A imprensa traz hoje declarações que marcaram a cerimônia de posse da nova Secretária de Estado de Educação Tereza Porto, ontem.
Assessores do Secretário exonerado, Nelson Maculan, afirmaram o que já se sabia: havia ingerência indevida e politiqueira de Deputados Estaduais, mediada pela Secretaria de Governo para a nomeação de afilhadas para as Coordenadorias Metropolitanas, Regionais e Direções de Escolas. Todas as negociações entabuladas pelo SEPE com o ex-secretário esbarravam na intransigência das Secretarias de Planejamento (SEPLAG) e de Fazenda - pilotada pelo monetarista Joaquim Levi, o Exu Tranca-cofre. O Professor Marilson Santana, chefe de gabinete de Maculan, em entrevista a O GLOBO, desmascara o descompromisso de Serginho Vergonha do papai com suas promessas de campanha e as divergências no Governo:
"Havia uma queda-de-braço com as Secretarias de Planejamento e Fazenda. Antes de distribuir computadores, achávamos que deveríamos valorizar os professores e a melhoria dos salários, que foram prometidas por Cabral no período de eleições."
Enquanto isso, a tecnocrata que assumiu a pasta começou mal, declarando-se contrária à gestão democrática nas Escolas da Rede estadual.
O Governador deveria ser menos cínico e assumir que a Educação não é prioridade em sua gestão, bem como sua responsabilidade na carência de mais de 20 mil professores, e não tentar repassá-la, de forma leviana, ao Professor Maculan, cuja demissão gerou protestos do diretor da Coope da UFRJ, Luiz Pingueli Rosa e da UPPE.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
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