segunda-feira, 25 de maio de 2009

A ressurreição do anti-garotismo

Na última terça-feira (19/05), o jornal O Globo reverberou a pesquisa realizada pelo IBPS (entre 15 e 16 de maio) para a disputa ao governo do Rio em 2010. A nota, que teve como título “A Ressurreição de Garotinho”, apresenta os números da intenção estimulada de votos. O gráfico indica em ordem decrescente as porcentagens: 30% Cabral; 19% Garotinho; 13% César Maia; 10% Lindberg; 10% nulo; 9% não sabem; 3% não vou votar; 3% branco; 3% não responderam.
Em seu blog, o ex-governador se regozija do seu desempenho e faz uma comparação direta com os números da pesquisa IBPS anterior (16/03): (...) “em um mês e meio passei de 11% para 19% crescendo 8 pontos percentuais.” Contudo, tal comparação é imperfeita, pois na pesquisa anterior além de não disputar com o atual governador ele se posiciona atrás de Wagner Montes (27%), Gabeira (23%) e César Maia (13%). Além disso, um fator crucial da pesquisa anterior foi “esquecido”: o índice de rejeição! Nesse quesito o ex-governador pode se orgulhar de seu desempenho, é o campeão absoluto. Quando perguntado ao eleitor “Em qual desses possíveis candidatos a Governador mencionados o (a) Sr.(a) não votaria de jeito NENHUM?”, o resultado foi: 27% Garotinho; 14% César Maia; 9% Wagner Montes; 6% Lindberg; 5% Cabral. Tais números falam por si.
Portanto, se temos uma “ressurreição” do Garotinho (mesmo levando em conta a lembrança automática de um candidato ex-governador), temos em igual medida a reafirmação de um posicionamento claramente anti-garotista na opinião pública. Certamente, as razões para tal rejeição maciça não se restringem a uma antipatia pessoal, trata-se de uma avaliação negativa consolidada, baseada na experiência de ter vivenciado nos mandatos da família Garotinho o pior da política populista. A execução de políticas governamentais sem o compromisso republicano pela emancipação do cidadão. Ações que visavam somente à reprodução eleitoral de um projeto de poder como um fim em si mesmo.


Artigo publicado na edição de hoje da Folha da Manhã.

2 comentários:

Anônimo disse...

Toda educação está triste com o que está acontecendo com os professores. Estão sendo humilhados, massacrados, por conta do pessoal que Dona Auxiliadora trouxe do Estado. São pessoas que nao tem nenhum preparo, eles tem uma visao do que acontece no Estado, que é totalmente da realidade do municipio,enquanto, a Secretaria vive se escondendo, nao dá as caras, vive num mundo abstrato, nao atende ninguem, deixando as coisas acontecerem e ficar por conta dessas pessoas despreparadas que vieram do Estado, chegando ao ponto, de juntar turma para sobrar professores, mas o fim aquela professora que saiu de determinada escola, fica em casa sem trabalhar, aguardando escola, porque aquela professora dá aula em outro horário em outra escola, veja voces, quanta confusão. ai eu pergunto: e o SEPE? onde está? essa situação só vai parar quando morrer alguns professores de enfate,de estresse, ai todos vão acordarem.

Anônimo disse...

sou professora da rede municipal,nao tenho partido e nem vocaçao p isso.Não concordo q a rede esteja vista como bagunça e sim como arrumação, realmente havia muitos professores em projetos nas escolas ,q se quer os tais projetos existiriam,o q na verdade existia era professor sem fazer nada, e hoje realmente estão desesperados pq os acharam em algum cantinho escondido dos alunos e fugindo das turmas.