segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

2010 é hoje!

Como prometido, volto ao assunto da polêmica acerca dos cartões corporativos, que me tirou o bom humor nas últimas semanas. Acabo de passar pelo Blog do Noblat e a maioria dos posts de hoje se referem ao assunto que há quinze dias pauta as manchetes do importante jornal de circulação nacional para o qual trabalha este jornalista. Típicos representantes do que Paulo Henrique Amorim chama de PIG (Partido da imprensa golpista).
Não há o que argumentar com relação a eventuais usos indevidos dos cartões corporativos. Os responsáveis devem ressarcir os valores indevidamente gastos aos cofres públicos e responder por seus atos.
Agora, nem em sociedades onde a corrupção não se verifica na intensidade em que se manifesta no Brasil, se justifica a alarida que certos órgãos de imprensa andam fazendo, com base em informações públicas, acessíveis a qualquer cidadão, em um sítio chamado Portal da Transparência. E, mais grave, tais "denúncias" parecem resultado de criterioso trabalho de jornalismo investigativo! Farsa.
Se querem prestar um serviço á elevação dos padrões republicanos em Pindorama, os militantes do PIG deveriam escarafunchar administrações públicas em Sucupiras, em certos emirados e em outras unidades administrativas locais, onde não existem cartões corporativos, nem mecanismos de controle social como o Portal da Transparência, mas há uma infinidade de artifícios utilizados para promover legalmente a apropriação indevida de recursos do Tesouro! A Polícia Federal e o Ministério Público, que, apesar de suas limitações logísticas e infra-estruturais, tem investido em investigações desta natureza, apreciariam o auxílio de jornalistas tão ciosos da ética republicana.
Não é possível que alguém de bom senso considere seriamente que o necessário debate sobre corrupção e ética nas gestões públicas passe pela tapioca do Minstro Orlando Silva ou pela hipotética diferença de R$ 50,00 no lanche do Ministro Cassel!Show de hipocrisia.
O que está de fato na pauta é a disputa eleitoral. Não a de outubro. Mas sim a disputa presidencial de 2010. Assim como tentou atingir LULA com denúncias despropositadas ou que não se referiam a atos de sua responsabilidade, afim de evitar sua reeleição, o PIG agora volta a lançar mão de pirotecnia - utilizando-se de informações produzidas pelo rigor ético do próprio governo - para tentar atingir o presidente e reduzir o seu cacife como grande cabo eleitoral em sua sucessão.

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