quinta-feira, 19 de março de 2009

MST investe na organização para avançar a agricultura familiar em Campos

Também foi destaque hoje na imprensa campista a mobilização do MST na cidade na quarta-feira.
O blogueiro esteve naquela tarde no prédio da Justiça Federal em apoio ao Movimento, que foi cobrar da Justiça a regularização das pendências relativas a desapropriações e emissões de posse em assentamentos locais. Pela manhã eles foram recebidos pelos Secretários Roberto Henriques, Nelson Daumas, Paulo Hirano e Auxiliadora Freitas.
O blog ouviu o coordenador regional do MST Mardônio Barros sobre as demandas cobradas junto à Prefeitura. Apesar da eficiência na comunicação social do governo Rosinha, ele me revelou que nehum compromisso fundamental foi ainda assumido. No entanto, há a sinalização positiva do governo em atuar no que se refere a ações voltadas para saúde pública, Educação e apoio na comercialização da produção. Já na próxima semana, representantes do MST voltam a se reunir com o Secretário de agricultura para discutir a organização de uma feira da agricultura familiar. Os demais secretários envolvidos na reunião também manifestaram, a princípio, boa disposição frente as demandas apresentadas, como por exemplo a reestruturação do PSF nas áreas de assentamento, a resolução dos problemas de infraestrutura das Escolas e o desenvolvimento de uma política pedagógica voltada para a realidade dos assentados.
O blog vai acompanhar o desdobramento das negociações, na expectativa de que a Prefeita atenda as expectativas dos agricultores familiares.
Mardônio destacou ainda que o Movimento pretende investir em uma maior organização e na ampliação da interlocução com os movimentos sociais, como estratégia para avançar a agricultura familiar na região.

3 comentários:

Anônimo disse...

O MST sempre buscou a interlocução com os movimentos sociais em Campos e por algum tempo até caminhou junto com alguns setores.(Bem sei que alguns ainda timidamente apóiam).
O "pessoal da cidade" não entendeu ainda que o "pessoal do campo" primeiramente precisa de vida digna. Depois, enquanto estamos na cidade trabalhamos nos diversos setores, quem é que planta e colhe e precisa escoar o alimento que mantém toda a população da cidade? Não precisa ser muito politizado(a) para compreender tal relação.
Idiota são aqueles(as) políticos que não vê a reforma agrária, a agricultura familiar, como uma necessidade prioritária para o crescimento e desenvolvimento sustentável, portanto, a saída para diversos problemas do município. Qualidade e barateamento nos preços, pois elimina a compra de produtos de outros estados, à medida que o município começa a ser produtor; fixação, com qualidade de vida, das pessoas no campo, evitando o êxodo rural por falta de opções, que acaba contribuído para o crescimento desordenado da população desqualificada para o trabalho na cidade, favorecendo, assim,ao crescimento de uma população vulnerável a violência, em todas as suas modalidades (desde a subserviência até as formas mais fatais).
Portanto, professor Fábio, apoiar, acompanhar e divulgar as atividades do MST, além de demonstrar sensibilidade é o papel das pessoas que tem uma visão política para além dos projetos pessoais, despidas dos preconceitos que tentam impingir ao maior movimento organizado que o país tem,que como bem ressaltou um professor peruano num Fórum Social em Porto Alegre:" o Brasil devia se orgulhar dele, pois é um aprendizado para o mundo!"
Parabéns,Professor Fábio.

Anônimo disse...

Binho, você o Mardônio estão muito afinados. Logo logo estarão "largando um moreno" juntos. Rs rs rs
Saudações coletivizadoras

Yuri Amaral disse...

Achei importantíssimo esse ato do MST. O movimento precisa se integrar com a cidade para ganhar força, afinal, é a cidade que compra os podutos.

Espero que a prefeita encontre soluções práticas para a demanda dos assentados.