sábado, 23 de fevereiro de 2008

Sobre a ex-dívida!

Mais um comentário do Renato Barreto, recebido pelo blog ontem:
Virou moda dizer que a política econômica do Governo Lula é igual a do Governo FHC. A oposição tucana usou e abusou dessa falsa premissa. Teve até um programa partidário do PSDB que usava uma máquina de fotocópia pra ilustrar a idéia. Vamos aos números que a imprensa divulga hoje:Nunca é demais lembrar que com FHC a dívida pública saltou em 1994 de 35,5% do PIB para 57% do PIB. É o campeão do endividamento nacional e sem falar nos recursos das vendas das estatais.

Comentário do blogueiro:
Hoje pela manhã, em uma reunião no SEPE, discutindo o Governo de Serginho Vergonha do Papai e seu viés monetarista, o modelo de "responsabilidade fiscal" foi criticado por alguns companheiros. Acho que são realidades bem distintas, e mais, que LULA soube avançar a partir da metade do primeiro mandato, combinando as metas de equilíbrio econômico e investimentos em políticas públicas de interesse social. Pelo menos por enquanto, o Governador do Rio não deu mostras de intenções de sair da cantilena da "recuperação das finanças" - ainda que estas, reforçadas pelo petróleo, não estejam tão capengas assim. E não deu nenhum passo para equacionar problemas graves que encontrou, sobretudo nas áreas de saúde - onde abusou da demagogia nos primeiros dias de governo - educação e segurança.
Não dá pra nossa geração - que viveu efeitos perversos da dívida na economia, com reflexos diretos sobre os mais pobres - deixar de reconhecer o mérito da política econômica de LULA!

3 comentários:

Renato disse...

Deixa eu entrar na discussão já que fui "citado":estavamos analisando o aspecto perverso da política monetarista do Joaquin Levy a frente dos cofres do estado do Rio,quando destaquei que infelizmente este é o viés predominante da política neo-liberal implantado por FHC e que não foi rompido pelo governo Lula,e que chegou ao ápice com as comemorações pelo Brasil poder agora pagar a chamada dívida externa,fato comemorado pelos monetaristas como a "vitória da ortodoxia" sobre os sonhadores.
Nós funcionários públicos do Estado estamos sofrendo na carne o que é esta política onde o chamado suprávit é feito com arrocho nos servidores e caos na saúde,na educação e por que não na segurança.
Um abraço.

FÁBIO SIQUEIRA disse...

OK Renatão - Gonçalves - conheço e respeito seus argumentos! Mas diria que a gestão LULA, embora não tenha rompido com certos aspectos macroeconômicos herdados de FHC/Malan, não pode ser caracterizada como "neo-liberal". Isto porque a presença do Estado em políticas sociais foi ampliada, contrariando o clássico receituário dos ortodoxos.
Já Serginho/Levi, realmente se aproximam muito da ortodoxia que caracterizou FHC, por isso não há valorização dos srvidores e investimentos nas áreas apontadas por vc!
Abs.

FÁBIO SIQUEIRA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.