segunda-feira, 9 de março de 2009

Ataque ao serviço público

E por falar em Sérgio Cabral, mais uma vez ele revela que suas afinidades com LULA estão mais associadas a arte do adesismo e da bajulação do que à identidade administrativa. Enquanto até mesmo os setores da oposição reconhecem os méritos do governo federal na valorização do serviço público e na contratação de servidores efetivos - concursados - para diversas áreas do serviço público federal, inclusive na Educação, o governador do Rio parece se influenciar pelo mau exemplo de José Serra, que recentemente recontratou 40.000 professores em caráter temporário para atuar na rede estadual de São Paulo.
Na última terça-feira (03/03) o líder do governo na ALERJ, Paulo Melo apresentou o projeto de Lei 2044/09, estendendo para até 6 anos os contratos temporários no serviço público estadual. O projeto propõe alterar a redação do art. 2º da Lei nº. 4.599, de 27 de setembro de 2005, permitindo ao Governo do Estado contratar servidores temporários por até 4 anos, possibilitando a prorrogação destas contratações por mais 2 anos. O blog recebeu a denúncia da direção da APEFAETEC, ao que parece, a primeira entidade representativa dos servidores do Estado a criticar publicamente a iniciativa do deputado Melo.
Pelo jeito, o governador e seus aliados do PMDB fluminense querem "tirar casquinha" da popularidade de LULA, mas se identificam mais com o estilo administrativo do provável principal adversário do Planalto nas próximas eleições presidenciais, cuja candidatura aliás é apoiada pela maioria da seção paulista do PMDB. Esse blog já havia alertado há algumas semanas que tanto Serra quanto Cabral parecem mesmo detestar concursos públicos, ao contrário do Presidente.

ATUALIZAÇÃO em 10/03 às 15:35

O blog recebeu e-mail do MUSPE(Movimento unificado dos ervidores públicos do RJ), que reúne diversas entidades sindicais de servidores públicos estaduais, dando conta da convocação da APEFAETEC, para que representantes das entidades que compõem o movimento enviem representantes à ALERJ hoje, às 16:00, a fim de pressionar os deputados contra esse projeto de Lei que inviabiliza o concurso público e que "(...)foi apresentado em regime de urgência para atender a demanda das escolas técnicas de nível médio e superior que começa o ano letivo sem profissinal para ministrar as aulas que já se iniciaram."

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