E PARA RICARDO ANDRÉ TAMBÉM!
Em resposta ao desafio proposto pelo amigo Gustavo Soffiati (leia clicando aqui), o trecho - talvez curiosamente oportuno - que se inicia na 5ª linha da página 32, aberta aleatoriamente no livro hora em minha cabeceira, emprestado pelo Gustavo Lemos; um texto de 1870:
"(...) ar me parece repleto de um intoxicante aroma de flores, que me poliniza, faz-me doer a cabeça, a fumaça da chaminé encrespa-se e se acumula em formas, desenha pequenos duendes sorridentes, apontam pra mim de forma zombeteira, e cupidos de maçãs salientes cavalgam no espaldar de minha cadeira e sobre meus joelhos, e sem querer tenho de rir, rir às gargalhadas, enquanto descrevo a minha aventura, e note-se que não a escrevo com a tinta habitual, mas com o azul avermelhado que me sai em gotas do coração - pois todas suas feridas havia muito cicatrizadas agora jazem abertas, ora latejam e doem, aqui e ali cai uma lágrima sobre o papel."
A vênus das peles/ Sacher-Masoch (tradução Saulo Krieger) - São Paulo: Hedra: 2008.
Repasso o desafio para os seguintes queridos blogueiros, que não identifiquei ainda provocados ou aderindo espontaneamente ao desafio:
Roberto Moraes;
Gervásio Neto;
Danni;
Simone Pedro;
Flávio Mussa.
ATUALIZAÇÃO à 01:50, para acrescentar ao título referência ao reforço na provocação à este blogueiro, na tarde de ontem, pelo querido jornalista Ricardo André.
terça-feira, 17 de março de 2009
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5 comentários:
Valeu Fabinho!!!
=)
Bjs!
Para acompanhar tal iguaria literária-existencial, sugestão de leitura: Filosofia na Alcova do sempre "elegante" Sade!
Que maldade em, Raskólnikov?!!
"Filosofia na Alcova" é booooom, muito bom!!!! Mas é melhor ler no inverno.rs,rs,rs...(brincadeirinha)
Embora o livro tenha sido escrito no séc. XVIII, tem passagens de fazer corar e esquentar os mais experientes leitores.
Bjs!
=)
Cara interlocutora Dani, estou curioso: por acaso vóis micê se identificou com qual personagem/fetiche do ilustrado marquês? Aguardo retorno!
Saudações contidas
Fabinho,
Desculpe a invasão. Mas preciso responder ao personagem (curioso) do Dostoiévisk, nesse espaço.
Vc deixa?
Se publicar é pq deixou...rsrsrs
Bjs!
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Caro Raskól,
Não é questão de identificação.
É questão de conhecimento.
Mesmo sendo introspectiva e tímida, não é necessário que eu me transforme numa ignorante moralista. Sobretudo, estou longe de levantar a bandeira da censura contra a volúpia.
Gosto de viajar na imaginação fértil de alguns autores, independente do tema.
Vóis micê concorda, que pergunta objetiva merece resposta objetiva, certo?
-Errado. Faço parte daquela palavrinha mágica chamada exceção.
A resposta poderá até ser encontrada, porém, de uma forma subjetiva e discreta. Sou atraída pela sutileza. Preservo a leveza nas intenções. Estou no limite das palavras. Procure nas estrelinhas.
Saudações contidas!
=)
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