Fanfarrão

Cada um tem o Renato Gaúcho que merece. A má notícia do dia ficou por conta da venda de Renato Augusto para um time alemão.
O vice de futebol do Fla classificou o negócio como um "contra-ataque", referindo-se à boa nova anunciada segunda-feira, a permanência de Ibson na Gávea. Lavou as mãos, dizendo-se impotente frente a algumas situações indesejáveis e prometeu recompor a baixa. Duvido. Renato Augusto é jogador com características que não se encontra facilmente no mercado. Com estilo semelhante só temos Thiago Neves, que tem o defeito de ser mais indisciplinado. Há carência de bons meias de ligação.
Nos sítios esportivos noticia-se que o negócio envolve 1/3 do valor da multa recisória - mau negócio - e que parcela do que o Flamengo vai arrecadar - já que parte da receita cabe a investidores que haviam adquirido percentual do passe do atleta para socorrer o rubro-negro - vai cobrir o empréstimo de Ibson, renegociado junto ao Porto. Se é assim, era melhor ter deixado o bom volante voltar à Portugal, já que o grupo dispõe de outros bons jogadores para a posição, como Kleberson, Jônatas e Toró. Mas não de um outro meia de ligação (ponta de lança). Voltaremos à formação com quatro volantes que Joel foi forçado a utilizar no período em que Renato Augusto esteve contundido.
O Flamengo realmente poderia ter recebido uma proposta "irrecusável", como diz o dirigente, se Milan, Real, Chelsea, Manchester, Barcelona, Arsenal ou Inter oferecessem a multa recisória (30 milhões de euros) para levar o meia. Mas ceder um jogador raro por 1/3 desse valor a um time mediano da Alemanha. Francamente!
Espero que mais uma vitória fora de casa contra o Galo logo mais atenue minha indignação.