quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Dia do Abandono 2

No primeiro dia do Abandono, destaquei aqui dois problemas graves da cidade: o péssimo sistema de transportes coletivos e o descaso com o patrimônio histórico da Cidade.
Acabo de olhar pela janela, e lá está o Velho Solar do Visconde de Araruama, sede prevista para o Museu de Campos, que permanece mais um mês abandonado, apesar de recursos federais já terem sido liberados pelo Ministério do Turismo para sua restauração. Incompetência crônica num processo de licitação que se arrasta por uma década. O Vitor Menezes retrata no Urgente outro prédio histórico que me chamou a atenção quando fui à festa de Santo Amaro. A antiga estação de trem. Lugar perfeito para um centro cultural para a comunidade da Baixada, ou que "(...) junto a outros prédios e fazendas históricas, as estações poderiam compor uma espécie de roteiro da memória de Campos, um circuito de visitação que poderia culminar no Farol de São Thomé." - como propõe o Vitor. Está abandonado (veja aqui). O Wellington Cordeiro, no seu retrato 3X4, também explora o tema da memória abandonada e retrata prédios importantes como o Solar da Baronesa, o Hotel Amazonas e o Asilo do Carmo, todos carentes de obras de restauração!

Quanto ao sistema de transporte coletivo, somente para quem não o utiliza preciso lembrar que continua caótico. Talvez até mesmo os que se locomovem em carros particulares sintam intensamente este caos, através da presença desordenada e irregular do "transporte alternativo" no abandonado trânsito campista. Há uns dez anos o Dr. Ronaldo Linhares, a frente da EMUT, fala em revisão das linhas de ônibus e reestruturação do transporte público na cidade. Com a irracionalidade das linhas, a irregularidade nos horários, o péssimo estado dos ônibus, enfim, com o srviço atual, é impossível coibir as vans. Elas atendem uma demanda de quem está abandonado pela Prefeitura, há anos.

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