sexta-feira, 22 de maio de 2009

Nem mesmo a crise interrompe redução da pobreza

O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, divulgou no dia 19 de maio , o estudo "Pobreza e crise econômica: o que há de novo no Brasil metropolitano". Pochmann participou do painel "A crise, a superação de obstáculos e as oportunidades", do 21º. Fórum Nacional organizado pelo ex-ministro do Planejamento Reis Velloso, no Rio de Janeiro.
Com base na análise dos dados das seis regiões metropolitanas do país o estudo afirma que o Brasil vive um ciclo absolutamente inédito de redução da pobreza que vem caracterizando a realidade brasileira desde abril de 2004. Entre abril de 2004 e março de 2009 houve uma redução de 28,1% da pobreza no Brasil.
Nem mesmo a avassaladora crise internacional interrompeu essa seqüência:

“Considerando os reflexos da crise internacional no Brasil desde outubro de 2008, observa-se que não houve, até o mês de março de 2009, interrupção no movimento de queda da taxa de pobreza nas seis principais regiões metropolitanas do País. A taxa de pobreza de 30,7% de março de 2009 foi 1,7% menor que a de março de 2008, acusando também redução de 670 mil pessoas da condição de pobreza (queda de 4,5% no número de pobres)”.
Segundo o presidente do IPEA a economia brasileira atravessa um período absolutamente inédito em sua história, pois existe crise e a pobreza continua a cair. Mesmo com a retração da atividade econômica verificada desde outubro o número de pobres continua a ser reduzido no país. Comparando as crises dos últimos trinta anos é possível identificar a singularidade do momento atual, o Brasil passou por quatro importantes crises marcadas pela desacelaração do nível de produção com significativos impactos sobre o consumo, investimento, emprego e renda. Mas a atual crise foi a única em que a pobreza foi reduzida:



O gráfico abaixo quantifica esses dados:

A crise não interrompe o ciclo de redução da pobreza por que o Brasil conta hoje com políticas públicas que ergueram no país “uma rede de atenção pública voltada, sobretudo, à base da pirâmide social, outrora pouco ou quase nada desenvolvida”.
Segundo Pochmann são três as bases desta rede:

1- O valor real do salário mínimo em relação à base da pirâmide social, tanto para os trabalhadores ocupados quanto para os inativos, pois seus benefícios se encontram indexados ao salário mínimo.
2- Os benefícios previdenciários.
3- O programa Bolsa Família destaca-se pelo universo de beneficiados em todo o
País.

“Somadas as parcelas com benefícios previdenciários e assistenciais, o Brasil conta atualmente com 34,1% da população, sobretudo a de menor rendimento, protegida com algum mecanismo de garantia de renda, o que se constitui algo inédito em relação aos outros períodos de forte desaceleração econômica no País ... Esses efeitos também são válidos para o interior do país, onde os efeitos do Bolsa Família e, sobretudo, da aposentadoria rural e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), são ainda mais presentes em termos da proporção sobre a população”.

3 comentários:

Anônimo disse...

O PT foi um partido que nasceu e cresceu promentendo melhorar a vida dos mais pobres, prometeu também moralizar o país e romper com os intermináveis usos privados dos bens públicos. Penso que está entregando ao povo sua primeira promessa, mas quanto a segunda, vai ficar devendo.

Gustavo Carvalho disse...

Caro anônimo 14:37, a grande vantagem da democracia é que podemos comparar desempenhos, confirmar opções ou revê-las. Portanto, se há um mínimo de convicção no seu argumento, ou vóis micê escolhe (e defende publicamente) uma melhor opção (?) ou exige que a 2ª parte da promessa seja cumprida. Quanto a nós aqui desse espaço, continuamos lutando para viabilizar na prática a concretização de TODAS as aspirações levantadas pelas bandeiras históricas do nosso partido.
Saudações Petistas

Gustavo Carvalho disse...

Compadre Renato, pelo visto o nosso governo viabilizou a "porta de saída" definitiva e cidadã para questão da pobreza no país. Além é claro, de ser o Governo que, historicamente, mais investiu na região e em Campos!
Dilma na cabeça!