sábado, 21 de fevereiro de 2009

Com a palavra, o leitor.

O blog recebeu na forma de comentário, no início da semana, a participação assinada de um leitor.
Por motivos particulares demoramos a postar aqui o extrato fundamental de seus questionamentos acerca dos limites da representatividade dos governantes para nomear indistintamente em cargos em comissão sem que haja qualquer controle social sobre prerrogativas técnicas e éticas para o exercício das funções.

Segue trecho do comentário:

Professor Fábio Siqueira,

Há muito encontrei na rede de blog’s, e o seu blog, o de Roberto Moares e de alguns outros também contribuiram muito para isso, um espaço alternativo de discussão de temas importantes. Temas que não poderiam ser discutidos nos jornais de nossa cidade sem o vínculo partidário ou algum interesse relacionado a dinheiro.
Por isso, gostaria de contar com a sua ajuda (e também com a do professor Roberto Moares, já que também enviei este texto para ele) para que fosse discutido na rede de blog’s, até onde pode ir o poder de um agente político na condução de seu governo e na escolha de seus secretários, e até onde pode ir a participação da população na condução deste mesmo governo, sem que isso seja uma afronta a sua autoridade legítima de “escolhido pelo povo”, mas que também signifique uma forma de representação popular direta. Os pontos principais seriam: Esse agente político foi escolhido pela maioria, mas por isso poderia fazer o que bem entender (dentro da lei, não me refiro aqui de corrupção ou ilegalidade, mas de discricionariedade), mesmo contrariando a própria vontade da população? O interesse dos grupos políticos e dos partidos pode ser maior do que a vontade da população, mesmo que o agente político que coordene estes interesses seja o mesmo que tenha ganhado a eleição com maioria dos votos desta mesma população? A única forma de manifestação da população em uma democracia (povo no poder) é na eleição? É possível a população lutar (e como lutar?) para impor sua vontade, mesmo que seja contra um governo que ela mesma elegeu (e que não tenha interesse em derrubá-lo)? A população de Campos tem em seu passado recente algum histórico de luta por alguma coisa (simples que seja), para impor sua vontade, mesmo que seja contra um governo que ela mesma elegeu?
(...)
(...) este debate nunca poderia ser tratado na mídia convencional, pois poderia contrariar interesses e nunca poderia ser iniciado por um cidadão comum, separado, pai de três filhas, que mora de aluguel em um conjunto de apartamentos de classe média baixa, (...)

Obrigado pela oportunidade.
Paulo Sérgio da Silva Araújo.


O blog agradece a participação.

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