quarta-feira, 9 de julho de 2008

Politizando o debate.

Pediram em comentário a um post abaixo que eu voltasse à política. Então lá vai. Como diria Tim Maia, “uma longa e uma rapidinha”.

Definido o apoio e a presença do ex-PT na vice do candidato do PDT, cabe politizar o debate sobre mais esse equívoco da direção partidária. Em matéria publicada n’O Diário, edição do último dia 03, o setor vitorioso - representado pelos candidatos a vereança Renato Barbosa e Odisséia Carvalho - se contrapõe a esse blogueiro e ao ex-candidato Makhoul, comemorando a aliança que “fortalece o partido”. Fortalece como cara pálida?
Na convenção, todo o discurso aliancista se pautou na lógica de que tal “aliança” se fazia necessária para garantir recursos financeiros e uma composição em chapa proporcional que garantisse a eleição de um parlamentar petista. Chegaram a evocar o companheiro Antonio Carlos Rangel para legitimar o convescote. Sem aprofundar no desrespeito que considero embutido na referência, propomos uma ponderação ao argumento: eleger um vereador pra que?
E aí sobressai o absurdo da referência supra-citada. Um vereador(a) para repetir o modelo de mandatos como os de Rangel – com o qual tive a honra e o prazer de colaborar – e da saudosa Ivete Marins, ou para estar comprometido com um eventual governo que dê continuidade ao modelo administrativo do Telhado de Vidro?
Qual o papel de um vice petista em um governo com tais características? Romper e denunciar a gestão como fizeram Dr. Adilson Sarmet e mais recentemente Roberto Henriques? Algo difícil de se esperar de quem já sabe previamente onde está pisando. Ou ajudar a operar o status quo em vigor?
Confesso que me inquieta o que significa esse “fortalecimento do partido”.
É necessário que a Direção do PT politize seus argumentos. Explique o que significa para eles o modelo de gestão Arnaldo/Mocaiber e esclareça que perspectivas identifica, neste sentido, para a Cidade. Caso não apresentem argumentos consistentes nesse sentido – estou ansioso por ouvi-los – ficará definitivamente configurado o que Xacal chamou de “adesismo puro e simples (...) oportunismo vulgar e escroque.”

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostaria de estar próximo de um palanque onde estiver a dupla Arnaldo/Anomal. O que vai dizer o ex-presidente da EMHAB e parceiro político do Telhado de Vidro. E a Odisseia, o que vai dizer para os seus eleitores? Existe um ditado que revela: Diga com quem andas que te direi quem és.

Anônimo disse...

Eu não sabia como iria votar nessas eleições, tinha dúvidas em descobrir qual era o menos pior...

Mas se Helio Anomal esta com Arnaldo, é certo que este é o pior.

Por isso voto Rosinha 15!