecos de Barack na planície

Na quinta-feira (13/11) Mr. Obama continuou em voga no caderno de cultura do Monitor Campista, desta vez no artigo semanal do craque Celso Cordeiro Filho, experiente analista político:

Obama nas alturas
Mesmo diante do farto noticiário não poderia ficar de fora. Refiro-me logicamente à vitória de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos. Temia-se que na última hora o eleitorado branco, maioria naquele país, se envergonhasse e votasse no John McCain contrariando todas as pesquisas de opinião pública. Felizmente isto não aconteceu e Obama foi consagrado nas urnas de forma incontestável. Agora, é esperar sua posse em 20 de janeiro e ver como enfrentará a crise que se abate sobre os EUA de forma implacável lembrando o fatídico Crash de 29. A verdade é que há enorme expectativa em torno do mandato de Obama, uma vez que a economia norte-americana interfere em todo o mundo.
A mídia, como não poderia deixar de ser, destacou o fato de ser o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Contudo, Obama, durante a campanha eleitoral, não se comportou como candidato essencialmente da raça negra, mas de todos os compatriotas. Além de estreiteza da proposta poderia incorrer no erro de antecessores, como Jesse Jackson, que centraram a discussão em torno do tema e foram derrotados. Os negros são minoria e, frise-se, Obama sempre pautou sua luta por uma nova América, sem distinção étnica. Ele se coloca como pós-racial e entende que as dificuldades do país podem ser superadas através de união nacional.
A eleição norte-americana despertou interesse em todo o mundo face à importância estratégica que o país tem, mas também pelo fato de um negro poder se tornar presidente dos EUA. Aliás, Obama acabou de fazer a primeira visita à Casa Branca, sendo recebido pelo casal Bush. Ao final, evitou a imprensa e voltou para Chicago, onde mora. Lá dará continuidade à preparação de seu governo. Sabe da importância que terá nos próximos anos e, por isso, procura se cercar do que há de mais significativo entre os democratas. Seu êxito à frente do governo dos EUA sinaliza um novo tempo para a humanidade. Caso contrário, a frustração será muito grande.

Um comentário:

Anônimo disse...

Fábio,
Obrigado pela publicação de minha crônica em seu blog. Sou seu leitor assíduo.
Abraços,
Celso Cordeiro Filho.