quarta-feira, 13 de maio de 2009

Esquecimento?

O Jornal O Diário destaca em manchete na sua edição de hoje o registro de quatro anos do afastamento do Prefeito Carlos Alberto Campista da prefeitura local. A matéria segue uma lógica questionável e parcial, ao associar de forma automática o processo que afastou Campista do poder aos desmandos que se seguiram na gestão Mocaiber, construindo ao sabor de seus interesses editoriais uma "série de escândalos" que, segundo a tese do periódico, vincularia o episódio lembrado à operação Telhado de Vidro.
O que os editores do hebdomadário talvez tenham se esquecido é que a Prefeita e seu marido também foram réus condenados na mesma sentença da Juíza Denise Apolinário. Este blogueiro, que às vezes se sente tão idiota quanto o Eremildo do Elio Gaspari ficou curioso: Estariam eles também envolvidos com a gênese do que resultaria na Telhado de Vidro? E a Operação cinquentinha? Também deveria ser incluída na "sequência de escândalos" abordada pela matéria, nesse caso ainda em curso?

6 comentários:

Anônimo disse...

Caro professor

Fala da prefeita marionete, no jornal Ordinario nãaaaaooooo podeeeeee.

xacal disse...

Caro Fábio...

Em tempos de gripe suína, o adágio é mais que adequado:

é o porco falando do toucinho...

Sérgio Provisano disse...

Fábio, antes de mais nada, saudações Rubro-Negras.

Eu li a matéria e fiquei sem entender qual a ilação que o jornal tentou fazer com um prefeito que foi afastado do cargo há 4 anos atrás e o que o sucedeu.

Foram administrações distintas, por cujos atos, cada um deles responderá de forma isolada.

Carlos Alberto Campista após seu afastamento, não teve qualquer ingerência na gestão de Alexandre Mocaiber, que governou como achou que deveria governar, sem sofrer qualquer tipo de pressão por parte de Campista, que ficou e está, num silêncio obsequioso até a presente data.

A prefeita eleita, seu consorte e o deputado Pudim, é bom relembrar, foram réus no mesmo processo, por isso, não têm essa moral toda para falar mal de ninguém, escondem o rabo, como fazem alguns tipos de macacos, para falar mal do rabo dos outros. Vão até alegar que foram absolvidos no processo e coisa e tal mas, devemos questionar o quanto deve ter sido alto o custo dessa "absolvição".

Anônimo disse...

alto custo da absolvição.
Meu Deus vamos acbar com o estado democrático de direito, aniquilar a segurança jurídica deste país, pois segundo esses aí de cima, se for absolvido teve alto custo, se é condenado é ladrão. Sendo assim vamos acabar com nossas instituições judiciárias no país e pedir para que Sergio Provisano decide quem ta certo e quem está errado.

FÁBIO SIQUEIRA disse...

Caro comentarista das 19:46,

Este blogueiro é um extremado defensor do Estado de direito - e embora desconfie das "instituições judiciárias" sabe que não podemos prescindir delas.

Contudo, talvez o Judiciário brasileiro precise passar por algumas - ou muitas - reformas, ou ainda sofrer algum, ao menos algum, controle externo.

É fato que Provisano não exerceu cargo Executivo nenhum, logo, se não pode decidir "quem ta certo e quem esta errado", tampouco jamais pode nomear desembargador ou Ministro para qualquer corte que, eventualmente, viese posteriormente julgá-lo!

Ademais, como muitos outros idiotas, muito me estranha o fato de que, dentre tantos condenados - Arnaldo, Garotinho, Rosinha - Campista, o que por menos tempo governou, logo foi por menos tempo ordenador de despesas do gordo orçamento municipal e jamais operou os cofres do Estado, bem como jamais nomeou nenhum desembargador, tenha sido o ÚNICO a não ter recurso relativo à sentença da Drª. Denise Apolinário acatado.

Sérgio Provisano disse...

É anônimo das 19:46, pelo visto, vestistes alguma forma de carapuça. Assim como Fábio, sou um defensor intransigente do Estado Democrático de Direito, além de defender a livre manifestação dos pensamentos e não tenho a pretensão de decidir quem está certo ou quem está errado mas, que devo ter metido o dedo na ferida, eu certamente meti. Pelo menos a ti eu incomodei.

Apenas relatei de forma lógica os fatos e fiz uma observação que está no imaginário de muita gente, com um pequeno detalhe, assinei a postagem e não me escondi no anônimato como você.

Que deve ter custado caro a "absolvição" disso não tenho nenhuma dúvida e poderia ter como exemplo, os custos de honorários dos caríssimos advogados envolvidos na causa para obter a "absolvição" citada.

Você deve ser daqueles que não acompanha os noticiários que relatam os envolvimentos de membros do judiciário, envolvidos em venda de sentenças, liminares entre outros atos jurídicos.

Deves viver num universo paralelo, diferente do que eu vivo, se não tens conhecimentos desses fatos amplamente noticiados. Não estou dizendo que foi o que ocorreu aqui mas, poderia ter ocorrido, não seria surpresa, uma vez que muitos casos que poderiam vir à tona, não veêm por serem acobertados pelo espírito de corpo que prevalece acima da justiça.

Por acaso, anônimo, você tem alguma dúvida de que a justiça só anda de forma célere para os poderosos, os ricos, os apaniguados pela sorte e, é lenta, lentíssima, para àqueles que são pobres e desafortunados desse nosso mundo de Deus.

Entenda o que quiser sobre o questionamento que fiz sobre o alto custo da "absolvição" que eu vou ficando com a minha opinião formada de que a justiça falha quando não age com o mesmo peso que deveria agir, não discriminando nenhum cidadão, seja rico ou pobre.