De erros e acertos

O crescimento da candidatura da Professora Odete confirma algo que o ex-PT não foi capaz de perceber: a ansiedade do eleitorado pelo novo na política local. Esse caminho pode fazer com que Odete cresça ainda mais nas próximas semanas a medida que se torne mais conhecida do eleitorado, para além do meio da Educação. É o que já se chama "O Efeito Odete"!
Makhoul, que poderia ter avançado nessa faixa que chegou a trilhar em 2004 - e que agora está bem mais ampla - inviabilizou-se no momento em que mediou o desembarque da sigla no governo Telhado de Vidro, e mais tarde foi abandonado pelos seus "aliados" Anomal e Odisséia Carvalho, que preferiram o atalho que parecia levar a uma auto estrada e que agora se revela quase um beco sem saída. Feijó, desgastado por várias razões - mais ou menos justas - ainda que me pareça um pouco subestimado pela pesquisa Ibope/Inter TV, também errou. Aliás, errou no último momento. Vinha com uma avaliação correta da conjuntura e um projeto bastante viável de recomeçar pela disputa de uma vaga na Câmara. O insucesso nas articulações com o ex-PT em busca de uma Terceira Via - determinado pela insistência no nome de Makhoul, inclusive por aqueles que viriam a abandoná-lo logo a seguir e entregar o partido ao bloco do continuismo - levaram-no a assumir postura corajosa, porém equivocada.
Insisto que o momento era propício a um nome que representasse um novo modelo, e que empolgasse o eleitorado. Acertou o PCdoB, que agora corre contra o tempo e a escassez de recursos para dar mais visibilidade a sua candidata, que debuta nas urnas, na reta final. E o PMDB, que soube ler a conjuntura e investir na simbologia da mudança que conquistou corações e mentes. Ainda que sob este "rótulo", o conteúdo não traga nenhuma novidade!